Segundo Chiavenato:
A organização militar influenciou poderosamente o aparecimento das teorias da administração. O general filósofo chinês Sun Tzu (544-496 a.C.) – ainda reverenciado nos dias de hoje – escreveu um livro sobre a arte da guerra, no qual trata da preparação dos planos, da guerra efetiva, da espada embainhada, das manobras, da variação de táticas, do exército em marcha, do terreno, dos pontos fortes e fracos do inimigo e da organização do exército. As lições de Sun Tzu ganharam versões contemporâneas de muitos autores e consultores.
Na Antiguidade e na Idade Média, a organização militar dos exércitos já utilizava a chamada estrutura linear. O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo das organizações militares. A escala hierárquica – ou seja, os escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e responsabilidade – é um aspecto típico da organização militar utilizado em muitas organizações de hoje.
À medida que o volume de operações militares aumenta, cresce também a necessidade de se delegar autoridade para os níveis mais baixos da organização militar. Outra contribuição da organização militar é o princípio de direção, que preceitua que todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. Mesmo Napoleão Bonaparte, o general mais autocrata da história militar, nunca deu uma ordem sem explicar seu objetivo e certificar-se de que havia sido compreendido corretamente, pois estava convencido de que a obediência cega jamais leva a
uma execução inteligente.
(fonte: Chiavenato - Introdução à Administração Geral - 9 edição - 2014)