- ID
- 668476
- Banca
- CS-UFG
- Órgão
- UFG
- Ano
- 2011
- Provas
- Disciplina
- Literatura
- Assuntos
Como escrita literária contemporânea, Mãos de Cavalo, de Daniel Galera, e o conjunto de poemas Minigrafias, de Luís Araujo Pereira, são obras nas quais
Como escrita literária contemporânea, Mãos de Cavalo, de Daniel Galera, e o conjunto de poemas Minigrafias, de Luís Araujo Pereira, são obras nas quais
Embora individualmente os contos do Livro dos homens representem, por sentidos diversos, um espaço característico da geografia brasileira, no conjunto da obra, Ronaldo Correia de Brito caracteriza esse espaço pelo aspecto
Segundo Affonso Romano de Sant’anna (2000, p. 104), “Drummond não morreu. Apenas nos deixou a sós com os seus textos. Textos com os quais temos uma intimidade total, que nada pode inibir”.
As opções a seguir apresentam autores que pertencem à mesma época literária de Carlos Drummond de Andrade, à exceção de uma. Assinale-a.
Sobre o Modernismo brasileiro, assinale a alternativa incorreta.
Leia um trecho do “Manifesto do Surrealismo", publicado
por André Breton em 1924.
Surrealismo: Automatismo psíquico por meio do qual
alguém se propõe a exprimir o funcionamento real do pensamento.
Ditado do pensamento, na ausência de controle
exercido pela razão, fora de qualquer preocupação estética ou moral.
O Surrealismo assenta-se na crença da realidade superior
de certas formas de associação, negligenciadas até
aqui, na onipotência do sonho, no jogo desinteressado do
pensamento.
(Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia
e Modernismo brasileiro, 1992. Adaptado.)
Tendo em vista as considerações de André Breton, assinale
a alternativa cujos versos revelam influência do Surrealismo.
Sobre a obra Um terno de pássaros ao Sul (2008), de Fabricio Carpinejar, é correto afirmar que
Os trechos abaixo demonstram formas de representar a figura feminina,
respectivamente, nas obras São Bernardo, Um terno de pássaros ao Sul e O noviço.
- “A senhora, pelo que mostra e pelas informações que peguei, é sisuda,
econômica, sabe onde tem as ventas e pode dar uma boa mãe de família".
(RAMOS, 1977. p. 81).
- “A mãe remava/ em tua devastação,// percorria os parágrafos a lápis./ O grafite
dela, fino,/ uma agulha cerzindo// a moldura marfim./ Calma e cordata,/ sentava no
meio-fio da tinta,// descansando a fogueira/ das folhas e grilos". (CARPINEJAR,
2008, p. 34-35).
- “Exultai, senhoras. Eu me deveria lembrar antes de me casar com duas mulheres,
que basta só uma para fazer o homem desgraçado". (PENA, 1987, p. 118).
As três representações apontam para perspectivas norteadas, respectivamente,
pelos seguintes aspectos:
Na peça teatral O noviço (1987), de Martins Pena, a personagem Carlos busca
fugir à obrigação de tornar-se frade. Em sua atuação, Carlos representa um tipo
também explorado pelo compositor Chico Buarque.
Assinale a alternativa, dentre as composições abaixo, em que o excerto se associa
ao tipo representado pela personagem Carlos, na peça O noviço:
Assinale a alternativa correta.
Considere o trecho abaixo, que integra o livro Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar:
“[...] aprenderei ainda muitas outras tarefas, e serei sempre zeloso no cumprimento de todas elas, sou dedicado e caprichoso
no que faço, e farei tudo com alegria, mas pra isso devo ter um bom motivo, quero uma recompensa para o meu trabalho,
preciso estar certo de poder apaziguar a minha fome neste pasto exótico, preciso do teu amor, querida irmã, e sei que não
exorbito, é justo o que te peço, é a parte que me compete, o quinhão que me cabe, a ração a que tenho direito", e, fazendo
uma pausa no fluxo da minha prece, aguardei perdido em confusos sonhos, meus olhos caídos no dorso dela, meu pensamento
caído numa paragem inquieta, mas tinha sido tudo inútil, Ana não se mexia, continuava de joelhos, tinha o corpo de madeira,
nem sei se respirava [...] (p. 124)
Sobre esse trecho, assinale a alternativa correta.
