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A Criminologia Interacionista ou Labeling Approach não é voltada ao crime e ao delinquente, mas, sim, à prevenção e não meios de reação à criminalidade. Nela não se indaga o porquê da pessoa tornar-se criminosa, mas sim o porquê a sociedade a rotula como delinquente, e quais são as consequências punitivas a elas. HANS BECKER, SOCIÓLOGO NORTE AMERICANO. é considerado o fundador do interacionismo criminológico.
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Justificativa de não anulação do Cespe/UNB:
A afirmativa está errada apenas no tocante à perspectiva do interacionismo como macrossociológica, quando, ao contrário, trata-se do enfoque conhecido como microssociológico, com menor nível de abstração, atenção à empiria e aos processos individuais relacionados à criminalização, bem como à complexidade dos conflitos sociais. As teorias da anomia, ou estruturais-funcionalistas e as chamadas estruturalistas, estas sim, são macrossociológicas, com maior nível de abstração e déficit empírico.
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É assim, a CESPE quer, a CESPE faz!
De acordo com o interacionismo clássico, são diversos os aspectos externos que influenciam o ator social, todas as perspectivas de interacionismo partem desta prerrogativa, é o ser agindo sobre o meio e vice-versa. A interpretação de uma análise microsociológica jamais se volta para o ser, nem mesmo a psicologia social se atreveria enveredar pelo universo do individualismo, porque esse é um tema da psicologia.
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Não entendi essa justificativa que o Cespe adotou para a questão, conforme o colega postou... pelo que eu entendo todos os modelos sociológicos sejam eles de consenso ou de conflito ( labelling approach) estão sobre uma perspectiva macrossociológica, pois não se limitam a análise do delito na visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas sim da sociedade como um todo. ( Conforme dispõe Nestor Sampaio Penteado filho em Manual Esquemático de Criminologia).
Alguém mais entendido do assunto poderia esclarecer melhor a questão? Obrigado.
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Outro detalhe:
Originada na Escola de Chicago, essa abordagem é especialmente relevante na MICROSSOCIOLOGIA e PSICOLOGIA SOCIAL.
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O interacionismo simbólico é uma abordagem sociológica das relações humanas que considera de suma importância a influência, na interação social, dos significados bem particulares trazidos pelo indivíduo à interação, assim como os significados bastante particulares que ele obtém a partir dessa interação sob sua interpretação pessoal. Originada na Escola de Chicago, essa abordagem é especialmente relevante na microsociologia e psicologia social.
O erro está em dizer ser macro, quando é micro. E se ocupa do indivíduo em si, e não da sociedade em geral.
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Pra mim o cerne da questão está em saber o que é interacionismo simbólico. Trata-se de sinônimo da Teoria do Etiquetamento. E pra essa teoria, a sociedade não quer saber a definição de criminoso. Ela quer dizer, etiquetar, quem é o criminoso. Trata-se de um comportamento preconceituoso, que pré julga as pessoas.
Se olhar por esta ótica, a questão fica bem mais fácil de ser resolvida. Concordam?
Espero ter ajudado
Bons estudos!
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Puts, valeu Giuliano, fica de boa mesmo. A questão só mata por ser um sinônimo do etiquetamento. Cada dia uma palavra nova ¬¬'
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A Criminologia Interacionista ou Labeling Approach não é voltada ao crime e ao delinquente, mas, sim, à prevenção e não meios de reação à criminalidade. Nela não se indaga o porquê da pessoa tornar-se criminosa, mas sim o porquê a sociedade a rotula como delinquente, e quais são as consequências punitivas a elas. HANS BECKER, SOCIÓLOGO NORTE AMERICANO. é considerado o fundador do interacionismo criminológico.
Justificativa de não anulação do Cespe/UNB:
A afirmativa está errada apenas no tocante à perspectiva do interacionismo como macrossociológica, quando, ao contrário, trata-se do enfoque conhecido como microssociológico, com menor nível de abstração, atenção à empiria e aos processos individuais relacionados à criminalização, bem como à complexidade dos conflitos sociais. As teorias da anomia, ou estruturais-funcionalistas e as chamadas estruturalistas, estas sim, são macrossociológicas, com maior nível de abstração e déficit empírico.
