SóProvas


ID
1070917
Banca
IDECAN
Órgão
FUNTELPA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       O Twitter e o cargo público

       O último levantamento do “Politweets” aponta que 391 políticos eleitos no Brasil já aderiram ao Twitter. O número não representa a parcela de políticos presentes na rede de microblogging, visto que muitos estão sem mandato e concorrem ao pleito neste ano. Além disso, há centenas de vereadores nas mais de seis mil cidades brasileiras que ingressam na rede sem se identificar como tal.
       Não há como negar, no entanto, que a cada dia, o Twitter ganha novos adeptos na política – seja para quem a faz diretamente ou simplesmente se interessa por ela – e que a ferramenta vem se consolidando como instrumento necessário para o exercício de qualquer cargo público. É uma maneira fácil e rápida de disseminar uma mensagem, socializar uma agenda, divulgar um espaço (blog, site, endereço em redes sociais) e estreitar o relacionamento com a população, permitindo que ela possa acompanhar o dia a dia de seus eleitos.
       O Twitter é, portanto, um facilitador para o encontro entre eleitor e eleito (ou postulante ao cargo). Não se trata de uma ferramenta que faça ganhar eleição, mas pode ajudar um candidato a perdê-la para um concorrente que esteja mais próximo do seu público, usando a rede de microblogging.
       O desafio é ser ouvido: escândalos afastam o cidadão da política.
       A principal função do Twitter na política é aproximar quem quer falar de quem quer ouvir e o grande desafio é ser ouvido. Com um sistema político complexo e de difícil compreensão para quem não tem intimidade com o tema, uma sucessão de escândalos envolvendo toda a sorte de partidos, o desinteresse pela política brasileira é um fato que assusta e cria um perverso círculo vicioso no qual a maioria das pessoas simplesmente detesta política e políticos. Todos são iguais, é comum ouvir, levando ao raciocínio de que a escolha, no fundo, não faz diferença – uma constatação que em última instância ameaça a própria democracia.
       A esperança é que o Twitter – ainda não se sabe o real potencial transformador da ferramenta – possa fazer com que os eleitores estejam mais abertos a ouvir quem tem o que dizer sobre política. O sucesso da dinâmica desse contato exige tempo e dedicação. Portanto, uma estratégia de atuação política neste espaço vai muito além dos cinco minutos necessários para criar uma conta na rede de microblogging. É preciso ter um bom conteúdo para conquistar e manter os eleitores –usuários.
       Para que possa ser útil para a política e para a democracia, o Twitter exige relacionamento transparente e engajamento de ambas as partes: sociedade e políticos.
       (...)
       Relacionamento em redes sociais não é como campanha, que tem começo e fim. É um trabalho que não possui prazo para terminar, o que é muito positivo – assim espera-se, visto que ainda não sabemos como será o comportamento dos hoje candidatos, amanhã eleitos.
       Com o passar do tempo, a tendência é que os laços entre eleitor e eleito fiquem mais fortes, reduzindo o déficit democrático de nosso atual sistema político e promovendo a necessária participação da população nas decisões do seu representante durante todo o mandato.
       O olhar para uma rede planejada e sólida poderá oferecer ao político um grande panorama das necessidades e anseios do pensamento público. Isso permitirá realizar consultas rápidas antes de uma resolução, a participação popular em projetos ainda em discussão ou ainda corrigir os rumos de algo já decidido. A pressão popular via Twitter tende a crescer e ganhar rumos ainda desconhecidos.
       Tudo isso, do ponto de vista da comunicação e da estratégia política, exige um plano de implantação e, mais do que tudo, de manutenção em longo prazo.
      (...)

(Larissa Squeff é estrategista de política em mídias digitais e redes sociais da Maquina Public Relations. André de Abreu é gestor da Máquina Web, unidade de mídias digitais e redes sociais da Máquina Public Relations, e membro do COM +, grupo de pesquisa em Comunicação, