Assim, o paradigma da simplicidade é um paradigma que põe ordem no
universo e expulsa dele a desordem. A ordem reduz-se a uma lei, a um
princípio. A simplicidade vê quer o uno, quer o múltiplo, mas não pode ver
que o Uno pode ser ao mesmo tempo Múltiplo. O princípio da simplicidade
quer separa o que está ligado (disjunção), quer unifica o que está disperso
(redução). (MORIN, 2001, p. 86).
Partindo da conceituação de Edgar Morin sobre Simplicidade e Complexidade, pretende-se mostrar como as organizações de trabalho, buscando a reestruturação competitiva, vêm evoluindo de um paradigma mecanicista e simplificador para outro de caráter sistêmico, integrador e complexo; e como a Psicologia Organizacional e do Trabalho vem acompanhando essas mudanças. Mais especificamente, pretende apontar as principais transformações e desafios que essa reestruturação competitiva e mudança de paradigmas impõe às práticas do psicólogo das organizações, concluindo quanto à premente necessidade de se repensar da formação desse psicólogo a fim de compatibilizá-la com as demandas do mercado.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931999000100003