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CERTO
A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contigencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnincas administrativas. Em vez de uma relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização.
A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não implica que haja uma relação de causa-e-efeito, pois a administração é ativa e não passivamente dependente na prática da administração contingencial. O reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são certamente importantes, porém, eles não são suficientes. As relações funcionais entre as condições ambientais e as práticas administrativas devem ser constantemente identificadas e especificadas.
Origens
A Teoria contingencial nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Essas pesquisas e estudos foram contingentes na medida em que procuravam compreender e explicar o modo pelo qual as empresas funcionavam em diferentes condições. Estas condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que as empresas escolheram como seu domínio de operações. Em outras palavras, essas condições são ditadas de acordo com o seu ambiente externo. Essas contingências externas podem ser consideradas como oportunidades ou como restrições que influenciam a estrutura e os processos internos das organizações. Pesquisas foram realizadas na década de 1960 sobre a relação entre modelos de estruturas organizacionais e a eficácia em determinados tipos de indústria. Os resultados surpreenderam, pois indicava que não havia uma forma melhor ou única, e sim que tanto a estrutura quanto o funcionamento das organizações dependiam da relação com o ambiente externo.
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COMPLEMENTANDO, O INÍCIO DA QUESTÃO CONTEMPLA O CONCEITO ABAIXO.
Para Silva (2002, p. 365):
A Teoria das Contingências estabelece que situações diferentes exigem práticas diferentes, apregoando o uso das teorias tradicionais,
comportamentais e de sistemas separadamente ou combinadas, para resolver problemas das organizações.
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A
teoria da contingência apresenta os seguintes aspectos básicos:
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A
organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema
aberto.
As
características organizacionais apresentam uma interação entre si
e com o ambiente.
As
características ambientais
são as variáveis independentes,
enquanto as características organizacionais
são variáveis dependentes
daquelas.
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Classificação errada da questão!
A questão pertence à disciplina Administração Geral, não Administração Pública.
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A TEORIA CONTINGENCIAL POSSUI CARÁTER INTEGRADOR, JUSTAMENTE POR ABSORVER TODAS AS DEMAIS TEORIAS. QUANTO À CORRELAÇÃO COM A TEORIA DOS SISTEMAS, É POR SER UM SISTEMA ABERTO, QUE COMPREENDE:
- TER COMPORTAMENTO PROBABILÍSTICO (seu comportamento não é previsível).
- SER ORGANIZAÇÕES COMO PARTE DE UMA SOCIEDADE MAIOR E CONSTITUÍDA POR PARTES MENORES.
- ATRIBUIR INTERDEPENDÊNCIA ENTRE AS PARTES.
- DESENVOLVER A HOMEOSTASE/O ESTADO FIRME.
- EXERCER A MORFOGÊNESE (autodesenvolvimento).
- ATRIBUIR FRONTEIRAS/LIMITES.
- POSSUIR RESILIÊNCIA (capacidade de se adaptar a pressões externas).
GABARITO CERTO
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CERTO
Que amor de questão!
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▪ Teorias Situacionais ou Contingenciais - Bowditch e Buono (2002, p. 126) afirmam que “[...] não há um modo ideal de se liderar em todas as situações, ao invés disso, o estilo mais eficaz de liderança é contingencial, ou seja, depende da situação”. Portanto, os líderes que conseguirem adaptar seus estilos e suas próprias escalas de valores às exigências de uma situação ou grupo específico serão sem dúvida mais eficazes que os demais. O que é interessante nesta abordagem, é que ela leva em consideração alguns critérios que as abordagens anteriores não revelavam, como por exemplo, a figura do líder, os seguidores e a situação. Assim ela deixa de lado o comportamento dos líderes, surgindo, dessa forma, a figura dos seguidores e seus anseios em relação ao estilo de liderança adotado. As teorias contingenciais da liderança representam uma importante mudança em relação às teorias dos traços e os estilos de liderança. Isso porque as teorias contingenciais partem do princípio de que para cada situação apresentada haverá um estilo de liderança com comportamentos adequados, ao contrário das anteriores, que consideravam que traços ou características absolutas eram suficientes para caracterizar a liderança.
Fonte: Prof. Heron Lemos – Tiradentes online - Apostila de Administração