ID 761656 Banca FCC Órgão DPE-PR Ano 2012 Provas FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público Disciplina Filosofia do Direito Assuntos Filosofia do Direito A contribuição da Filosofia para o exercício do ser Defensor Público que somente se realiza sendo Defensor Público, é: Alternativas A Filosofia contribui na medida em que é, unilateralmente, visão de mundo e da Ciência, confere ao Defensor Público uma visão peculiarmente distante e abrangente das partes. A Filosofia torna livre no Defensor o seu Ser, a necessidade interna de resgate de sua essência mais própria, de modo a conferir a essa essência a sua dignidade de ser Defensor Público. A Filosofia é o pensar do pensar descompromissado, ainda que eventualmente, possa alcançar qualquer utilidade prática ou teórica para a função de Defensor Público. A Filosofia é a visão panorâmica e histórica dos filósofos e a partir daí, a escolha de uma delas para filtragem do olhar e elaboração de teses de defesa. A Filosofia é erudição, conhecimentos abrangentes sobre a vida, conferindo ao Defensor Público experiência na solução de problemas e desafios do cotidiano forense. Responder Comentários Vamos chutar um comentário sobre essa questão:A) Não tenho a mínima ideiaB) CorretaC) A filosofia não é pensar descompromissado, tem método, é racional.D) A filosofia não é visão histórica, quem estuda isso é história.E) Filosofia não é erudição. erudito é quem tem sabedoria, instrução, todo filósofo é erudito, mas nem todo erudito é filósofo.Chute básico. Questão absurda, e não sou eu quem diz, é Lenio Streck, vejamos o que o Pós-Doutor disse em recente artigo no Conjur: Mas, se de um lado existem esses exageros dogmático-manualísticos, já começam a aparecer “adaptações darwinianas”, tentando “superar” o modelo “em vigor”. No Concurso para a Defensoria do Paraná, exageraram na dose “antitética”, ao perguntarem se a filosofia torna livre no Defensor o seu “Ser”... Em outra questão indagaram sobre Baumann e Bourdieu (não sei qual é a relação entre eles, mas, enfim...). OK. Tudo bem que tenhamos que mudar os concursos. Mas há que se ter cuidado para não “espantar o freguês”. Filosofia do Direito não é “capa de sentido”. E nem Sociologia é isso. Não basta “colar” conceitos. Essa questão sobre o “Ser” do Defensor (sic) foi demais. Aliás, se a questão queria ter tido algo a ver com o “Ser” (ou a questão do “Ser”) de que fala, por exemplo, Heidegger, é bom lembrar que ele dizia que “o ser não é um ente”; “o ser não é uma capa de sentido” (o ser não pode ser visto; ele só serve para dar sentido aos entes). Complicado, não? De todo modo, “uma no cravo, outra na ferradura”. Vejamos: o mesmo concurso pergunta sobre a hipótese de um presídio estar sem segurança e se, mesmo assim, as presas tinham direito ao sexo. Mesmo sem segurança, a resposta pedida era “sim”. Bom, direito todos tem a uma porção de coisas... mas isso a questão não definia. Outra questão era sobre um executivo do mercado financeiro que, demitido, estressado, atropelou pessoas, agrediu um motoqueiro, além de subtrair a sua motocicleta. Os meios de comunicação noticiaram o fato com “fervor”. O que foi perguntando? Que o candidato identificasse a teoria que melhor explica o caso: o labbeling approach, a teoria crítica, a Escola de Chicago, a associação diferencial ou a teoria da anomia... Uau. Não joguemos fora a água suja com a criança dentro. Sair de um modelo fast food para um modelo de perguntas desse tipo é não inovar em nada. Lamento informar, mas, com esse tipo de prova corremos o risco de retroceder, além de reforçar o lado tradicional. É mais ou menos como o professor de Filosofia do Direito que chega na aula e, como é doutor em Hegel, manda os alunos de primeiro ano lerem a obra de Hegel. Ele passa todo o semestre falando em Hegel, sem liga-lo à especificidade jurídica. Resultado: os alunos não só odiarão Hegel, como também o professor e a Filosofia do Direito. Ou seja, espanta-se a clientela.http://www.conjur.com.br/2012-ago-16/senso-incomum-vinhas-ira-ou-quando-reu-nao-ajuda Indiquei para comentários. Kkk Análise da questão:A banca, infelizmente, elaborou uma questão com forte conteúdo poético, mas desprovida de embasamento teórico. Não existem – ao meu ver - parâmetros objetivos que possam levar a uma resposta correta e sem margens para dúvidas. Resta, somente, apontar o que a banca considerou como correto. Talvez, com base no que ela considera a assertiva mais compatível com seus princípios institucionais: “A Filosofia torna livre no Defensor o seu Ser, a necessidade interna de resgate de sua essência mais própria, de modo a conferir a essa essência a sua dignidade de ser Defensor Público". A assertiva considerada correta é a letra “b".Gabarito: Alternativa B acompanhando os chutes da GABRIELA eliminei a "A" porque o Defensor não pode ser distante..... como disse.. chute.. Questão marcada pelo critério RA.FO (a mais razoável e fofinha). Conceitos puramente Marxistas, cujo objetivo é conduzir ao erro! Misericórdia Só Jesus na causa...