"Nesse período inicial da arquivologia como campo do conhecimento, a descrição
arquivística foi citada pelo Manual dos Arquivistas Holandeses – obra clássica publicada no
ano de 1898 pela Associação dos Arquivistas Holandeses – e considerada por Fonseca (2005)
como o marco inicial da arquivologia moderna, apresentando regras para as atividades
próprias dos arquivistas e iniciando um entendimento normatizado para a prática da atividade
em arquivos. O Manual acentua a necessidade de que a documentação seja descrita
uniformemente, sem privilegiar este ou aquele documento e tendo por base um suposto grau
de valor histórico que é identificado ou atribuído pelo agente descritor. Citava ainda a
necessidade de uma descrição que partia do conjunto documental mais geral até a descrição
das unidades específicas do acervo (ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS HOLANDESES,
1973). A importância da obra resultou na sua tradução para diversos idiomas, como o francês
(em 1910), o alemão (em 1905), o inglês, o italiano (em 1908), o português (em 1960), o