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O empreendedorismo do governo é a adoção de novas formas de utilizar recursos, de modo a maximizar a produtividade e a eficiência, buscando sistemas participativos descentralizados, com base na mobilização de setores da comunidade. O governo empreendedor caracteriza-se por decidir e não em executar(catalisador), gerar a participação da população em comunidades locais, criar competição nos serviços públicos, pela definição de serviços exclusivos e não-exclusivos do Estado, orientar-se por missões, por resultados, com sistemas de avaliação, para os clientes e pelo empreendedorismo, buscando receitas e oportunidades.
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Mas a ação do gestor foi de associar-se às elites políticas locais. Não feriria o princípio da Impessoalidade?
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Vanessa. Respondendo a sua questão, de forma alguma se fere o dito princípio. A associação com a elite política é necessária em qualquer governo/ente público. Sem isso não há possibilidade de governabilidade. Tal associação denota a atração dos que representam o povo dentro da esfera política. Não quer dizer privilegiar grupos restritos ou interesses escusos ao benefício público e coletivo.
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Achava que o empreendedorismo governamental valorizava a governança em detrimento da governabilidade.
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O termo empreender deriva do
verbo francês entreprendre, que
significa iniciar ou realizar algum empreendimento. O empreendedor é aquele
capaz de alterar os recursos econômicos de uma área de baixa produtividade,
transformando-a em uma área de produtividade e lucratividade elevadas. É capaz
de atuar como o catalisador do desenvolvimento econômico.
Joseph Schumpeter alinha o termo
empreendedorismo à inovação. O empreendedor pode ser compreendido como um
agente de desenvolvimento econômico ou como alguém que cria novas combinações
de produção por meio do processo de destruição criativa.
Nesse sentido o empreendedorismo
público é o processo de introdução de inovação nas organizações do setor
público. É a geração de ideias inovadoras e sua consequente implementação na
esfera pública. Os empreendedores públicos usam recursos disponíveis e
constroem novas maneiras para maximização da produtividade e efetividade
organizacional. Criam valor para os cidadãos ao reunir uma combinação de
recursos públicos para explorar oportunidades sociais.
Dessa forma, o empreendedorismo
público implica em um papel inovador e proativo do governo na condução da
sociedade para melhoria da qualidade de vida, com a inclusão de geração de
receitas alternativas, melhoria de processos internos e desenvolvimento de
soluções inovadoras para satisfazer as necessidades sociais e econômicas exatamente
com propôs o enunciado da questão.
GABARITO DO PROFESSOR: CERTO
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Características de ''Governo catalisador'' e ''Governo que pertence à comunidade''.
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Conforme elucida Mello (2006), a reforma gerencial observada no Brasil a partir da década de 1990 passa, a partir de 2000, a receber o denominação Gestão Empreendedora.
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MANDAMENTOS DA GESTÃO EMPREENDEDORA
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1- GOVERNO CATALIZADOR:
O governo não deve assumir, sozinho, a competência para a implementação de políticas públicas, mas sim harmonizar a ação de diferentes agentes sociais na solução de problemas coletivos. Assim, o governo passa a coordenar uma série de esforços, e não mais se mostra restrito à simples execução.
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2- GOVERNO QUE PERTENCE À COMUNIDADE:
Deve-se transmitir responsabilidade aos cidadãos, ao invés de simplesmente servi-los. As comunidades, uma vez estando mais próximas aos problemas, devem atuar proativamente na tomada de decisões.
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3- GOVERNO COMPETITIVO:
A competição (entre órgãos públicos, e entre entidades públicas e privadas) deve ser fomentada, como maneira de promover a qualidade na prestação dos serviços públicos.
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4- GOVERNO ORIENTADO PARA MISSÕES:
O governo (e seus órgãos) deve ser orientado conforme sua missão, e não se ater obsessivamente à normas e regras formais.
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5- GOVERNO DE RESULTADO:
A atuação governamental deve ser norteada por seus objetivos estratégicos. Deve-se minimizar o excesso de controle em recursos (inputs) e pautar-se pelos resultados almejados (outputs).
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6- GOVERNO ORIENTADO AO CLIENTE:
O governo deve valorizar os cidadãos como seus clientes, abandonando as práticas da burocracia disfuncional, e passando a adotar técnicas e ferramentas de qualidade, bem como promovendo a transparência na gestão (accountability).
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7- GOVERNO EMPREENDEDOR:
O governo deve criar novas maneiras de ampliar seus ganhos financeiros e vincular sua dotação orçamentária a resultados almejados perante a sociedade, bem como ampliar o leque de serviços públicos remunerados.
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8- GOVERNO PREVENTIVO:
Deve-se evitar a simples postura reativa, passando-se a planejar estrategicamente, como forma de prevenção e preparo perante cenários futuros.
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9- GOVERNO DESCENTRALIZADO:
A descentralização deve ser vista como uma forma não só de responder mais rapidamente às demandas sociais, mas também de promover maior motivação aos funcionários públicos e capacidade de inovação.
ATENÇÃO: logicamente, a descentralização e a maior autonomia conferida aos órgão e aos servidores públicos demandam maior responsabilização e controle.
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10- GOVERNO ORIENTADO PARA O MERCADO:
O governo deve ingressar na lógica competitiva do mercado, atuando não só como agente regulador, mas também conduzindo atividades econômicas, adotando princípios de gestão de negócios e investindo recursos em aplicações de risco.
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fonte: Administração Geral e Pública para concursos (Renato Fenili)
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(Comentário do Professor, para quem não for assinante!)
O termo empreender deriva do verbo francês entreprendre, que significa iniciar ou realizar algum empreendimento. O empreendedor é aquele capaz de alterar os recursos econômicos de uma área de baixa produtividade, transformando-a em uma área de produtividade e lucratividade elevadas. É capaz de atuar como o catalisador do desenvolvimento econômico.
Joseph Schumpeter alinha o termo empreendedorismo à inovação. O empreendedor pode ser compreendido como um agente de desenvolvimento econômico ou como alguém que cria novas combinações de produção por meio do processo de destruição criativa.
Nesse sentido o empreendedorismo público é o processo de introdução de inovação nas organizações do setor público. É a geração de ideias inovadoras e sua consequente implementação na esfera pública. Os empreendedores públicos usam recursos disponíveis e constroem novas maneiras para maximização da produtividade e efetividade organizacional. Criam valor para os cidadãos ao reunir uma combinação de recursos públicos para explorar oportunidades sociais.
Dessa forma, o empreendedorismo público implica em um papel inovador e proativo do governo na condução da sociedade para melhoria da qualidade de vida, com a inclusão de geração de receitas alternativas, melhoria de processos internos e desenvolvimento de soluções inovadoras para satisfazer as necessidades sociais e econômicas exatamente com propôs o enunciado da questão.
GABARITO DO PROFESSOR: CERTO
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“A VISÃO EMPREENDEDORA considera, como condição para sua eficácia, que os gestores públicos se guiem pela missão, visão, crenças, valores e objetivos globais e sistêmicos da organização, orientados proativamente para a CRIAÇÃO DE VALOR PARA A SOCIEDADE.
(...)
O GESTOR PÚBLICO É ACIMA DE TUDO UM SERVIDOR e sua MISSÃO é GARANTIR A FUNCIONALIDADE DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA, alinhando-a verticalmente e horizontalmente, através de uma ação coordenada das diversas atividades e processos, para que os direitos das pessoas sejam assegurados e os deveres dos cidadãos sejam cumpridos”.
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MOREIRA, Elisabete de Abreu e Lima. Administração geral e pública. Salvador: Juspodivm, 2018, p. 103.
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CERTO