-
GABARITO: B
ESCOLA DE CHICAGO (ECOLOGIA CRIMINAL): CARACTERÍSTICAS GERAIS:
- Berço da moderna sociologia norte-americana;
- Alta dose de empirismo e pouca preocupação com suportes teóricos;
- Enfoque pragmático diretamente voltado para os problemas de urbanização do início do século XX – preocupação com a “perda dos valores tradicionais e pluralismo”;
- “Sociologia da grande cidade” (Chicago: explosão urbana no início do século XX: 1860 – 110.000 habitantes, 1870 – 300.000; 1880-1900 – de 500.000 a 1.000.000, 1910 – 2.000.000. Em 50 anos, aumentou em 20 vezes sua população);
- Crime é lidado como problema social e não patologia individual, fundamentalmente ligado ao conceito de espaço (crime não é uma resposta anormal, mas resposta normal a ambiente anormal);
- Métodos etnográfico, cartográfico e estatístico.
-
a) errada: Teoria da Anomia: Surge da impossibilidade da pessoa atingir metas por ela desejadas, com isso o fracasso no atingimento de tais metas levam à anomia, contra a norma, ignorando as normas sociais.
B) correta: A Escola de Chicago cria os estudos baseados na antropologia urbana, é o meio urbano como foco da analise principal do delito, sendo que o meio ambiente influencia na delinquência.
Os meios diferentes de adaptação das pessoas às cidades acabam por propiciar a mesma consequência: implicação moral e social num processo de interação na cidade. Assim, com o crescimento das cidades começa a surgir uma relação de aproximação entre as pessoas, com a vizinhança se conhecendo. Passa a existir, por conseguinte, uma verdadeira identidade dos quarteirões. Esse mecanismo solidário de mútuas relações proporciona uma espécie de controle informal (polícia natural), na medida em que uns tomam conta dos outros3 (ex.: família que viaja e pede ao vizinho que recolha o jornal, que mostre ao leiturista da água o local do hidrômetro etc.). Os avanços do progresso cultural aceleram a mobilidade social, fazendo aumentar a alteração, com as mudanças de emprego, residência, bairro etc., incorrendo em ascensão ou queda social. A mobilidade difere da fluidez, que é o movimento sem mudança da postura ecológica, proporcionado pelo avanço da tecnologia dos transportes (automóvel, trens, metrô). Portanto, a mobilização e a fluidez impedem o efetivo controle social informal nas maiores cidades.
c)errada: A teoria da associação diferencial (teoria da aprendizagem social), defende a ideia que ninguém nasce criminoso, como defendido por Lombroso, a sociedade o ensina, o processo de aprendizagem do criminoso requer conhecimento especializado e habilidade, sendo assim a delinquência é o resultado da socialização incorreta. O homem aprende ser criminoso.
"Uma pessoa torna-se criminosa pq recebe mais definições favoráveis à violação da lei do que desfavoráveis a essa violação".
d) errada: a criminologia critica afirma ainda que as condutas delitivas dos menos favorecidos são as efetivamente perseguidas, ao contrário do que acontece com a criminalidade dos poderosos. Portanto, essa teoria, de origem marxista, entende que a realidade não é neutra, de modo que se vê todo o processo de estigmatizacão da população marginalizada, que se estende à classe trabalhadora, alvo preferencial do sistema punitivo, e que visa criar um temor da criminalização e da prisão para manter a estabilidade da produção e da ordem social.
-
e) errada: A teoria do labelling approach (interacionismo simbólico, etiquetamento, rotulação ou reação social) é uma das mais importantes teorias de conflito. Surgida nos anos 1960, nos Estados Unidos, seus principais expoentes foram Erving Goffman e Howard Becker.
Por meio dessa teoria ou enfoque, a criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em que se atribui tal “qualidade” (estigmatização).
Assim, o criminoso apenas se diferencia do homem comum em razão do estigma que sofre e do rótulo que recebe. Por isso, o tema central desse enfoque é o processo de interação em que o indivíduo é chamado de criminoso.
A sociedade define o que entende por “conduta desviante”, isto é, todo comportamento considerado perigoso, constrangedor, impondo sanções àqueles que se comportarem dessa forma. Destarte, condutas desviantes são aquelas que as pessoas de uma sociedade rotulam às outras que as praticam.
