Segundo Netto (A conjuntura brasileira: o Serviço Social posto à prova, Revista Serviço Social e Sociedade, nº 79, ano XXIV, setembro de 2004), o Governo Lula, apesar da grande esperança posta nessa administração de rompimento com o governo anterior de Fernando Henrique Cardoso (FHC), o qual pautava-se nas orientações neoliberais e de contrarreforma do Estado, apenas deu continuidade ao instituído anteriormente. O próprio autor afirma que no poder o Governo Lula, que se caracterizou como uma pretensa esquerda e oposição ao governo que o antecedeu, não apresentou grandes diferenças com relação a administração de FHC. Desse modo, Lula deu continuidade e aprofundamento a agenda conduzida pelo ex-presidente. Desse modo, o projeto ético-político do Serviço Social, que sucintamente visa a universalização das políticas sociais e radicalização da democracia, colide e é irrealizável, assim como em FHC, com a orientação política de Lula. Diante do exposto, conforme afirmado por Netto (2005), o que resta a categoria profissional é manter e preservar sua autonomia na condução e aprofundamento do determinado em seu projeto ético-político, buscando manter também a autonomia das organizações representativas da profissão (conjunto CFESS/CRESS, ABEPSS, Enesso). O autor ainda acrescenta que durante os dois mandatos de FHC foi necessário manter a autonomia da profissão, face aquele contexto de adversidades, e que essa posição não deverá ser modificada, visto que Lula mantém o núcleo duro do mandato do sociólogo-presidente.
RESPOSTA: A
A preservação da autonomia política da profissão na condução do Projeto Ético-Político.
Segundo Netto (A conjuntura brasileira: o Serviço Social posto à prova, Revista Serviço Social e Sociedade, nº 79, ano XXIV, setembro de 2004), o Governo Lula, apesar da grande esperança posta nessa administração de rompimento com o governo anterior de Fernando Henrique Cardoso (FHC), o qual pautava-se nas orientações neoliberais e de contrarreforma do Estado, apenas deu continuidade ao instituído anteriormente. O próprio autor afirma que no poder o Governo Lula, que se caracterizou como uma pretensa esquerda e oposição ao governo que o antecedeu, não apresentou grandes diferenças com relação a administração de FHC. Desse modo, Lula deu continuidade e aprofundamento a agenda conduzida pelo ex-presidente. Desse modo, o projeto ético-político do Serviço Social, que sucintamente visa a universalização das políticas sociais e radicalização da democracia, colide e é irrealizável, assim como em FHC, com a orientação política de Lula. Diante do exposto, conforme afirmado por Netto (2005), o que resta a categoria profissional é manter e preservar sua autonomia na condução e aprofundamento do determinado em seu projeto ético-político, buscando manter também a autonomia das organizações representativas da profissão (conjunto CFESS/CRESS, ABEPSS, Enesso). O autor ainda acrescenta que durante os dois mandatos de FHC foi necessário manter a autonomia da profissão, face aquele contexto de adversidades, e que essa posição não deverá ser modificada, visto que Lula mantém o núcleo duro do mandato do sociólogo-presidente.