Partido Comunista, 1848, elaborado por Karl Marx e Friedrich Engels:
“[...] A necessidade de mercados sempre crescentes para seus produtos impele a burguesia a conquistar todo o globo terrestre. A burguesia precisa estabelecer-se, explorar e criar vínculos em todos os lugares.”;
“Pela exploração do mercado mundial, a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. [...]. Ao invés das necessidades antigas, satisfeitas por produtos do próprio país, temos novas demandas supridas por produtos dos países mais distantes, de climas mais diversos. No lugar da tradicional autossuficiência e do isolamento das nações surge uma circulação universal, uma interdependência geral entre os países. E isso tanto na produção material quanto na intelectual.”;
“[...] Sob a ameaça da ruína, a burguesia obriga todas as nações a adotarem o modo capitalista de produção; força-os a introduzir a assim chamada civilização, quer dizer, a se tornar burgueses. Em suma, ela cria um mundo a sua imagem e semelhança”.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista, 1848.
Ao tratar da expansão da classe burguesa pelo
mundo, Marx e Engels, em 1848, lançaram luz sobre
um fenômeno que apenas iria ser bastante estudado
e debatido pelo mundo a partir do fim do século XX
– quase 150 anos depois. Partindo dos trechos
acima, é correto afirmar que Marx e Engels já
haviam analisado o recente debate teórico a respeito
da(s)
Leia atentamente a seguinte matéria jornalística:
“Mulheres ganham 19% menos que homens – no topo a diferença é de mais de 30%
A presença das mulheres no mercado de trabalho no Brasil passou por mudanças substanciais nos últimos 50 anos. A participação delas entre os trabalhadores do país mais que dobrou. Os salários, embora ainda longe dos recebidos pelos homens nas mesmas profissões, também reduziram bastante a distância. Esse efeito, porém, não aparece com a mesma intensidade dentro das profissões mais bem remuneradas, como engenharia, medicina ou advocacia. Nelas, a presença feminina também disparou e, entre médicos e dentistas, por exemplo, as mulheres já são mais de 70%. A diferença salarial nos grupos do topo, porém, mudou bem pouco de 1970 para cá, e as mulheres ainda seguem ganhando cerca de 30% menos que os colegas homens nas mesmas profissões.
[...]. São estas as principais conclusões apontadas por um estudo feito pela economista Laísa Rachter (Ibre/FGV) que comparou a presença de mulheres e os salários médios praticados no mercado de trabalho de todo o país desde 1970, com base nos dados do censo, entre 1970 e 2010, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), para 2020. ‘A maternidade, os filhos e os afazeres domésticos ainda pesam mais sobre as mulheres, e demandam mais flexibilidade. A cultura organizacional ainda promove os profissionais baseada em critérios masculinos, como estar totalmente disponível ao trabalho ou trabalhar várias horas’, disse a pesquisadora da FGV”.
Juliana Elias, CNN Brasil Business, São Paulo, 02 de abril de 2021. Texto adaptado
Partindo das informações na matéria acima, avalie as seguintes proposições:
I. Depois de 50 anos, as mulheres ainda não possuem as mesmas condições de trabalho e ganho salarial que os homens.
II. A igualdade de condições de trabalho e de salários entre homens e mulheres hoje são conquistas próprias do mundo empresarial.
III. As profissionais liberais, nesse período, são as que mais conquistaram paridade salarial e igualdade diante dos colegas homens.
IV. A cultura das organizações, de modo geral, persiste valorizando colaboradores que não tenham maiores obrigações familiares.
É correto somente o que se afirma em