A teoria da rotulação de criminosos cria um processo de estigma para os condenados, funcionando a pena como geradora de desigualdades. O sujeito acaba sofrendo reação da família, amigos, conhecidos, colegas, o que acarreta a marginalização no trabalho, na escola.
Sustenta-se que a criminalização primária produz a etiqueta ou rótulo, que por sua vez produz a criminalização secundária (reincidência). A etiqueta ou rótulo (materializados em atestado de antecedentes, folha corrida criminal, divulgação de jornais sensacionalistas etc.) acaba por impregnar o indivíduo, causando a expectativa social de que a conduta venha a ser praticada, perpetuando o comportamento delinquente e aproximando os indivíduos rotulados uns dos outros. Uma vez condenado, o indivíduo ingressa numa “instituição” (presídio), que gerará um processo institucionalizador, com seu afastamento da sociedade, rotinas do cárcere etc.
-
Escola de Chicago
Conhecida Como Teoria Ecológica, Analisa a cidade e a sua contribuição para o fenômeno da Criminalidade.
Principal Precursor: Robert Park.
-
Gab B
Escola de Chicago: Teoria Ecologica - Ecologia criminal
- Desorganização social
- O crescimento das cidades gera delinquência
-
Fique atento, pois já caiu em provas a expressão "inquéritos sociais" ligado a Escola de Chicago.
-
ESCOLA DE CHICAGO (1920-1940)
A Escola de Chicago teve origem nas décadas de 20 e 30, através dos estudos
acerca da "sociologia das grandes cidades" pelo Departamento de Sociologia da
Universidade de Chicago, que apontou a influência do entorno urbano sobre a
conduta humana, atribuindo as causas do fenômeno criminal à sociedade e não
ao indivíduo.
Conforme preleciona Paulo Sumariva (2017, p. 66), com 0 desenvolvimento
urbano da civilização industrial, observou-se a mutação social e 0 aumento da
crim inalidade nas grandes cidades, tornando-se necessário conhecer, à luz da
morfologia das urbes, os mecanismos de aprendizagem e transmissão das culturas consideradas desviadas.
Desta feita, a Escola de Chicago, a partir da antropologia urbana e sob uma
perspectiva transdisciplinar, estuda, de forma em pírica (emprego da observa
ção direta nas investigações) e com finalidade pragm ática (finalidade prática de
obter diagnóstico confiável acerca dos urgentes problem as sociais da realidade
norte-americana de seu tempo), a influência do meio am biente na conduta delituosa, traçando um paralelo entre 0 crescimento populacional e 0 aumento da
crim inalidade nas cidades. Seus seguidores defendem, assim, que a cidade produz a delinquência.
A teoria em estudo prioriza a ação preventiva em detrimento da ação
repressiva. Ademais, as ações interventivas na cidade devem ser planejadas,
contem plara participação da sociedade e lim itarem -se a um espaço previamente
determ inado
-
Minha contribuição.
Escola de Chicago (Ecologia Criminal) – 1920 – 1940
Com a revolução industrial, houve o crescimento dos centros urbanos e, ao mesmo tempo, crescimento da criminalidade. Com isso, a Escola de Chicago voltou sua atenção para os estudos dos meios urbanos, chegando à conclusão de que o meio ambiente influenciava a conduta criminosa. Logo, concluíram também que o crescimento da população nas cidades representava um crescimento na criminalidade. À luz da Escola de Chicago a cidade era responsável por produzir a criminalidade.
Características: método empírico, finalidade pragmática e utilizava inquéritos sociais (social surveys).
Propostas: mudança efetiva nas condições econômicas e sociais das crianças; fortalecimento dos mecanismos de controle social informal; e, Estado atuante especialmente sobre a pobreza e sobre o desemprego.
A importância da Escola de Chicago para a sociologia é inegável, sendo responsável, inclusive, por influenciar o surgimento de outras teorias: Teoria da Desorganização Social (Ecológica), Teoria Espacial, Teoria das Janelas Quebradas e Teoria/Política de Tolerância Zero.
Fonte: Diego Pureza
Abraço!!!