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ID
1042876
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MJSP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considere que um dos objetivos do Projeto Eficiência seja reduzir o volume de processos em tramitação no Poder Judiciário brasileiro, e suponha que, no curto prazo, a tecnologia seja fixa e que apenas o fator trabalho seja variável. Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.

Quando os rendimentos marginais do trabalho forem decrescentes, os rendimentos de escala também serão decrescentes.

Alternativas
Comentários
  • Resp ERRADA. Não necessariamente, pois apesar de rendimento decrescentes a curva de possibilidade de produção ainda pode estar em alta. 

  • ERRADO

    Em regra, não temos vinculação entre as economias de escala (rendimentos de escala) verificadas em longo prazo (rendimentos crescentes, decrescentes ou constantes de escala) e o fenômeno de rendimentos marginais decrescentes verificados no curto prazo.

    Assim, é possível que tenhamos, por exemplo, rendimentos crescentes de escala no longo prazo, ao mesmo tempo em que temos rendimentos marginais decrescentes no curto prazo. A dissociação acontece porque a primeira análise é feita variando-se todos os fatores de produção, enquanto a segunda análise é feita variando-se somente um fator de produção.

    Profs. Heber e Jetro

  • Curto Prazo ( um fator de produção fixo ) DIFERENTE Longo Prazo ( vários insumos variáveis )

    GAB: E !!  lei dos rendimentos marginais decrescentes, que estatui: à medida que aumentamos o uso de determinado fator de produção, mantendo-se os outros insumos de produção constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional resultante começa a decrescer. (CURTO PRAZO )

    î Rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala): se a produção cresce mais do que o dobro quando se dobram todos os insumos, então há rendimentos crescentes de escala. Neste caso, vale a pena aumentar a quantidade dos fatores de produção e operar em escala maior (isto é, operar com grande quantidade de fatores de produção Î grandes empresas). Quando temos rendimentos crescentes de escala, é mais vantajoso ter uma grande empresa produzindo do que ter muitas empresas pequenas. É o caso da prestação de serviços de utilidade pública, por exemplo (companhias de energia elétrica, gás, saneamento, etc).
     
    î Rendimentos constantes de escala (ou retornos constantes de escala): se a produção dobra quando se dobram todos os insumos, então há rendimentos constantes de escala. Neste caso, é indiferente aumentar a quantidade dos fatores de produção e operar em escala maior ou aumentar o número de empresas operando em escala menor. Ou seja, o tamanho da empresa não influencia a produtividade dos insumos. É o caso das agências de viagem, por exemplo.
     
    î Rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala): se a produção aumenta em menos que o dobro quando se dobram os insumos, então há rendimentos decrescentes de escala. A existência de rendimentos decrescentes está ligada a problemas de administração e coordenação das tarefas dentro de uma empresa. É uma situação em que há alguma falha na coordenação das atividades de produção, caso contrário não teríamos essa situação em que aumentamos proporcionalmente todos os insumos, mas a produção aumenta em proporção menor. Como a existência de rendimentos decrescentes está ligada a problemas de administração e coordenação, é mais comum que ocorra em empresas com operações em grande escala, onde é mais provável que ocorram tais problemas.


     

     

  • Rendimentos Marginais decrescentes é a situação na qual ao acrescentarmos mais do fator variável, a produção total cresce cada vez mais. Essa situação só ocorre quando temos pelo menos um fator de produção fixo, ou seja, só ocorre no curto prazo.

              Já os rendimentos de escala são uma situação que relaciona os insumos e os produtos. Assim, se tivermos rendimentos constantes a escala, ao dobrarmos os insumos, a produção dobrará também. Os rendimentos de escala são uma situação que só ocorrem no longo prazo.

              Ou seja, é possível, sim, que os rendimentos marginais do trabalho (e do capital) sejam decrescentes e o rendimento de escala seja crescente.

              Isso porque o rendimento marginal do trabalho ou do capital isola o fator de produção considerando o outro fixo (curto prazo).

              O rendimento de escala (aplicado ao longo prazo) trabalha com a mudança dos dois (longo prazo).

              Considere a seguinte função de produção:

              Note que o rendimento marginal do trabalho é decrescente porque ele está elevado a um expoente inferior a 1.

              Mas o rendimento de escala da função é crescente porque a soma dos expoentes é superior a 1.