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A teoria do "interacionismo simbólico", do "etiquetamento" ou do "labelling approach", tem como tese central a de que a criminalidade não é uma qualidade intrínseca nem a conduta criminosa é um fato intrinsecamente nocivo. Na verdade, o crime e a criminalidade são qualidades - etiquetas - atribuídas a determinados sujeitos através de complexos processos de "interação social", ou seja, de processos de definição (criminalização primária) e de seleção (criminalização secundária). A criminalidade, segundo essa teoria, é um atributo conferido a determinados indivíduos (etiquetamento) e o crime é o fato que a lei define como tal. Essa teoria não busca conhecer as "causas" do delito, mas se concentra em definir quem é o criminoso e que é o crime.
Por fim, a sociologia criminal, nas primeiras décadas do século XX, dividiu-se em macrossociologia e microssociologia. A primeira delimita seu objeto de estudo na sociedade. A microssociologia, por sua vez, tem por objeto de estudo a interação do indivíduo e da sociedade.
A teoria do "interacionismo simbólico" se enquadra dentre as teorias microssociológicas, na medida em que destaca a interação entre a comunidade, e as suas resoluções acerca do desviamento, e o indivíduo e seu enquadramento nesta sociedade.
Gabarito do Professor: Errado.
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Só inverter o final
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Justificativa de não anulação do Cespe/UNB:
A afirmativa está errada apenas no tocante à perspectiva do interacionismo como macrossociológica, quando, ao contrário, trata-se do enfoque conhecido como microssociológico, com menor nível de abstração, atenção à empiria e aos processos individuais relacionados à criminalização, bem como à complexidade dos conflitos sociais. As teorias da anomia, ou estruturais-funcionalistas e as chamadas estruturalistas, estas sim, são macrossociológicas, com maior nível de abstração e déficit empírico.
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Então para esta teoria é indagar-se quem é o criminoso. E na Escola de chicago ´como se define, , exclusa~odos centros cívicos , etc
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A criminologia não é uma teoria dogmática, mas ao contrário, é zetética. O que isso quer dizer? Ela não se preocupa com o mundo do dever ser, mas do ser. São teorias que sempre podem ser revisitadas. Através do empirismo, há uma observação, e se a teoria não funciona, tudo bem, parte-se para outra, ao contrário do dogma, que é algo estático. Já para a teoria do interacionismo, etiquetamento o labelling aprouch, não interessa quem é criminoso, mas o que, porque. Para essa teoria as pessoas através de criminalização primária (orgãos legisladores) e secundária (orgãos oficiais, MP, polícia, reincidência) são etiquetadas com o rótulo de criminoso. De forma mais clara, uma história (acho que sócrates ou platão) que contam: Vem um guarda e grita, PEGA O LADRÃO, o filósofo por seu turno vai e pergunta, mas o que é o ladrão? Para essa teoria é mais ou menos assim, mas porque essa conduta X foi criminalizada? Não é a pessoa que é criminosa, mas o sistema que criminaliza tal conduta, levando a um etiquetamento de indivíduos através de comportamentos seletivamente reprovados no sistema penal.
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O erro da questão está em associar o INTERACIONISMO à MACROSSOCIOLOGIA.
É a MICROSSOCIOLOGIA que estuda a interação do indivíduo com o meio ambiente e com as pessoas próximas a ele, entendendo que o indivíduo se torna delinquente pq aprende na própria sociedade em que está inserido.
O restante da questão está correta, pois a MACROSSOCIOLOGIA não estuda quem é o criminoso, mas o funcionamento da sociedade por si só.
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Ridícula a explicação da banca. Vi uma doutrinadora fazer essa diferenciação, já que 99% dos teóricos dizem que as teorias do confilto e consenso são macrossociológicas, que foi a Ryanna Palas. E ela diz que o Labeling Aproach é macrossociológico. As microssociológicas seriam as do Aprendizado e as do Controle.
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Você estuda, aprende a teoria, decora os outros nomes adotados, decora o nome do criador ou dos criadores e o Cespe vem e te pega com a troca de "micro" por "macro".
Triste. --'
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Não acho que interacionismo simbólico seja sinônimo de Etiquetamento ou labeling approach
A teoria do labeling approach começou a se desenvolver com base principalmente em duas vertentes da sociologia norte americanas.