O trecho a seguir integra o romance A última quimera, de Ana Miranda:
Meus sofrimentos sempre foram menores diante dos de Augusto, sempre competimos de certa maneira sobre quem sofria mais
grandiosamente, como um jogo de xadrez em que as peças não fossem cavalos, bispos, torres, reis, rainhas mas a angústia,
a dor física, a dor mental, o vazio existencial, a depressão, as forças subterrâneas, a morbidez, a neurose, o pesadelo, a
convulsão de espírito, a negação, o não ser, a mágoa, a miséria humana, o uivo noturno, as carnações abstêmias, os lúbricos
arroubos, a fome incoercível, a paixão pelas mulheres impossíveis, a morte; e nesse momento ele parece zombar de mim,
como se dissesse: “Vê, como são tolos seus sofrimentos? Você perdeu um amigo e eu perdi a vida". (p. 192)
Com base nesse trecho específico e na totalidade da obra, considere as seguintes afirmativas:
1. O romance cita documentos para confirmar os fatos históricos narrados, além de expor informações biográficas
precisas sobre dois poetas brasileiros, que ficaram conhecidos pelo rigor científico e pelo estilo descritivo.
2. O estilo poético de Augusto dos Anjos, um dos personagens centrais da obra, está exemplificado em vários
trechos do romance. São exemplos disso a enumeração de vocábulos de teor melancólico e pessimista e o uso
de imagens que recriam uma atmosfera mórbida.
3. O narrador do romance adota uma perspectiva distanciada em relação à história e aos personagens reais que
recria, contribuindo para reforçar o seu caráter documental e o efeito de veracidade que pretende.
4. A construção dos personagens Olavo Bilac e Augusto dos Anjos combina dados biográficos dos dois poetas com
cenas domésticas e particulares, que conferem a eles uma inegável complexidade humana e psicológica.
5. A dimensão temporal-espacial do romance recria, ficcionalmente, a cidade do Rio de Janeiro, no final do século
XIX, descrevendo o ambiente material da cidade, os fatos de sua história no período e também a atmosfera
intelectual da Belle Époque.
Assinale a alternativa correta.
Com relação aos contos "Apenas um saxofone" e "O moço do saxofone" da obra Antes do baile verde, de Lygia Fagundes Telles, podemos afirmar que
Em relação ao conto "Helga" da obra Antes do baile verde, de Lygia Fagundes Telles, assinale a alternativa CORRETA.
Em relação ao conto ―Verde lagarto amarelo‖ da obra Antes do baile verde, de Lygia Fagundes Telles, assinale a afirmativa CORRETA.
Segundo informações do Amadeus CarsForum, evento realizado em Miami em 2015, a indústria do turismo cresceu 12,6% no Brasil, o dobro da média mundial. Nunca, em todos os tempos, os brasileiros viajaram tanto, atingindo a média de três viagens ao ano por habitante. Cecília Meireles, a poetisa que, significativamente, intitulou seu primeiro livro de Viagem, dizia que “há as viagens que se sonham e as viagens que se fazem – o que é muito diferente”.
Nesta prova de literatura em língua portuguesa, você deverá resolver questões que tratam do viajante, dos lugares percorridos ou imaginados e da experiência da viagem.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o trecho abaixo, de Lygia Fagundes Telles, retirado da obra Passaporte para a China.
“Rio de Janeiro, 24 de setembro de 1960.
Diz o horóscopo que os do signo de Áries não devem de modo algum se arriscar no dia de hoje.
