IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL: Realizada por médico-legista, para estabelecer a identidade de corpos,
esqueletos ou fragmentos encontrados
IDENTIFICAÇÃO DO SEXO: identificação se torna mais dificultosa em casos
de putrefação avançada, estados intersexuais, pseudo-hermafroditismo, esqueleto
NO HOMEM: Os ossos do crânio são mais espessos, os malares mais salientes, o tórax é cônico, mais largo na parte superior, na bacia predominam as dimensões verticias (mais estreita e funda) e o sacro é mais alto
NA MULHER: os ossos são mais delicados, o
tórax é ovóide, a bacia tem maior diâmetro transversal (mais larga e menos
funda) e o sacro é mais baixo
A questão avalia os conhecimentos do candidato em antropologia médico-legal.
A) ERRADO. A análise do fêmur é mais importante para determinação da estatura da pessoa do que do sexo. Quando dispomos apenas dos ossos longos dos membros, podemos alcançar a estatura baseada na tábua osteométrica de Broca ou nas tabelas de Étienne-Rollet, de Trotter e Gleser, de Mendonça ou de Lacassagne e Martin. Basta multiplicarmos o comprimento de um dos ossos longos pelos seus índices, para nos aproximarmos da sua altura quando vivo.
B) ERRADO. O tórax oferece subsídios de valor na determinação do sexo, no entanto, apresenta menos elementos de diferenciação do que o crânio. Por isso esse não é o gabarito. O tórax do homem assemelha-se a um cone invertido; o da mulher tem a semelhança de um ovoide. Na mulher, vê-se uma predominância da cintura pélvica, enquanto, no homem, nota-se a cintura escapular mais larga.
C) ERRADO. Por se tratar de um osso longo, o úmero é mais utilizado na determinação da estatura do que do sexo do esqueleto. No entanto, a avaliação das dimensões da cabeça do úmero pode contribuir também para diferenciação do sexo, embora secundariamente.
D) ERRADO. O dimorfismo da primeira vértebra cervical pode ser utilizado na diferenciação sexual, no entanto não é a região do esqueleto que fornece mais informações para tal propósito.
E) CERTO. A pelve fornece os dados mais abundantes e fidedignos para a estimativa do sexo, apresentando uma precisão de 95%. De acordo com o dimorfismo sexual, as mulheres possuem um corpo de tamanho menor que o dos homens e, consequentemente, um púbis e toda a pelve geralmente mais delicados e mais leves. No homem, além de existir uma consistência óssea mais forte, com rugas de inserção mais pronunciadas, as dimensões verticais predominam sobre as horizontais; ao passo que, na mulher, dá-se o inverso: o diâmetro transversal supera a altura da bacia. O ângulo sacrovertebral na mulher é mais fechado e saliente para diante que no homem.
Já o crânio também é um elemento importante na diferenciação do sexo em esqueletos, com uma precisão de 80 a 90%. O crânio no sexo masculino tem espessura óssea mais pronunciada, processos mastóideos mais salientes e separados um do outro, fronte mais inclinada para trás, glabela mais pronunciada, arcos superciliares mais salientes, rebordos super orbitários rombos, articulação frontonasal angulosa, apófises estiloides longas e grossas e mandíbula mais robusta. Na mulher, a fronte é mais vertical, a glabela menos pronunciada, os arcos superciliares menos salientes, os rebordos super orbitários cortantes, a articulação frontonasal curva, as apófises estiloides curtas e finas e a mandíbula menos robusta. Os côndilos occipitais são longos, delgados e em forma de sola de sapato no homem, e curtos, largos e em forma de rim na mulher.
Referência principal: FRANÇA, Genival Veloso. Medicina Legal. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2017. 11a edição.
Gabarito do professor: Letra E.