A primeira chamada “interacionismo simbólico”. Afirma que a realidade social é constituída a partir da relação entre os indivíduos, sendo essa relação realizada através da interpretação, segundo uma atribuição de valores e símbolos às ações dos demais, e da reação às condutas dos outros indivíduos no âmbito social. Essa atribuição de valores e símbolos feita às condutas dos demais indivíduos seria construída através dos processos linguísticos de cognição.
A segunda consiste na “etnometodologia”, que entende a realidade social como uma construção cotidiana, auferido através de uma tipificação e definição feitas pelos grupos de indivíduos, e não como objeto predeterminado.
OU seja o labeling é um "desague" um "afluente" do interacionismo simbólico e não um sinônimo. O labeling advém do interacionismo.
Se alguém souber explicar essa questão de acordo com a explicação da Cespe por favor me encaminhe!
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Em decorrência da discussão sobre a questão, adequada a doutrina do Eduardo Viana:
(...) Pela perspectiva etiológica, é dizer, aquela que tenta explicar uma origem para o fenômeno delitivo, tem-se distinguido entre micro e macro criminologia. A microcriminologia, esclarecem Hassemer e Munõz Conde, é voltada principalmente ao autor do delito, individualmente, ou dentro do grupo social onde vive, ao passo que a acentuação dos aspectos sociais na gênese do delito geraria a macrocriminologia (que se ocupa principalmente da análise estrutural da sociedade na qual surge o delito). (...)
Destaque importante o autor faz em rodapé: (...) frente às teorias de macro etiológico, a partir dos anos 70 aparece a proposta "etiquetista" (labelling approach), que considera a criminalidade como resultado de um processo de atribuição de etiqueta de criminoso levada a cabo pelos órgãos encarregados da persecução do delito e da Administração da Justiça. (...)
(Viana, Eduardo. Criminologia - 7. ed. Salvador: JusPODIVM, 2019. fl. 28).
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Corroborando o que o colega Roberto Morato Ramiro disse:
Q940966 Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito.
GABARITO: CERTO
CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia
Realmente é complicado enquadrar na perspectiva micro ou macro. A questão deveria ser mais objetiva.
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Caros, de fato, faz sentido o erro gabaritado. Vejam:
De acordo com a organizadora, o motivo do erro está no fato de que "A afirmativa está errada apenas no tocante à perspectiva do interacionismo como macrossociológica, quando, ao contrário, trata-se do enfoque conhecido como microssociológico, com menor nível de abstração, atenção à empiria e aos processos individuais relacionados à criminalização, bem como à complexidade dos conflitos sociais".
Meus colegas, estamos falando da Teoria do Labelling Approach (Erwing Goffman e Howard Becker), onde TODO O ENFOQUE recai sobre a figura do criminoso, diferenciando-o do homem comum unicamente em razão do estigma que sofre e do rótulo que recebe.
Ora, é impossível entender tão limitado objeto de estudo como MACROssociológico, mas tão somente MICROssociológico.
Concordo que a questão foi extremamente rasteira, mas bola pra frente e segue o jogo.
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caros colegas, com o devido respeito, discordo dos que estão tentando salvar o gabarito da questão, alguns, inclusive, afirmando que interacionismo NÃO é sinônimo de LABELLING APROACH.
Pois então, em 99% das questões são sim SINÔNIMOS, e se seguirem o raciocínio supracitado, irão errar as outras questões
perguntei para dois Professores de Criminologia, e ambos alegaram que acreditam no equívoco do examinador
"O interacionismo simbólico, mais conhecido como Teoria do Labelling Aprouch, é uma das teorias pertencentes ao grupo de pensamentos macrossociológicos de conflito, cuja principal argumentação é justamente o critério utilizado para se definir as condutas consideradas criminosas, as quais acabam rotulando e estigmatizando o próprio criminoso, que, ao ser preso/condenado, acaba assumindo o papel que a sociedade lhe impôs."
Abraços
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Nestor Sampaio Penteado Filho (p. 50) e Lélio Braga Calhau (p.57) dizem ser o etiquetamento uma teoria macrossociológica.
Não achei um livro sequer que fundamentasse o entendimento do cespe, bem como os trabalhos na internet dizem cada um uma coisa diferente.