Sou do signo de Áries e daqui a pouco, em plena noite,
devo embarcar num avião a jato para a China. Escalas?
Dacar, Paris, Praga, Omsk, Irkutsck e finalmente Pequim.
Quer dizer, atravessarei quatro continentes: América, África, Europa e Ásia. É continente demais, hein!
Melhor tomar antes um chope duplo ali no bar do Lucas,
defronte ao mar de Copacabana, ficar ouvindo a
voz espumejante das ondas e esquecer que passarei
horas e horas “naquela coisa” que às vezes a gente
ouve cortar o céu tão rapidamente e com um silvo tão
desesperado que quando se olha para as nuvens não
se vê mais nada. Nada.”
Com base no texto selecionado e na obra de Lygia Fagundes Teles, analise as seguintes afirmativas:
I. A narradora enfrenta a ideia de voar com expectativa, pois, além do país asiático, conhecerá outras cinco cidades.
II. O texto expressa os sentimentos de uma viajante momentos antes da partida, enfrentando o pânico de cruzar o planeta para conhecer um país distante.
III. O emprego reiterado de aliterações no último parágrafo
sugere a ideia da velocidade que provoca
temor na viajante supersticiosa.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:
PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.
BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.
BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!
BENONA: Isso são coisas passadas.
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest'a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.
SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).
Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste”
e “cachorro da molesta” contribui para
Leia o texto e responda à questão.
FIM DE PAPO
Na milésima segunda noite,
Sherazade degolou o sultão.
(SECCHIN, Antônio Carlos. Fim de papo. In: FREIRE, Marcelino (Org.). Os cem menores contos brasileiros do século. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.)
Considere as afirmações relacionadas ao texto:
Leia o texto e responda à questão.
FIM DE PAPO
Na milésima segunda noite,
Sherazade degolou o sultão.
(SECCHIN, Antônio Carlos. Fim de papo. In: FREIRE, Marcelino (Org.). Os cem menores contos brasileiros do século. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.)
Considerando os sentidos evocados no texto, pode-se afirmar que na expressão “Fim de
papo” a palavra “papo”:
A escritora Alice Munro, de 82 anos, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2013, é uma das mais importantes contistas contemporâneas. Sem nenhum proselitismo feminista, ela rompe com padrões literários e insere elementos como recortes de jornais e cartas em seus textos, indo além da estrutura tradicional do conto.
(http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/sem-categoria- /leia-um-conto-de-alice-munro-a-nobel-de-literatura-de- 2013/)
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Com base numa ideia central de Lucien Goldmann, o crítico e historiador Alfredo Bosi propõe, para a moderna ficção brasileira, enquadramentos como estes:
I. romances de tensão mínima: as personagens não se destacam visceralmente da estrutura social e da paisagem que as condicionam. Exemplos, as histórias populistas de Jorge Amado.
II. romances de tensão crítica: o herói opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e da exploração social. Exemplos, os romances de Graciliano Ramos.
III. romances de tensão transfigurada: o herói procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade: Exemplos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector.
(Apud História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970)
Atente para estes dois textos, que constam das páginas iniciais de dois grandes romances brasileiros:
I. Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão de trabalho. Dirigi-me a alguns amigos e quase todos consentiram em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. (...)
Abandonei a empresa e iniciei a composição de repente, valendo-me de meus próprios recursos e sem indagar se isto me traz qualquer vantagem, direta ou indireta.
(Graciliano Ramos. S. Bernardo. S. Paulo: Martins, 1970, 12. ed.)
II. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? (...) A história – determino com falso livre arbítrio – vai ter uns sete personagens e eu sou um dos mais importantes deles, é claro. Eu, Rodrigo S. M. Relato antigo, este, pois não quero ser modernoso e inventar modismos à guisa de originalidade.
(Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. ed., 1978)
Consolo na praia
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour
A injustiça não se resolve.
A sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 43.
