Todo ano, mais de nove mil brasileiras morrem por câncer de mama. O medo de desenvolver a doença faz com que algumas mulheres recorram a procedimentos radicais e polêmicos. Um deles, a retirada profilática dos seios, é feito antes de qualquer indício de câncer, baseado nos fatores de risco. O método, no entanto, não é recomendado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Pesquisas recentes desenvolvidas nos Estados Unidos mostram que esse tipo de intervenção não evita o desenvolvimento da doença. Segundo Sérgio Melo, vice-diretor do Hospital do Câncer III, unidade do INCA especializada no tratamento de câncer de mama, “as chances de desenvolver um tumor podem até diminuir, mas o risco continua”. “A melhor estratégia é o diagnóstico precoce”, ensina.
Chamado de adenomastectomia, o procedimento consiste na substituição das mamas por uma prótese de silicone, preservando os mamilos e grande parte da pele da paciente. Na mastectomia, forma usual de tratamento, todos os tecidos são retirados, o que aumenta a margem de segurança. “No entanto, mesmo nesse caso há chances de recidiva”, observa Sergio Melo.
Fonte: site INCA