Letra A
Na Paraíba, segundo José Otávio, o procedimento da Inquisição foi um fator de atraso para essa capitania. Contando com uma população total de 52.000 habitantes, tornou-se uma presa tentadora para o Tribunal do Santo Ofício. De acordo com esse historiador paraibano, depois do Rio de Janeiro, a Paraíba foi à capitania mais perseguida no Brasil colônia. O procedimento do Tribunal do Santo ofício se tornou um dos fatores de contribuição para a pobreza “medular” da Paraíba, na medida em que sua atuação significava, ainda mais, transferência de riquezas para a metrópole, no caso, Portugal, sendo mais um dos instrumentos do “Pacto Colonial”.
Seria um fator de atraso e empobrecimento da Paraíba a atuação da Inquisição, pois se transferiam recursos para a metrópole na medida em que os atingidos tinham seus bens confiscados e transferidos para o patrimônio da Coroa. Os processos inquisitórios eram secretos, propiciando delações de todo tipo, criando um clima de insegurança que era ruim para os negócios. Além do mais, a desconfiança contra aqueles que detinham fortunas e faziam empréstimos a juros, não ajudava no desenvolvimento do comércio. Outro fator seria a “imposição” de doações para a construção ou conclusão de igrejas (São Bento, São Francisco e Carmo na capital, foram concluídas e restauradas entre 1761 e 1779), transferindo-se recursos que poderiam ser aplicados no setor produtivo. Contando ainda que a capitania da Paraíba, sob pressão da inquisição, foi obrigada a contribuir com o dote de casamento dos filhos de D. João V.
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Na época da Inquisição, como as denúncias eram anônimas e sigilosas, servia também como vingança, os mais atingidos eram aqueles que emprestavam dinheiro com juros, assim, durante o julgamento, eles eram obrigados a doar todo o seu dinheiro para a metrópole portuguesa, assim, a Paraíba foi empobrecendo do decorrer dos meses.