Levando em conta as características próprias da poesia de
Carlos Drummond de Andrade, a relação de pertença de sua
obra ao movimento modernista estabelecida pela crítica e
considerando o poema apresentado, é possível afirmar:
Reclame
Se o mundo não vai bem
a seus olhos, use lentes
... ou transforme o mundo
ótica olho vivo
agradece a preferência
CHACAL et al. Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006.
Chacal é um dos representantes da geração poética de
1970. A produção literária dessa geração, considerada
marginal e engajada, de que é representativo o poema
apresentado, valoriza
Leia o texto a seguir.
Delírio ao olhar pras Cagarras
Arrepio ao cantar das cigarras
[...]
NOPORN. Fumaça. In: NOPORN. Boca. São Paulo: Tratore Distribuidora dos Independentes, 2016. 1 CD. Faixa 3 (4’48”)
A canção “Fumaça”, do duo NoPorn, composto por Liana Padilha e Luca Lauri, emprega dois
recursos caros a duas poéticas da virada do século XIX para o século XX: primeiro, a
aproximação de elementos distantes, criando novas realidades, por vezes oníricas, como a
imagem de uma “pedra, com plumagem de ave”; segundo, a sinestesia, que promove o
cruzamento de sensações, perceptível em construções como “manchada de som” e “sabor da
fumaça”. O primeiro e o segundo recursos criativos expostos podem ser associados,
respectivamente, ao:
Escritores de uma nova geração, Milton Hatoum (nascido em 1952) e Bernardo Carvalho (nascido em 1960) já garantiram seu lugar no panorama multifacetado da literatura brasileira contemporânea. Relato de um certo oriente, publicado em 1989, marcou a estreia de Milton Hatoum na literatura. Nove noites, publicado em 2002, é o sétimo livro lançado por Bernardo Carvalho, que estreou na literatura em 1993 com o livro de contos Aberração.
A respeito das comparações entre Relato de um certo oriente e Nove noites, considere as seguintes afirmativas:
1. Milton Hatoum consegue trazer para a sua ficção o espaço amazonense sem cair no exagero do exotismo; Bernardo Carvalho, por sua vez, tensiona o realismo pela inclusão, na ficção, de fatos e personagens históricos, autobiografia e experiências pessoais.
2. Através de estratégias diferentes, os dois romances buscam compreender o passado, conscientes da obrigação histórica de recuperá-lo tal como aconteceu: Relato de um certo oriente resgata a memória trágica de uma família que viveu em Manaus; Nove noites investiga a morte de um antropólogo no sul do Maranhão, para entregar ao leitor a solução de um mistério até então não resolvido.
3. A epígrafe de W.H. Auden – “Que a memória refaça/A praia e os passos/O rosto e o ponto do encontro” (em tradução de Sandra Stroparo e Caetano Galindo) – anuncia o elemento central da narrativa de Milton Hatoum. O título do romance de Bernardo Carvalho se refere às nove noites que o antropólogo Buell Quain passou na companhia de Manoel Perna, durante a sua estada entre os índios Krahô.
4. O tratamento dado aos nativos em Relato de um certo oriente pode ser verificado na humilhação e nos abusos sofridos pelas caboclas e índias que trabalhavam na casa de Emilie, principalmente por parte dos dois “inomináveis”. Em Nove noites, a narração do jornalista volta a momentos centrais da história do Brasil no século XX – Estado Novo, Ditadura Militar e Período Democrático –, marcando a situação de vulnerabilidade permanente dos índios num mundo de brancos.
5. Na Manaus multicultural da primeira metade do século XX, Emilie e seus filhos, com a curiosidade natural do imigrante, atravessam constantemente o rio que separa a cidade da floresta. Da mesma forma, o narrador-jornalista de Nove noites visita inúmeras vezes os índios Krahô, em busca de informações sobre o suicídio de Buell Quain.
