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ID
1039213
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MTE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Em relação ao modelo clássico de salário-eficiência, julgue o item a seguir.

Nesse modelo, as firmas maximizam os seus lucros, apesar de o salário real ser estabelecido em patamar superior ao observado em concorrência perfeita.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Correto

    A partir dos anos 80 o modelo salário de eficiência ganha popularidade. Nela, salários altos acima do equilíbrio de mercado podem maximizar o lucro do empregador, porque níveis maiores de produtividade são atingidos. Quatro tipos diferentes de modelo de salários de eficiência se destacam na literatura e estão dispostos abaixo resumidamente:

    - Seleção adversa: Parte-se das hipóteses de que os trabalhadores são heterogêneos e as firmas possuem informação imperfeita a respeito dos candidatos a vagas de emprego. Os custos de demissão não são triviais para o empregador, e por isso é melhor que ele acerte na hora da contratação. O salário mais alto do que o de equilíbrio ajuda a atrair os melhores candidatos e evitar a necessidade de demissão no futuro. Weiss (1980) se destaca nesta abordagem.

    - Rotatividade: Aqui, o salário mais alto aumentaria a satisfação com o emprego e diminuiria assim o número de saídas voluntárias. Como a rotatividade é custosa para o empregador, inclusive em termos de perda de capital humano específico, o salário mais alto pode aumentar o seu lucro.

    - Perigo moral: Supõe-se que os contratos de trabalho são incompletos e existe elevado grau de discricionariedade em relação ao esforço por parte do trabalhador. São altos os custos de monitoramento e ameaças de demissão podem não ser eficientes. O salário mais alto serviria então para incentivar o desempenho do empregado. Esta abordagem ganha espaço com os trabalhos de Leibenstein (1979) e Shapiro e Stiglitz (1984).

    - Justiça: Nessa abordagem mais sociológica, seria uma espécie de senso de justiça por parte do empregador que impediria que os salários fossem baixos, abaixo do que ele merecesse ou necessitasse.


    fonte:
    http://www.aprovaconcursos.com.br/noticias/2013/09/10/prova-mte-2013-gabarito-extraoficial-economia/

  • Segue abaixo o link da página do professor Jefferson Mendes um ótimo professor de Economia que me ajudou com as questões. Nessa página há um material muito bom elaborado por ele sobre Economia do Trabalho entre outras matérias, peço para que divulguem caso gostarem.

    http://jeffersonmgmendes.com/page4.html

  • No modelo clássico, o mercado de trabalho é do tipo concorrência perfeita, lucro zero, onde todos que estejam dispostos a trabalhar a determinado nível salarial obterão emprego, nessas condições, a maximização do lucro pela empresa implica que a firma contrate trabalhadores até o ponto em que a produtividade marginal do trabalho seja igual ao salário real.

    No modelo de salário eficiência, as firmas, maximizadoras de lucro, pagam salários maiores que a produtividade marginal do trabalho, a fim de estimular os trabalhadores a trabalharem mais, evitando a ineficiência no trabalho.

    Gabarito: Correto.

  • Nao seria o salario nominal estabelecido em patamar superior? 

  • Salário de eficiência: é a remuneração paga pelos empregadores a fim de estimular a produtividade dos trabalhadores, reduzindo, assim, a "morosidade" no trabalho e elevando o custo de oportunidade dos trabalhadores;

    • A lógica é a seguinte: no equilíbrio, os empregadores pagam salário igual à produtividade marginal do trabalho;

    • No entanto, a fim de estimular a produtividade do trabalho, as firmas podem pagar um salário maior que a produtividade, de modo que os trabalhadores sintam-se estimulados a trabalhar mais, além de elevar o custo d eoportunidade do trabalho, ou seja, caso o trabalhador não trabalhe, irá "perder" mais por isto;

    • As firmas maximizadoras de lucro pagam salários superiores aos verificados no modelo de concorrência perfeita, em que atende-se à condição salarial real = produtividade marginal do trabalho; este é o próprio conceito de salário-eficiência;

    Fonte:

    Vicente Camillo, TEC;