LETRA A
Para que seja possível alcançar alta eficiência na cadeia de suprimentos é necessário que sejam identificadas as forças e fatores que modelam o comportamento das empresas e suas interações com os participantes de sua cadeia. Uma vez que a falta de harmonia na cadeia é um dos responsáveis pelo surgimento do efeito chicote, é necessário desenvolver ações que reduzam ou eliminem seus reflexos.
Neste texto pretende-se explicar o efeito chicote: suas causas, as formas como ele se apresenta e os meios para combatê-lo. Imagine-se uma indústria que recebe encomendas de um distribuidor, que por sua vez faz suas vendas a um varejista. O varejista acompanha a demanda do consumidor e faz seus pedidos ao distribuidor, incluindo uma margem de segurança. Já o distribuidor, com a mesma preocupação de se proteger contra possíveis faltas, faz um pedido à indústria para atender ao varejista e mais certa quantidade para sua própria segurança. A indústria, por sua vez, precisa atender este volume de pedidos, que inclui além da demanda real, as duas quantidades de segurança de cada um dos elos subseqüentes. O que aconteceria se os consumidores comprassem menos do que o varejista previu?
Como essa demanda prevista muitas vezes não se concretiza, tanto por estar acima ou abaixo do previsto, as empresas acabam com um volume inadequado de produtos em estoque, o que as leva, por exemplo, a reduzirem suas compras, como forma de proteger seu fluxo de caixa. Estas situações criam aos fornecedores uma falsa impressão de demanda real. Independente da situação, esse reflexo vai sendo passado de cliente para fornecedor, até o final da cadeia, estabelecendo o efeito chicote. Este reflexo será tanto maior quanto mais distante do consumidor final estiver o elo da cadeia de suprimentos