Assinale a alternativa correta
Considerando o desenvolvimento da literatura no Brasil, bem como os fundamentos de teoria literária, julgue o item.
Embora a literatura não tenha uma finalidade prática
imediata, ela exerce uma função insubstituível na vida
social: refletir fielmente, para os homens, a realidade em
sua unidade contraditória.
Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado, publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro. Disponível em: http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75 >Acesso em: 14/12/2017<
Com relação às obras de Jorge Amado, assinale a alternativa que corresponde respectivamente, à minissérie e à telenovela baseada em obras desse autor:
Tal movimento artístico floresceu em meados do século XX e baseava-se no imaginário do consumismo e da cultura popular. Foi visto como uma reação ao expressionismo abstrato, pois seus praticantes reintroduziram no repertório plástico imagens figurativas e fizeram uso de temas banais.
(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)
Uma obra representativa do movimento artístico retratado no texto está reproduzida em:
Leia trechos dos poemas “Fanatismo”, de Florbela Espanca, e “Imagem”, de Cecília Meireles.
Fanatismo
(...)
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...”
Imagem
Tão brando é o movimento
das estrelas, da lua,
das nuvens e do vento,
que se desenha a tua
face no firmamento.
Desenha-se tão pura
como nunca a tiveste,
nem nenhuma criatura.
Pois é sombra celeste
da terrena aventura.
(...)
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre os poemas.
( ) Ambos os sujeitos líricos comparam o ser amado à perfeição divina.
( ) Ambos os sujeitos líricos veem o amor de modo idealizado.
( ) Ambos os sujeitos líricos falam diretamente ao ser amado.
( ) Ambos os poemas citam diretamente a voz da opinião pública.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia este trecho de Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus.
18 de dezembro... Eu estava escrevendo. Ela perguntou-me:
– Dona Carolina, eu estou neste livro? Deixa eu ver!
– Não. Quem vai ler isto é o senhor Audálio Dantas, que vai publicá-lo.
– E porque é que eu estou nisto?
– Você está aqui por que naquele dia que o Armin brigou com você e começou a bater-te, você saiu correndo nua para a rua.
Ela não gostou e disse-me:
– O que é que a senhora ganha com isto?
... Resolvi entrar para dentro de casa. Olhei o céu com suas nuvens negras que estavam prestes a transformar-se em chuva.
Considere as seguintes afirmações sobre o trecho acima.
I - Está presente no fragmento uma tensão que perpassa o conjunto do livro: ao mesmo tempo em que se apropria da experiência de pobreza e violência da favela, Carolina quer diferenciar-se dela.
II - Audálio Dantas aparece como figura que representa oportunidade de publicação e autoridade letrada.
III- Aparece no fragmento uma alternância narrativa que marca Quarto de despejo: do dia a dia inclemente na favela para certa linguagem literária idealizada por Carolina.
Quais estão corretas?
No bloco superior abaixo, estão listados os títulos dos livros de Maria Firmina dos Reis e Carolina Maria de Jesus; no inferior, trechos desses livros.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
1 - Úrsula
2 - Quarto de despejo
( ) Eu estava pagando o sapateiro e conversando com um preto que estava lendo um jornal. Ele estava revoltado com um guarda civil que espancou um preto e amarrou numa arvore. O guarda civil é branco. E há certos brancos que transforma preto em bode expiatorio. Quem sabe se guarda civil ignora que já foi extinta a escravidão e ainda estamos no regime da chibata?
( ) [...] dois homens apareceram, e amarraram-me com cordas. Era uma prisioneira – era uma escrava! Foi embalde que supliquei em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os bárbaros sorriam das minhas lágrimas, e olhavam-me sem compaixão. Julguei enlouquecer, julguei morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava ainda longos combates.
( ) Davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez, e comida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos!
