Questão 919402

• Banca: COVEST-COPSET
• Órgão: UFPE
• Ano: 2010
• Provas: COVEST-COPSET - 2010 - UFPE - Enfermeiro
• Disciplina: Enfermagem
• Assuntos: Infecção Hospitalar

Sobre as medidas de prevenção das Infecções Hospitalares, é incorreto afirmar que:

• A. os cateteres de Teflon e de poliuretano são mais resistentes à aderência microbiana que os de PVC, polietileno e silicone.
• B. o reservatório ou fonte de microorganismos, o modo de transmissão e a incisão cirúrgica são fatores predisponentes básicos de infecção hospitalar de sítio cirúrgico.
• C. os Estreptococcus do grupo B têm sido uma das principais causas de meningite e sepse em unidades neonatais e a fonte principal é a própria mãe do RN, por isso a lavagem das mãos é essencial.
• D. a prevenção das infecções hospitalares em úlceras de pressão consiste principalmente em lavar as mãos e adotar as medidas de precaução de contato.
• E. a principal estratégia para redução das IH de acesso vascular é o uso de luvas durante a execução da técnica.

Gabarito: E

Comentários

• No ambiente hospitalar, principalmente unidades de terapia intensiva, o cateter venoso central é amplamente utilizado. Os materiais mais comuns que entram na sua constituição são o polivinil (PCV), polipropileno, polietileno, poliuretano, tetrafluoretileno (Teflon) e silástico. Eles variam quanto a trombogenicidade, flexibilidade e capacidade de ser quimicamente inerte. Sua seleção deve ser feita com base nas características individuais do paciente. Os cateteres de PVC e polietileno são menos resistentes à aderência microbiana que os de Teflon, silicone ou poliuretano. A infecção do sítio cirúrgico é o processo pelo qual o micro-organismo penetra, se estabelece e se multiplica na incisão operatória. Parte do risco está relacionada à própria cirurgia. Por isso cirurgias que envolvem a manipulação de locais do organismo onde a flora apresenta uma alta concentração de microrganismos, como o intestino, por exemplo, são associadas a taxas de infecção mais elevadas, há maior risco de desenvolvimento de infecção. Inversamente, espera-se que em cirurgias limpas, em que são abordados tecidos estéreis, como por exemplo, em neurocirurgias, a ocorrência de infecção seja bem menos frequente. A infecção pós-operatória é determinada por uma combinação de fatores: quantidade e tipo de contaminação, técnica cirúrgica e anestésica empregada e resistência do hospedeiro. A infecção pelo estreptococo β-hemolítico do grupo B (EGB) ou Streptococcus agalactiae persiste como uma causa líder de morbimortalidade perinatal. No recém-nascido, a infecção pelo micro-organismo se caracteriza primariamente por sepse e pneumonia ou, mais raramente, meningite. A infecção neonatal precoce – com menos de sete dias de vida – é adquirida verticalmente por meio da exposição ao EGB, presente na vagina da gestante colonizada. Ocorrem também complicações maternas que abrangem infecção do trato urinário, amnionite, endometrite, sepse e, menos frequentemente, meningite. Úlceras por pressão causam dano considerável aos pacientes, dificultando o processo de recuperação funcional, frequentemente causando dor e levando ao desenvolvimento de infecções graves, também têm sido associadas a internações prolongadas, sepse e mortalidade. Assim como toda ferida há de se ter cuidado com a manipulação, principalmente se a pele não estiver íntegra, deve-se tomar as devidas precauções para que não ocorra a infecção, principalmente por meio das mãos infectadas dos trabalhadores de saúde, logo a lavagem de mãos e precaução de contato são essenciais nesses clientes. Higienizar as mãos é remover a sujidade, suor, oleosidade, pelos e células descamativas da microbiota da pele, com a finalidade de prevenir e reduzir as infecções relacionadas a assistência à saúde. A principal estratégia para diminuir as Infecções hospitalares são a lavagem de mãos e não o uso de luva. Resposta E.   Bibliografia Ferreira, MVF. Curativo do cateter venoso central: subsídios para o ensino e a assistência de enfermagem. Tese, Universidade de São Paulo, 2013. Coutinho T, Coutinho CM, Zimmermmann JB, Marcato RM, Coutinho LM. Prevenção da doença perinatal pelo estreptococo do grupo B: atualização baseada em algoritmos. Femina, 39(6), Junho 2011. www.corensp.gov.br

• A principal estratégia para redução de IH é a lavagem das mãos