SóProvas


ID
1063582
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEGESP-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A respeito de morte por afogamento e por asfixia, julgue os itens subsecutivos.

Em caso de estrangulamento, a presença de lesão da artéria carótida envolvendo a camada íntima pode ser constatada pela existência dos sinais de Amussat e Lesser.

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Amussat: Constituído da seção transversal da túnica íntima da artéria carótida comum nas proximidades de sua bifurcação.

    Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco; ruptura da túnica íntima da artéria.
  • Sinais encontrados nos sulcos de enforcados:

     

    ·      Sinais de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas dos sulco no enforcamento

    ·      Sinais de Thoinot: zona violácea ao nível das bordas do sulco nos enforcamentos

    ·     Sinais de Azevedo Neves: livore punctiformes por cime e por baio das bordas do sulco de enforcamento.

    ·      Sinais de Neyding: infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulcro

    ·     Sinais de ambroise parré: pele enrugada e escoriada no fundo do sulco

    ·      Sinais de lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco

    ·      Sinais de Schulz: boda superior do sulco saliente e violácea

    ·      Sinais Bonnet: marcas de trama do laço

     

    (GENIVAL VELOSO FRANÇA - 9A EDIÇÃO)

  • Concordo com a primeira parte, mas não com a segunda. Questão ERRADA, ao meu ver, como explicado a seguir:

    Ruptura da túnica íntima em sentido transversal abaixo da bifurcação (sinal de Amussat-Divergie-Hoffmann). Ou simplesmente, sinal de Amussat. Ocorre próximo à bifurcação da artéria carótida comum (quando se divide em carótidas externa e interna), próximo ao ângulo da mandíbula.

    A ruptura da túnica EXTERNA (não interna) da artéria carótida interna ou externa (sinal de Lesser).

    Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco, no enforcamento e estrangulamento.

    Hemorragia do músculo tiro-hióideo (sinal de Lesser), no emagrecimento e estrangulamento.

    Outro sinal da túnica interna da carótida: de França (rupturas longitudinais em meia-lua).

     

  • Eu diria que o gabarito está errado. 

    Ambos os sinais de Amussat e Lesser são típicos das asfixias por enforcamento

  • Gab. CERTO!

     

    Sinal de Amussat: Constituído da seção transversal da túnica íntima da artéria carótida comum nas proximidades de sua bifurcação.

     

    Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco; ruptura da túnica íntima da artéria.

  • FRANÇA explica que: "Amussat descreveu um sinal, que tem o seu nome, constituído da secção transversal da túnica íntima da artéria carótida comum nas proximidades de sua bifurcação. Essas rupturas podem ser únicas ou múltiplas, superficiais ou profundas, visíveis a olho nu ou não. São mais encontradas nos enforcamentos por laços finos e duros, ocupando uma maior ou menor parte da circunferência do vaso. O referido sinal é mais encontrado na artéria do lado oposto do nó. (...) Há outras lesões vasculares mais raras, como: a ruptura da túnica externa da artéria carótida interna ou externa (sinal de Lesser)".FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 361.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • Mnemônico: Estrangulamento

    ''estrangulei Lesser e Amussat''.

  • lesser é camada externa

  • Questão errada. Pelo fato de tais sinais (Amussat e Lesser) serem comuns ao ENFORCAMENTO.

    SINAL DE AMUSSAT: secção da túnica íntima da artéria carótida;

    x

    SINAL DE LESSER: ruptura da túnica íntima da artéria carótida. (verdadeiras vesículas sanguinolentas presentes no sulco da lesão apergaminhada dos enforcados).

  • Bons estudos, guerreiros.

    A questão deixa sua literalidade confusa, porém acredito (quem sou eu) que está correta.

    A maioria das lesoes nas carótidas ocorrem nos casos de enforcamento, mas poderá haver nos estrangulamentos, e por isso, deixou bem claro no seu texto "PODEM SEM CONSTATADAS"

    De resto, cabe analisar os dois fenômenos.

  • Gabarito CERTO.

    .

    .

    Sinais gerais existente no sulco:

    • Relevos do laço – Sinal de Bonnet
    • Pele enrugada e escoriada - Ambroise-Paré
    • Sinal de Ponsold: livores cadavéricos que se apresentam em placa
    • Sinal de Azevedo Neves: livores puntiformes
    • Sinal de Thoinot: zona violácea
    • Sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas puntiformes
    • Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas encontradas no fundo do sulco

    .

    Sinais dos planos profundos do pescoço:

    • Sinal de Hoffmann-Haberda: infiltrações sanguíneas dos músculos cervicais
    • Sinal de Morgagni-Valsalva-Orfila-Roëmmer: fratura do osso hioide
    • Sinal de Hoffmann: fraturas das apófises superiores da cartilagem tireoide
    • Sinal de Helwig: fratura do corpo da cartilagem tireoide
    • Sinal de Morgagni-Valsalva-Deprez: fratura do corpo da cartilagem cricoide
    • Sinal de Amussat-Divergie-Hoffmann: seção transversal da túnica íntima da carótida comum, próxima à sua bifurcação;
    • Sinal de Friedberg: sufusão hemorrágica da túnica adventícia
    • Sinal de Dotto: ruptura da bainha mielínica do vago
    • Sinal de Ambroise Paré: luxação da segunda vértebra cervical
    • Sinal de Brouardel-Vibert-Descourt: equimoses retrofaringeanas
    • Lesão de Orsòs: gotas de gordura emulsionadas pelo líquido tissular na tela adiposa subcutânea
  • Concordo em número, gênero e grau com o que Gilberto Villaça escreveu. A galera está confundindo muito os sinais internos com externos. O Lesser em sinal externo (vesículas no fundo de saco) não é o mesmo Lesser que indica ruptura da túnica externa de artéria carótida interna ou externa.