( ) Ontem eu comprei açucar e bananas. Os meus filhos comeram banana com açucar, porque não tinha gordura para fazer comida. Pensei no senhor Tomás que suicidou-se. Mas, se os pobres do Brasil resolver suicidar-se porque estão passando fome, não ficaria nenhum vivo.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Sobre o álbum Elis & Tom, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) A função conativa da linguagem, em que o sujeito cancional dirige-se a um tu/você, está presente na maioria das canções do álbum.
( ) A maioria das canções do álbum são sonetos de Vinícius de Moraes musicados por Tom Jobim e interpretados por Elis Regina.
( ) Canções como Águas de março e Chovendo na roseira configuram quadros descritivos do mundo natural.
( ) Todas as canções do álbum tematizam separações amorosas, o que confere tom sombrio ao disco.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
No bloco superior abaixo, estão listados títulos de canções de Elis & Tom; no inferior, comentários sobre essas canções.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
1 - Modinha
2 - Retrato em branco e preto
3 - Inútil paisagem
4 - Corcovado
( ) O sujeito cancional, solitário, não consegue desfrutar da natureza.
( ) Criação metacancional em que a canção aparece como forma de remediar a desilusão amorosa.
( ) O sujeito cancional expressa sua felicidade em ter morada, amor, violão e a própria canção.
( ) O sujeito cancional manifesta sua reincidência em um amor que já o fez sofrer.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia as seguintes afirmações sobre as peças Hamlet, de Shakespeare, e Gota d’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes.
I - Hamlet e Joana caracterizam-se como heróis trágicos por sua retidão de caráter e pelo ímpeto de decisão.
II - Os heróis são vítimas da situação corrupta em ambas as peças.
III- A presença de narradores reforça o aspecto moderno das duas tragédias.
Quais estão corretas?
No bloco superior abaixo, estão listados os nomes de personagens de A hora da estrela, de Clarice Lispector, e de Gota d’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes; no inferior, trechos relacionados a essas personagens.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
1 - Macabéa
2 - Joana
( ) Ninguém vai sambar na minha caveira. Vocês tão de prova: eu não sou mulher pra macho chegar e usar como quer, depois dizer tchau.
( ) Pra não ser trapo nem lixo, nem sombra, objeto, nada, eu prefiro ser um bicho, ser esta besta danada. Me arrasto, berro, me xingo, me mordo, babo, me bato, me mato, mato e me vingo, me vingo, me mato e mato.
( ) Então defendia-se da morte por intermédio de um viver de menos, gastando pouco de sua vida para esta não se acabar.
( ) Ela nascera com maus antecedentes e agora parecia uma filha de um não-sei-o-quê com ar de se desculpar por ocupar espaço.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia este trecho do texto Censura-violência (1979), de Antonio Candido (1918-2017).
Violência física e violência mental são na verdade violência social, como fica mais evidente neste fim de século especialmente bruto. Ela é fruto da desigualdade econômica, que requer força para se manter, porque sem força a igualdade se imporia como solução melhor, que na verdade é. Hoje, é espantoso ouvir e ler os pronunciamentos das autoridades de todos os níveis, que falam com veemência crescente que a miséria do povo é intolerável, que a concentração da riqueza deve ser mitigada, que a pobreza é um mal a ser urgentemente superado – não raro com estatísticas demonstrativas. É espantoso, porque até pouco tempo tais afirmações eram consideradas coisa de subversivos; e é espantoso porque isso é dito, mas quem diz faz tudo para que as coisas fiquem como estão, e para que os que querem mudar sejam devidamente enquadrados pela força. Não há dúvida de que a censura funciona como retificação, como dolorosa ortopedia feita para lembrar aos incautos a obrigação de não passar da demagogia à luta real pela democracia. A ideia, a palavra, a imagem podem ser instrumentos perigosos aos olhos dos que desejam apenas escamotear, operando conscientemente no plano da ideologia para abafar a verdade. Censura, portanto, e censura como arma para formar com outras o arsenal de manutenção da desigualdade – econômica, política, social. Por isso, mais em nosso tempo do que em outros, nos quais eram menos variados e atuantes os meios de expressão, devemos estar cada vez mais preparados para lutar contra a violência dentro da qual vivemos em todos os níveis. Inclusive a da censura.
