SóProvas


ID
937621
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Para a investigação do sexo no esqueleto, as partes quemais fornecem subsídios de valor são:

Alternativas
Comentários
  • Identificação do Sexo pela Constituição

    Em 77 % dos casos, o diagnóstico diferencial do sexo, pode ser feito utilizando os elementos que fornece a inspecção do crânio e da mandíbula, apenas.

    Os elementos que se compulsam para fazer o diagnóstico diferencial são os seguintes:

    Mulher Homem
    Fronte mais vertical Fronte mais inclinada para trás
    Glabela não saliente; continuação do perfil fronto-nasal Glabela e arcos superciliares salientes
    Articulação fronto-nasal curva Articulação fronto-nasal angulosa
    Rebordas supra-orbitárias cortantes Rebordas supra-orbitárias rombas
    Apófises mastóides menos desenvolvidas. Quando o crânio é colocado sobre um plano, ele apóia-se no maxilar e no occipital, com menor estabilidade Apófises mastóides proeminentes, servindo de pontos de apoio, tornando o crânio mais estável quando colocado sobre um plano
    Peso - Crânio mais leve Peso - Crânio mais pesado
    Mandíbula menos robusta, cristas de inserções musculares menos pronunciadas. Muito mais achatada (peso médio 63g) Mandíbula mais robusta, com cristas de inserções musculares mais acentuadas. Muito arqueada (peso médio 80g)
    Côndilos occipitais curtos e largos Côndilos occipitais longos e estreitos
    Apófises mastóides e estilóides menores Apófises mastóides e estilóides maiores

    Fonte: http://www.acbo.org.br/revista/biblioteca/identificacao/
  • A título de curiosidade, pélvis é o mesmo que bacia. 

  • IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL: Realizada por médico-legista, para estabelecer a identidade de corpos, esqueletos ou fragmentos encontrados


    IDENTIFICAÇÃO DO SEXO: identificação se torna mais dificultosa em casos de putrefação avançada, estados intersexuais, pseudo-hermafroditismo, esqueleto


    NO HOMEM: Os ossos do crânio são mais espessos, os malares mais salientes, o tórax é cônico, mais largo na parte superior, na bacia predominam as dimensões verticias (mais estreita e funda) e o sacro é mais alto


    NA MULHER: os ossos são mais delicados, o tórax é ovóide, a bacia tem maior diâmetro transversal (mais larga e menos funda) e o sacro é mais baixo


  • Não entendi o pq da alternativa b estar incorreta, vez que tbm ocorre a identificação pelo tórax

  • Partes que fornecem MAIORES subsídios QUANTO A IDENTIDIFICAÇÃO DO SEXO podem ser enumerados na seguinte ordem:

    1- PELVE;

    2- CRÂNIO;

    3- TÓRAX;

    4- FÊMUR. 

     

  • A questao nao foi objeto de recurso, talvez por isso nao tenha sido anulada.
  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em antropologia médico-legal.

    A) ERRADO. A análise do fêmur é mais importante para determinação da estatura da pessoa do que do sexo. Quando dispomos apenas dos ossos longos dos membros, podemos alcançar a estatura baseada na tábua osteométrica de Broca ou nas tabelas de Étienne-Rollet, de Trotter e Gleser, de Mendonça ou de Lacassagne e Martin. Basta multiplicarmos o comprimento de um dos ossos longos pelos seus índices, para nos aproximarmos da sua altura quando vivo.

    B) ERRADO. O tórax oferece subsídios de valor na determinação do sexo, no entanto, apresenta menos elementos de diferenciação do que o crânio. Por isso esse não é o gabarito. O tórax do homem assemelha-se a um cone invertido; o da mulher tem a semelhança de um ovoide. Na mulher, vê-se uma predominância da cintura pélvica, enquanto, no homem, nota-se a cintura escapular mais larga.

    C) ERRADO. Por se tratar de um osso longo, o úmero é mais utilizado na determinação da estatura do que do sexo do esqueleto. No entanto, a avaliação das dimensões da cabeça do úmero pode contribuir também para diferenciação do sexo, embora secundariamente.

    D) ERRADO. O dimorfismo da primeira vértebra cervical pode ser utilizado na diferenciação sexual, no entanto não é a região do esqueleto que fornece mais informações para tal propósito.

    E) CERTO. A pelve fornece os dados mais abundantes e fidedignos para a estimativa do sexo, apresentando uma precisão de 95%. De acordo com o dimorfismo sexual, as mulheres possuem um corpo de tamanho menor que o dos homens e, consequentemente, um púbis e toda a pelve geralmente mais delicados e mais leves. No homem, além de existir uma consistência óssea mais forte, com rugas de inserção mais pronunciadas, as dimensões verticais predominam sobre as horizontais; ao passo que, na mulher, dá-se o inverso: o diâmetro transversal supera a altura da bacia. O ângulo sacrovertebral na mulher é mais fechado e saliente para diante que no homem.

    Já o crânio também é um elemento importante na diferenciação do sexo em esqueletos, com uma precisão de 80 a 90%. O crânio no sexo masculino tem espessura óssea mais pronunciada, processos mastóideos mais salientes e separados um do outro, fronte mais inclinada para trás, glabela mais pronunciada, arcos superciliares mais salientes, rebordos super orbitários rombos, articulação frontonasal angulosa, apófises estiloides longas e grossas e mandíbula mais robusta. Na mulher, a fronte é mais vertical, a glabela menos pronunciada, os arcos superciliares menos salientes, os rebordos super orbitários cortantes, a articulação frontonasal curva, as apófises estiloides curtas e finas e a mandíbula menos robusta. Os côndilos occipitais são longos, delgados e em forma de sola de sapato no homem, e curtos, largos e em forma de rim na mulher.

    Referência principal: FRANÇA, Genival Veloso. Medicina Legal. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2017. 11a edição.

    Gabarito do professor: Letra E.