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ID
1021222
Banca
IDECAN
Órgão
COREN-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                               Muito além de impressões digitais

      Um passado sem rosto e sem rastro transformou a figura da mãe numa pálida lembrança. E levou consigo a imagem da menina Camila, ex-moradora de rua, sem deixar na adulta a certeza de como era quando criança. Com a morte da mãe no parto do oitavo irmão, há nove anos, depois de peregrinar com os sete irmãos pelas ruas de diversos bairros, ela ganhou uma casa. Foi morar com a tia e cada irmão seguiu para viver com um parente.

      A história da família Gomes, até a geração de Camila Cláudia, hoje com 21 anos, é apenas oral. Não há um único registro fotográfico dessa vida nômade. Nem fotos, nem documentos. Camila não tem certidão de nascimento, o que impede o acesso aos direitos mais elementares. E não se lembra de ter visto fotos da mãe.

      Uma aflição latente ficou de herança. Os nascimentos de Camille, de 2 anos, e Sofia, de 5 meses, trouxeram um novo desejo à vida da menina sem foto. Há pouco menos de dois anos, ela comprou um celular com câmera, exclusivamente para fotografar a primeira filha.

      Camila tem a chance agora de deixar impressa sua passagem pelo mundo. Ela ilustra a farta variedade de estatísticas que apontam para o consumo crescente de celulares e câmeras digitais no país, instrumentos também de inclusão. Nos últimos três anos, o item de consumo que mais cresceu no Brasil foi a câmera digital (de 20% para 35%), indicam os dados da consultoria Kantar WorldPanel, divulgados em setembro. Um estudo da Fecomércio do ano passado mostra que, de 2003 a 2009, o gasto com celular já havia aumentado 63,6% em todas as classes sociais. Na E, chegou a 312%. Soma-se a estes um outro dado, e a equação se completa: cerca de 66% dos brasileiros usam o celular para tirar fotografias, segundo pesquisa do Instituto Data Popular colhida este ano.

      A democratização do acesso se consolidou. Estamos diante de novos tempos, moldados pela democratização do acesso ao registro de imagens. As classes populares deixaram de ser apenas o objeto fotografado e tornaram-se também agentes desse universo pictórico: são produtores em escala crescente, de imagens de seu cotidiano.

                                                                                                  (Revista O globo, novembro de 2012.)

"O gasto com celular já havia aumentado..." Quanto ao processo de formação de palavras, a palavra à "gasto" à constitui exemplo de derivação

Alternativas
Comentários
  • D)

    Derivação Regressiva

    Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.

    Exemplos:

    comprar (verbo) beijar (verbo)
    compra (substantivo) beijo (substantivo)
  • Derivação: Processo pelo qual as palavras (derivadas) são formadas a partir de outras já existentes nas línguas primitivas.


    Prefixal: desleal/ infeliz (antes)

    Sufixal: pedreira/ felizmente (depois)

    Parassindética: desalmado / amanhecer  (retirando a palavra em vermelho não existe)

    Imprópria: os meninos são bons / os bons vencerão
    Bons com função de adjetivo / sujeito   ou seja uma hora com cada tipo de função.

    Fonte: Gisele prof. maxx

  • NO GABARITO DA QUESTÃO ESTÁ NA LETRA "E". Mas discordo deste gabarito, pois "O gasto" seria  derivação impropria mudança de classe gramatical. se fosse somente a palavra "gasto" seria derivação regressiva ou deverbal.

  • A palavra gasto é um substantivo. O acréscimo do artigo não faz com que a palavra mude de classe,razão pela qual ela não se enquadra na formação por derivação imprópria. Gasto vem de gastar, por isso é uma derivação regressiva. 

  • É regressiva porque  a palavra base é o verbo gastar... tirou-se o 'ar', portanto regressiva.


  • Por que não pode ser imprópria ?

  • Solicitei o comentário do professor do QC. Também entendo que caberia a derivação imprópria.

    Gasto é o particípio do verbo gastar, atuando nesse contexto como substantivo.

    Outro exemplo: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

  • Amigos, o erro da questão C é o seguinte: não poderia ser derivação imprópria pois o "r" foi tirado do gastar. Na derivação imprópria não se tira nada, a palavra permanece inalterada. Para ficar a letra  C a frase deveria ficar " O gastar com celular...."

  • Letra D. Derivação regressiva.

  • Derivação imprópria ou conversão:É o processo pelo qual as palavras, num contexto específico, mudam de classe, sem alterar a forma.  Ex:  O talvez não existe para osbons

      Observe que, na frase acima, o advérbio “talvez” e o adjetivo “bons” foram substantivados.

  • D subs abstrato vem de um verbo, perde fonema.

  • Só não entendi tanto "à"  :/

  • Demorei também para ter entendimento desta questão  no entender verbos não sao acompanhados de crase sim na maioria dos casos dos palavras feminas  compreende- se nessa questão que substantivou o verbo regridindo - o portanto letra D

  • Derivação Regressiva (regressão)

     

    Quando um verbo que indica ação serve de base para a formação de um substantivo abstrato que igualmente indica ação ou resultado de uma ação - tal substantivo é chamado de DEVERBAL, pois é derivado de verbo. A  idéia de regressão ocorre porque o verbo perde sempre sua terminação (vogal temática+desinência de infinitivo: -ar, -er, -ir) dando lugar à vogal temática nominal (-a, -e, -o).

    Livro - Português para concurso - Fernanto Pestana. Cap.6.

     

    Letra D ( O artigo antecedendo "gasto" indica também que está foi substantivada")

  • Derivação imprópria ou substantivação não altera a palavra.

    Derivação Regressiva altera causa alteração na palavra.

  • GABARITO - D

    Trata-se de derivação regressiva ou deverbal

    Uma dica que ajuda:

    Nessa derivação formamos substantivos abstratos:

    Roubo advém de Roubar

    Gasto vem de Gastar

  • Derivação Regressiva 

    É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate. 

    Derivação Imprópria 

    É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.