Considere as seguintes afirmações sobre o trecho acima.
I - O autor defende que a censura é uma forma de violência a serviço da manutenção da desigualdade econômica, política e social.
II - O autor elogia as iniciativas de governo que têm verdadeiramente contribuído para a extinção da pobreza.
III- O autor convoca o leitor a combater todas as formas de violência.
Quais estão corretas?
Leia as seguintes afirmações sobre o conto Fotografias, de Caio Fernando Abreu.
I - Gladys, segundo o narrador, é loira, trintona, gostosa, moderna e extrovertida; hábil datilógrafa e secretária muito eficiente.
II - Liége, segundo o narrador, é morena, magrinha, ponderada como uma britânica; também é datilógrafa e secretária muito competente.
III- Gladys e Liége, embora diferentes física e psicologicamente, esperam pelo homem dos sonhos, pelo grande amor.
Quais estão corretas?
Leia o microconto “Adão”, de João Gilberto Noll, publicado em Mínimos, múltiplos, comuns.
“Resguardo”, palavra vetusta. Verdadeiros camafeus a recebem, figuras fora do alcance de qualquer viva vibração. Ela estava agora fora do alcance até de si mesma, já era substância de uma outra, alguém que de fato nunca vira em seus embalos, flutuações, transtornos. Deitada no tapete, feito roupa despida, sem sustentar por mais de alguns segundos alguma consciência de si ou do entorno. Já no seu terceiro dia de abandono. Batem à porta, ela não ouve. Soletram bem alto seu nome, suplicam. Em vão. Até que num ímpeto retorna a seu antigo pesadelo e diz: “Vou atender, vou sim, é minha viciada missão...”. Levanta-se com esforço, tateia. Ela abre a porta. Olhem ali: a figura que abre atendendo aos chamados é um homem, estritamente um. Chama-se Adão.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o microconto.
( ) O microconto apresenta um instante ficcional completo e intenso: a solidão existencial, representada na figura de Adão.
( ) O narrador é onisciente e poderoso: sabe do passado, presente e futuro da personagem.
( ) O poder do narrador abarca até mesmo o leitor, perceptível na expressão “Olhem ali”.
( ) O tempo está em suspensão, marcado pelos verbos no presente: recebem, ouve, soletram, retorna, levanta-se, abre.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia as seguintes afirmações sobre o romance a máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe.
I - Antônio Silva perde a esposa Laura e é internado no Lar da Feliz Idade.
II - A ditadura salazarista aparece na narrativa através de personagens com atuação política, como o jovem de 21 anos de quem Antônio Silva corta o cabelo.
III- O romance apresenta intertextualidade com o poema "Tabacaria", de Álvaro de Campos.
Quais estão corretas?
Leia as seguintes afirmações sobre o romance Diário da queda, de Michel Laub.
I - A narrativa constrói-se na forma de diário, mas sem a forma tradicional, pois não há registro de datas precisas.
II - O acontecimento no aniversário de João é o ponto de partida para o narrador questionar sua identidade e sua condição no mundo.
III- A memória do avô e a militância do pai não exercem pressão no narrador, em sua condição judaica.
Quais estão corretas?
Finalmente estreou no Brasil em final de 2015 o filme “Chatô”, de Guilherme Fontes, uma epopeia cinematográfica de 20 anos de produção que captou mais de R$ 85 milhões via leis de incentivo, o que gerou acusação de uso de recursos públicos sem apresentação do produto final e por irregularidades na aplicação desses mesmos recursos. O filme leva às telas a vida do político, jornalista e empresário Assis Chateaubriand (1892‐1968): reconstrói episódios de sua vida como a proximidade com Getúlio Vargas, a criação do Masp e a chegada da televisão ao Brasil, com base na biografia homônima escrita por:
Relacione as duas colunas de acordo com a característica e o período literário e assinale a alternativa correta:
Sobre O Monstro: três histórias de amor, de Sérgio Sant’anna, assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa correta sobre Dançar tango em Porto Alegre, de Sérgio Faraco.
