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ID
890821
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INCA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Com relação aos processos de esterilização de produtos médicos
hospitalares, julgue os itens que se seguem.

O monitoramento da eficácia do cobalto 60 é feito com a utilização de um indicador biológico Bacillus pumilus, sendo o uso do cobalto 60, de todos os métodos de esterilização, o menos agressivo à natureza.

Alternativas
Comentários
  • Apesar de já conhecer essa questão, não concordo porque não sei o porquê de um material com o cobalto 60 ser o menos agressivo à natureza. No caso do peróxido de hidrogênio, os resultados do processo são água e oxigênio e, ao meu ver, seriam menos agressivos. Alguém?

  • Para validar a eficácia da esterilização por radiação ionizante como por cobalto 60, especialmente quando se utilizam doses menores, é necessário determinar a resistência à radiação da carga microbiana do produto. Padrões de carregamento de produto específico e a distribuição de doses mínimas e máximas absorvidas devem ser estabelecidos. As doses absorvidas são normalmente medidas através de dosímetros específicos, como suporte plástico padronizado que mostra intensificação da cor proporcional à quantidade de radiação absorvida. A dose se baseia na resistência à radiação da carga microbiana heterogênea natural contida no produto a ser esterilizado. Os procedimentos de validação podem usar a exposição de produto inoculado, usando organismos resistentes, como Bacillus pumilus, ou exposição de amostras de produto acabado da linha de produção à dose subletal de processo. Resposta: CERTO. Bibliografia www.anvisa.gov.br
  • A radiação ionizante age nos micro-organismos quebrando suas cadeias moleculares e induzindo reações dos fragmentos com o oxigênio atmosférico ou compostos oxigenados, matando os micro-organismos ou inviabilizando sua reprodução. 

    Atualmente existem três processos de esterilização industrial: por vapor (autoclave), óxido de etileno (EtO) e radiação ionizante. O vapor, a forma mais antiga de esterilização, é limitado a materiais resistentes devido à alta temperatura exigida no processo. A necessidade de uma esterilização "a frio" abriu as portas ao uso do EtO e à radiação ionizante. 

    A esterilização com EtO dominou o segmento do mercado de esterilização de produtos médicos descartáveis por muito tempo. Entretanto, sua natureza tóxica e a emissão de poluentes ao meio ambiente fez com que a Occupational Safety and Health Association (OSHA) a declarasse uma técnica agressiva adotando uma política rígida em sua aplicação. Atualmente, diversas empresas mundiais estão substituindo este processo de esterilização por radioesterilização. 

    Arquivo IPEN/CTRA elevada competitividade da radioesterilização decorre das seguintes características do processo: 

    Produtos esterilizados por radiação

    A grande quantidade de materiais compatíveis com a radiação por ionização (termoplásticos, borrachas, têxteis, metais, pigmentos, vidros, adesivos e tintas) torna extensa a relação de produtos esterilizáveis comercialmente por este processo: seringas descartáveis, agulhas, catéteres, luvas e kits cirúrgicos, suturas, implantes, proteínas, unidades para hemodiálise, placas de Petri, pinças, reagentes, cosméticos, etc.