O milho transgênico com atividade inseticida é popularmente conhecido como milho Bt, sendo transformado e incorporando uma toxina isolada da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt). Essa bactéria produz uma toxina (inseticida) específica para larvas de alguns insetos. A toxicidade dessas proteínas tem alta especificidade para cada grupo de inseto. O Bt, como bactéria, vem sendo utilizado desde 1920 como bioinseticida na França e, hoje, é utilizado em vários países sem causar problemas aos produtores, aos consumidores ou ao ambiente.
No caso do milho Bt, disponível comercialmente hoje no Brasil, utilizaram-se toxinas com maior especificidade para os lepidópteros-praga (lagartas). Estão liberados para
comercialização eventos que expressam diferentes toxinas, como o Yieldgard®, o Herculex® e o Agrisure®, além da combinação desses eventos com outros de tolerância a herbicida. No registro das empresas, as pragas-alvo incluem três espécies: a lagarta-do-cartucho do milho (LCM), Spodoptera frugiperda; a lagarta-da-espiga do milho (LEM), Helicoverpa zea; e a broca da cana-de-acúcar (BCA),Diatraea saccharalis. Entretanto, há dados na literatura indicando também a atividade dessas toxinas sobre a lagarta-elasmo (LEL), Elasmopalpus lignosellus.
Fonte: http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/milhoBT.htm