Leia as seguintes afirmações sobre Amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas
I - Hermes, desfigurado e magro, depois de muito sofrimento, reencontra Mara na embaixada, acompanhada de Marcelo.
II - Josias, quando volta a ser preso, lamenta ouvir a revelação do policial de que seu filho Sepé era um traidor.
III- O romance abre com a queda do governo Allende e termina com a partida dos brasileiros exilados no Chile para a Europa.
Quais estão corretas?
Leia os trechos destacados da obra Boca do Inferno, de Ana Miranda:
“Ah, aquela desgraçada cidade, notável desventura de um povo néscio e sandeu. Gregório de Matos foi
informado sobre a morte do alcaide. Sofria ao ver os maus modos de obrar da governança, mas reconhecia
que não apenas aos governantes, mas a toda a cidade, o demo se expunha. Não era difícil assinalar os vícios
em que alguns moradores se depravavam. Pegou sua pena e começou a anotar” (p. 33).
“– Acho que acabou para sempre tua carreira na Relação Eclesiástica, disse Gonçalo Ravasco, rindo.
– Isso ainda veremos. Tratarei de mandar algumas adulações ao arcebispo. Dos meus versos será templo frequente, onde glórias lhe cante de contino, declarou Gregório de Matos fazendo pantominas.
– Quanta lacônica eloquência!
– Esta é uma grande virtude. Quae fuerant vitia mores sunt. Sim, sim, creio que há vícios que se tornam virtudes. Tudo depende de quando, como e por que se faz a coisa.
– Para ti tudo são vícios, e por isso vives atormentado com medo do inferno.
– Mas tudo hoje são vícios. E vícios hoje são virtudes” (p. 123-124)”
“A CIDADE DA BAHIA cresceu, modificou-se. Mas haveria de ser sempre um cenário de prazer e pecado,
que encantava a todos os que viviam ou a visitavam, fossem seres humanos, anjos ou demônios. Não
deixaria de ser, nunca, a cidade onde viveu o Boca do Inferno” (p. 331).
Com base na leitura dos trechos e de outros episódios da obra, todas as afirmativas são corretas, EXCETO
Sobre o conto de título homônimo ao livro Olhos D’água, de Conceição Evaristo, só NÃO podemos afirmar que:
Marque a opção que NÃO se aplica à obra Olhos D’água, de Conceição Evaristo.
Sobre o livro Relato de um certo oriente, de Miltom Hatoum, é incorreto afirmar:
Sobre o texto O Faz-Pé, de Rui Guilherme, é correto afirmar:
Considere o texto abaixo.
Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)
No poema, o eu lírico
Assinale o que for correto.
Assinale o que for correto.
Assinale o que for correto.
“Os olhos no teto, a nudez dentro do quarto; róseo, azul, violáceo, o quarto é inviolável; o quarto é individual, é um mundo, o quarto catedral, onde nos intervalos da angústia, se colhe, de um áspero caule, na palma da mão, a rosa branca do desespero, pois entre os objetos que o quarto consagra estão primeiros os objetos do corpo [...]” (NASSAR, 1989, p. 9).
Considerando o trecho e a leitura integral do livro Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar, assinale a alternativa correta.
O romance histórico A última quimera (1995), de Ana Miranda:
A coletânea de contos Olhos D’água, de Conceição Evaristo, caracteriza-se pela presença marcante de mulheres negras e periféricas que assumem uma condição de protagonismo nas narrativas.
ASSINALE a alternativa que apresenta a descrição verdadeira sobre essas personagens.