Se alguém souber a fonte ou ao menos um autor que abone esse entendimento, por favor me mande inbox, se possível.
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Macrossociologia são apenas 2: consenso e conflito
Microssociologia são as vertentes de cada uma, no caso de teoria do consenso são: escola de chicago, associaçao diferencial, anomia e subcultura delinquente
e da teoria do conflito são: criminologia crítica e labeling aproach (conhecido tbem como interacionismo simbólico ou reação social).
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teoria do interacionismo simbólico===labelling approach
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CESPE deu uma viajada..
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Interacionismo Simbólico/Labelling Approach/ Reação Social/ Teoria do Etiquetamento : teoria criada por Goffman que se fundamenta na MICROSSOCIOLOGIA. Em síntese, essa teoria vai questionar o motivo pelo qual determinada conduta é tipificada como criminosa, quem cria os crimes (classe dominante). A sociedade vai "etiquetar" o pobre como criminoso
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Eu lá sabia que esse interacionismo era sinônio da teoria do etiquetamento.
#AVANTEDELTAPARÁ
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Resumindo : interacionismo simbólico - teoria do etiquetamento - rotulação - se concentra em definir QUEM É O CRIMINOSO.
Sabendo isso, já da pra saber que a questão está errada, pois, a mesma afirma o contrário - "indagar COMO SE DEFINE O CRIMINOSO. Ou seja, coisa que o interacionismo não faz.
Não sofra com esse tipo de questão !
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Macrossociologia: Sociologia que tem por objeto o estudo da sociedade globalmente, nas principais estruturas, tais como: econômicas, ideológicas etc.
Microssociologia: Um dos estudos de sociologia com tema de compreender relações entre atores sociais, posições e os papéis sociais que este ocupam, simplificadamente a natureza das interações sociais humanas cotidianas
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Macrossociologia: Sociologia que tem por objeto o estudo da sociedade globalmente, nas principais estruturas, tais como: econômicas, ideológicas etc.
Microssociologia: Um dos estudos de sociologia com tema de compreender relações entre atores sociais, posições e os papéis sociais que este ocupam, simplificadamente a natureza das interações sociais humanas cotidianas
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O interacionismo considera o modo como o indivíduo interage com a sociedade.
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Vejam o comentário da Maria G.
O interacionismo não quer saber QUEM é o criminosos pois essa "qualidade" não é inerente a uma pessoa pra dizer que alguém é ou não criminoso (análise do QUEM); mas por outro lado, o interacionismo (etiquetamento) se preocupa em analisar o porquê de a sociedade definir alguém como criminoso. Como a Maria afirmou, a análise desse processo (interacionista) que define alguém como criminoso é objeto dessa Teoria.
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Gabarito E.
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Labelling approach, Etiquetamento, Reação Social, Rotulação Social, Escola Interacionista
Sistema de controle, a pessoa rotulada como delinquente assume o papel que lhe é consignado. (Erving Goffman e Howard Becker).
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Trata-se daTeoria Labelling Approach.
O controle social é seletivo e discriminatório, gerador e constitutivo de criminalidade e estigmatizante.
Esta teoria define quem identificamos como criminoso, qual fonte de legitimidade...
Ex; Se você ver um loiro de terno correndo na rua e depois um negro descalço correndo na rua, quem você identifica que é o criminoso??
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Palavras Chave para resolver questões acerca do Labeling Approach - Teoria do conflito
- Interacionismo simbólico;
- Microssociológica - menor nível de abstração.
- Rotulação ou teoria da Reação social;
- Cerimônias degradantes;
- Processo de estigmatização;
Autor principal: Howard Becker - Tem suas bases na obra de Durkhein.
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Justificativa de não anulação do Cespe/UNB: A afirmativa está errada apenas no tocante à perspectiva do interacionismo como macrossociológica, quando, ao contrário, trata-se do enfoque conhecido como microssociológico, com menor nível de abstração, atenção à empiria e aos processos individuais relacionados à criminalização, bem como à complexidade dos conflitos sociais. As teorias da anomia, ou estruturais-funcionalistas e as chamadas estruturalistas, estas sim, são macrossociológicas, com maior nível de abstração e déficit empírico.