Assinale a alternativa correta sobre os três sermões do Padre Antônio Vieira.
Assinale a alternativa correta sobre autores do Romantismo brasileiro.
Leia o seguinte trecho de O cortiço.
A criadagem da família do Miranda compunha-se de Isaura, mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os caixeiros ou os fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações: “Óia, que eu me queixo ao juiz de orfe!”; e finalmente o tal Valentim, filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia alforriado.
Sobre o texto acima, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) O fragmento reflete o tom geral do romance, no qual o narrador em terceira pessoa distancia-se das personagens populares – especialmente as negras –, pois está atrelado às reduções do cientificismo naturalista que antepõe raça superior a raça inferior.
( ) A linguagem do narrador é diferente da linguagem da personagem: a fala de Leonor não segue o registro linguístico adotado pelo narrador.
( ) As personagens femininas descritas no trecho – e no romance de maneira geral – são estereotipadas, respondem ao imaginário da mulata sensual e ociosa, especialmente Bertoleza e Rita Baiana.
( ) O narrador em terceira pessoa simpatiza com as personagens populares; tal simpatia está presente em todo o romance, nas inúmeras vezes em que a narração em terceira pessoa cede espaço para o diálogo entre escravos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia o poema abaixo, presente em Mensagem, de Fernando Pessoa.
Noite
A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefinido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o veem, veem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
Senhor, os dois irmãos do nosso Nome
— O Poder e o Renome —
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de herói.
Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.
Considere as seguintes afirmações sobre o poema e suas relações com o livro Mensagem.
I - As três primeiras estrofes estão relacionadas a um episódio real: a história dos irmãos Gaspar e Miguel Corte Real que desapareceram em expedições marítimas, no início do século XVI, para desespero do terceiro irmão, Vasco, que queria procurá-los, mas não obteve a autorização do rei.
II - O sujeito lírico, na quarta e na quinta estrofes, assume a primeira pessoa do plural, sugerindo que o drama individual dos irmãos pode representar um problema coletivo: a perda de poder e renome de Portugal, perda esta já associada à difícil situação do país no início do século XX, momento da escritura do poema.
III- O diagnóstico das perdas de Portugal está ausente em outros poemas de Mensagem, por exemplo, Mar português, Autopsicografia e Nevoeiro, que apresentam a visão eufórica e confiante do sujeito lírico em relação ao futuro de Portugal.
Quais estão corretas?
Leia o seguinte trecho adaptado de Terras do sem-fim, de Jorge Amado.
O jornal da oposição, ........, que saía aos sábados, ressumava naquele número uma violência inaudita. Era dirigido por Filemon Andreia, um ex-alfaiate que viera da Bahia para Ilhéus, onde abandonara a profissão. Constava na cidade que Filemon era incapaz de escrever uma linha, que mesmo os artigos que assinava eram escritos por outros, ele não passava de um testa de ferro. Por que ele terminara diretor do jornal da oposição ninguém sabia. Antes fazia trabalhos políticos para ........, e, quando este comprou a máquina impressora e as caixas de tipos para o semanário, toda a gente se surpreendeu com a escolha de Filemon Andreia para diretor. [...] Manuel de Oliveira era profissional de imprensa. Trabalhara em vários jornais da Bahia até que ........, que o conhecera nos cabarés da capital, o contratara para dirigir ........ Era mais ágil e mais direto, quase sempre fazia mais sucesso.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do trecho acima, na ordem em que
aparecem.
Assinale a alternativa correta sobre a peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues.
Leia o segmento abaixo.
Há um fragmento do romance O amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas, que se destacou do conjunto: o episódio em que Dorival encarou a guarda. Nesse trecho, Dorival, ........, enfrenta o soldado, o cabo, o sargento e o tenente. Fica visível ........ da guarda e ........ de Dorival.
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas na ordem em que
aparecem.
Assinale a alternativa correta sobre O amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas.
Instrução: A questão refere-se ao romance A noite das mulheres cantoras, de Lídia Jorge.
Assinale a alternativa correta sobre o romance.
Instrução: A questão refere-se ao romance A noite das mulheres cantoras, de Lídia Jorge.
Leia o segmento abaixo.
........ comunica a ........ que ela não pode assinar todas as letras que compusera, pois é necessário que apareça um nome masculino. Ela pode escolher três de suas letras. As outras serão assinadas por .........
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas do segmento, na
ordem em que aparecem.
Leia a crônica O apagar da velha chama, de Luis Fernando Verissimo.
Eu, você, nós dois, um cantinho, um violão... Da janela, mesmo em Porto Alegre, via-se o Corcovado, o Redentor (que lindo!) e um barquinho a deslizar no macio azul do mar. Tinha-se, geralmente, de vinte anos para menos quando, em 1958, chegou a Elizete com abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim e João Gilberto com o amor, o sorriso, a flor e aquela batida diferente, mas que era bossa-nova e era muito natural, mesmo que você não pudesse acompanhar e ficasse numa nota só, porque no peito dos desafinados também batia um coração, lembra? Na vida, uma nova canção, um doce balanço. Era carioca, era carioca, certo, mas a juventude que aquela brisa trazia também trazia pra cá e daqui se via a mesma luz, o mesmo céu, o mesmo mar, milhões de festas ao luar, e sempre se podia pegar um Electra e mandar descer no Beco das Garrafas, olha que coisa mais linda. Queríamos a vida sempre assim, si, dó, ré, mi, fá, sol, muito sol, e lá. Mas era preciso ficar e trabalhar, envelhecer, acabar com esse negócio de Rio, céu tão azul, ilhas do sul, muita calma pra pensar e ter tempo pra sonhar, onde já se viu? Até um dia, até talvez, até quem sabe. O amor, o sorriso e a flor se transformavam depressa demais. Quem no coração abrigou a tristeza de ver tudo isso se perder, para não falar nos seus vinte anos, nos seus desenganos e no seu violão, nem pode dizer ó brisa fica, porque nem mais se entende, nem mais pretende seguir fingindo e seguir seguindo. A realidade é que sem ela não há paz, não há beleza, é só a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai. E dê-lhe rock.
Sobre a crônica, considere as seguintes afirmações.
I - O autor, partindo de sua experiência pessoal, como é próprio da crônica, recupera o momento histórico de uma geração, através da música brasileira.
II - O autor constrói a crônica a partir de diversas letras de músicas, mostrando como elas fazem parte de sua vivência de juventude.
III- A melancolia, ao final da crônica, está ligada ao envelhecimento e à percepção de que aquele momento não volta mais.
Quais estão corretas?