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ID
1000051
Banca
CEPERJ
Órgão
SEPLAG-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo Bravo e Menezes (2010), na atual conjuntura constata- se uma fragilização das lutas sociais, e as entidades e movimentos sociais não têm conseguido uma defesa da Seguridade Social e da Saúde em particular. Segundo as autoras, desde a década de 1990 opera-se uma profunda despolitização:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a resposta. Alguém pode me ajudar?

  • também não entendi


  •  

    A despolitização da política cria obstáculos concretos aos projetos societais contestadores das relações capitalistas de produção e limita as possibilidades de mudanças aos marcos de um reformismo político (NEVES, 2008). A repolitização da sociedade civil tem se dado por meio de ações que contribuem para o apassivamento dos movimentos sociais populares (FONTES, 2006) e da valorização da participação popular colaboracionista (NEVES, 2008). Com a ofensiva do neoliberalismo vivemos num contexto, segundo Netto, de “redução da vitalidade dos movimentos das classes e camadas subalternas, que se expressa na perda de ponderação de movimentos sociais capazes de colocar em pauta algo mais que reivindicações pontuais e particularistas” (2004, p.21). Nesta conjuntura, de fragilização das lutas sociais, constata-se que as entidades da sociedade civil não conseguiram uma defesa da Seguridade Social e da Saúde em particular, com destaque para os movimentos sociais, sindical, partidos políticos e movimento sanitário (BRAVO, 2006).

    As autoras continuam ...

    Os partidos de esquerda foram fundamentais na Constituição de 1988 e, a partir da década de 1990, não conseguiram formular uma agenda em defesa das políticas públicas e da saúde. Este fato permanece nos dias atuais, pois, ao assumir o poder, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem se comportando somente enquanto governo, não conseguindo mobilizar a sociedade para ampliação dos direitos sociais (BRAVO & MENEZES, 2011a).

    Gabarito letra B

  • Trechos do artigo:

    Compreendemos que o debate acerca da despolitização da questão social implica pensar sobre a relação entre Estado e Sociedade Civil, com ênfase na importância dos movimentos sociais. Martins (2011) nos chama atenção para a tensa combinação entre o moderno e o tradicional, que retrai o desenvolvimento social e político do Brasil. Nos anos de 1990, os impactos da reestruturação produtiva e da reconfiguração do Estado segundo os princípios neoliberais impõem novas exigências aos movimentos sociais. Ainda que diante do reconhecimento legal dos direitos postulados na Constituição de 1988, assistiu-se o agravamento da questão social e o esfacelamento das políticas sociais de caráter universalista. Nesse sentido, era preciso manter um Estado forte para construir uma disciplina orçamentária que contivesse os gastos com políticas sociais e provocasse o aumento do exército de mão de obra de reserva para desarticular os sindicatos. Outrossim, as políticas sociais deixam de ser reconhecidas como direitos sociais para se tornarem direito do consumidor. Iamamoto (2004) cita a crescente mercantilização do atendimento às necessidades sociais, que acompanha a privatização das políticas sociais. A autora analisa que os serviços sociais são inscritos no circuito da compra e venda de mercadorias, o que compromete o seu reconhecimento enquanto direitos sociais de cidadania. A perda da dimensão de universalidade de acesso às políticas sociais desmonta a ingerência do Estado e despolitiza a abordagem da questão social.

    http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_31_1_Barison.pdf

  • Gente, qual é a resposta certa a B ou a D?