Comando Tar
Backup (cópia de segurança) de arquivos é uma necessidade antiga. Há várias formas de se fazer isso, mas nos sistemas operacionais baseados no Unix, uma das maneiras mais tradicionais corresponde à utilização da ferramenta Tar, sigla de Tape Archive. O que o Tar faz é muito simples de entender: ele "empacota" vários arquivos em um só, isto é, faz com que um único arquivo contenha vários outros. Assim, é possível, por exemplo, armazenar em único arquivo as cópias de documentos existentes na pasta de um usuário.
O arquivo resultante de um empacotamento feito com Tar tem, como é de se esperar, a extensão .tar (por exemplo, infowester.tar), embora sua utilização não seja obrigatória (mas é recomendada para fins de organização). Quando for necessário extrair o conteúdo existente dentro de um arquivo .tar, naturalmente, basta acionar o programa Tar. Os procedimentos para empacotamento e extração de arquivos são executados através de comandos e parâmetros inseridos em terminais (shell). Quando um usuário domina essas instruções, consegue executar tais tarefas de forma ágil. Isso se deve principalmente ao fato do Tar manter as propriedades dos arquivos e a estruturas de diretórios originais, facilitando a localização e a utilização de cada item após a extração.
A sintaxe do Tar é a seguinte:
tar [parâmetros] [nome_do_arquivo_tar] [arquivos_de_origem]
Na linha acima, tar é o comando. Em parâmetros, é possível utilizar várias opções. Eis as principais:
-c - cria um novo arquivo tar;
-t - exibe o conteúdo de um arquivo tar;
-p - mantém as permissões originais do(s) arquivo(s);
-r - adiciona arquivos a um arquivo tar existente;
-f - permite especificar o arquivo tar a ser utilizado;
-v - exibe detalhes da operação;
-w - pede confirmação antes de cada ação no comando;
-x - extrai arquivos de um arquivo tar existente;
-z - comprime o arquivo tar resultante com o gzip (visto mais à frente);
-C - especifica o diretório dos arquivos a serem armazenados (note que, neste caso, a letra é maiúscula).
O campo nome_do_arquivo_tar especifica qual o nome que o arquivo .tar terá, e o campo arquivos_de_origem define o diretório ou os arquivos que se tornarão um .tar. Vamos ver alguns exemplos para facilitar a compreensão:
tar -cf lendas.tar saci.txt curupira.txt
O comando acima cria o arquivo lendas.tar, que contém os arquivos saci.txt e curupira.txt. Aqui, você deve ter reparado que é possível combinar parâmetros. Neste exemplo, isso ocorreu com -c e -f. No exemplo abaixo, o diretório hardware tem todo o seu conteúdo compactado no arquivo infowester.tar, só que os detalhes são exibidos graças à opção -v: