SóProvas


ID
1044304
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.


      Em 2010, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, o índice de pobreza foi maior nos subúrbios do que nas grandes cidades em torno das quais eles gravitam.
      Demógrafos, como William Frey, e urbanistas, como Vishaan Chakrabarti e outros, hoje chegam a decretar a morte dos subúrbios, que consideram insustentáveis do ponto de vista econômico e pouco eficientes como modelos de planejamento urbano. Em entrevista ao jornal Financial Times, Frey fala em "puxar o freio" de um sistema que pautou os EUA até hoje. É uma metáfora que faz ainda mais sentido quando se considera a enorme dependência dos subúrbios do uso do automóvel.
      Detroit é o caso mais tangível. A cidade que dependia da indústria automobilística faliu porque os moradores mais abastados migraram para os subúrbios a bordo de seus carros, deixando no centro as classes mais pobres, que pouco contribuem com impostos.
      Mas é das cinzas de centros combalidos como esse que novas cidades estão surgindo. Em Detroit, os únicos sinais de vida estão no miolo da cidade, em ruas que podem ser frequentadas por pedestres e que aos poucos prescindirão dos carros, já que está em estudo a ressurreição de um sistema de bondes.
      O número de jovens que dirigem carros também está em queda livre no país. Isso ajuda a explicar por que o bonde urbano e grandes projetos de transporte público estão com toda a força. Enquanto o metrô de superfície ou linhas de ônibus não chegam a cidades desacostumadas ao transporte coletivo, as bicicletas de aluguel ganham fôlego impressionante.
      Nessa troca das quatro rodas por duas, ou mesmo pelos pés, volta a entrar em cena o poder de atração das grandes metrópoles, a reboque da revitalização de grandes centros urbanos antes degradados. Há dois anos, pela primeira vez, a população das metrópoles americanas superou o número de residentes em seus subúrbios.
      "Hoje mais pessoas vivem nas cidades do que nos subúrbios. Estamos vendo surgir uma nova geração urbana nos Estados Unidos", diz Vishaan Chakrabarti. "Essas pessoas dirigem menos, moram em apartamentos mais econômicos, têm mais mobilidade social e mais oportunidades." Nessa mesma linha, arquitetos e urbanistas vêm escrevendo livro atrás de livro no afã de explicar o ressurgimento da metrópole como panaceia urbanística global.
(Adaptado de: Silas Marti. Folha de S. Paulo, Ilustríssima. Acessado em: 28/07/2013)

A frase em que o elemento sublinhado NÃO é um pronome está em:

Alternativas
Comentários
  • Não sei explicar muito bem o uso do "que" como pronome relativo e como conjunção integrante, porém sempre vou com um "macete" que aprendi, o "que" antecedido por verbo ou qualquer outra classe de palavra, que não seja substantivo, sempre será conjunção integrante e exercerá alguma função sintática na frase. Já o "que" antecedido por substantivo será pronome relativo, pois o substitui.
    É um macete, mas que sempre deu certo =D

    Gabarito C
  • Gabarito C

    é a única alternativa em que o "que" é conjunção integrante. Para identificar a CI, basta substituir o "que" por "isso" ...Já (isso) está... (viu, dá certinho), quando isso ocorrer o "que" será conjunção integrante.

    nas outras alternativas o "que" é pronome relativo. E sempre o PL faz referência ao termo anterior e pode ser substituído por: "o qual", "os quais".

    bons estudos!!
  • Em todas as alternativas, menos na c, o "que" retoma um termo anterior. Na c "já que" tem uma função de explicação, e não de retomar algum termo já mencionado. Foi assim que matei a questão.

  • FCC segui a ABL, no que tange a alternativa "c".

    Reparem que em torno de é uma locução prepositiva que ao se juntar com grandes cidades, que está sendo substituída pelo pronome relativo, forma um advérbio de lugar.

    Sendo assim, em torno de + algo, este algo não é complemento nominal, mas sim um advérbio iniciado pela locução prepositiva em torne de.

    Em suma, em torno de (locução prepositiva) + casa formam um adjunto adverbial de lugar.

  • "já que" é uma conjunção causal.

  • GABARITO - C

    Conjunção subordinativa causal: inicia uma oração subordinada denotadora de causa. São elas: porque, porquanto, já que, visto que, se, como (só no início de frase), uma vez que.

    Foi de táxi para a festa porque estava atrasado = Foi de táxi para a festa já que estava atrasado = Como estava atrasado, foi de táxi para a festa.


  • Pronome relativo

    Recomendo este "bizu": substitua-o por o qual, a qual, os quais, as quais. Se for possível usar um desses pronomes relativos substituindo um termo antecedente (não respira!), será um pronome relativo!

    - Este é o motivo por que continuaram a insistir em ajudá-lo. (= Este é o motivo pelo qual...)

    - As atitudes polidas de que lhe falei eram aceitáveis naquela sociedade. (= As atitudes polidas das quais...)

    Obs.: Há um caso que, talvez, possa dificultar sua visão: pronome relativo antecedido de pronome demonstrativo "o" (= isso, aquilo) ou "os, a, as": Um recente desastre nos EUA ceifou muitas vidas, que muito me chocou / que mais aprecio nesta vida é o olhar inocente de uma criança / Mesmo a contragosto, teve de se encontrar com as que iriam ajudá-lo.

    Conjunção integrante

    "Bizu": substitua a oração iniciada pela conjunção que por ISSO. Se for possível, trata-se de uma conjunção integrante mesmo!

    - Não pensem que o poeta é um marginal. (= Não pensem ISSO.)

    - É fato que as paredes têm ouvidos. (= ISSO é fato.)

    - O que importa é que ela me ama e que vamos ficar sempre juntos. (= O que importa é ISSO e ISSO.)

    Fonte: https://www.euvoupassar.com.br/?go=artigos&a=saFZybNFAsMHHugDX1RmuWw1RD1F1eHBUE6M6FI3ZEM~

    Bons estudos.

  • EU ACHO QUE VC EH FEIO ---> CONJUNCAO INTEGRANTE - Integrante- Isso... eu acho isso...


    DILMA QUE EH FEIA ----> PRONOME RELATIVO --- tenta mudar por outra classe tipo. dilma a qual da qual eh feia

  • conjunção causal. ja que- uma vez que -visto que...