A Segunda Guerra Mundial foi um acontecimento importante, também para o jornalismo, uma
vez que inaugurou uma nova forma de fazer jornalismo, ainda mais marcada por uma
pretensa objetividade. É nesse período, que se desenvolvem técnicas como o lead e a
pirâmide invertida cuja função é colaborar para a adoção de um padrão de linguagem ainda
mais objetiva.
Numa resposta contrária a esse modelo e se pautando numa clara e direta relação com a
literatura, também nos Estados Unidos, na década de 1960, surge o chamado new journalism
cuja técnica consistia, fundamentalmente, em narrar os fatos com recursos mais próximos da
literatura do que a linguagem apressada, telegráfica e enxuta do jornalismo diário daquele
período. Truman Capote (A sangue frio), Tom Wolfe (Radical chic e o novo jornalismo), Gay
Taleser (Fama e anonimato, entre outros) e Norman Mailer (Os nus e os mortos) são os
grandes nomes dessa corrente.
Gay Talese assim definiu o new journalism: “... quer dizer apenas escrever bem. É um texto
literário que não é inventado, não é ficção, mas que é narrado como um conto, como uma
sequência de filme. É como um enredo dramático digno de ser levado aos palcos e não
apenas um amontoado de fatos, fácil de ser digerido”
fonte: Prof. Dr. Luís Henrique Marques