Iamamoto (2000) advoga que o fatalismo e o messianismo, ambos cativos de uma análise da prática social esvaziada de historicidade. O fatalismo, inspirado em interpretações que naturalizam a vida social, apreendida à margem da subjetividade humana, redundando em uma visão perversa da profissão concebida como totalmente atrelada às malhas de um poder tido como monolítico, resultando disso a impotência e a subjugação do profissional ao instituído. Por outro lado, o messianismo utópico privilegiando os propósitos do profissional individual, num voluntarismo, não permite o desvendamento do movimento social e das determinações que a prática profissional incorpora nesse movimento, ressuscitando inspirações idealistas que reclamam a determinação da vida social pela consciência.
(Iamamoto), pode-se considerar na análise da prática social que o fatalismo e o messianismo utópico fundamentam-se nos:
- As expressões da prática profissional são apreendidas através de um processo de parcialização progressiva da totalidade da vida social, revelador da concretude do real.
- A prática social restrita a qualquer atividade desempenhada pelo assistente social.
- A prática profissional pressupõe a eficácia técnica, o resultado imediato e visível, quantificadamente mensurável.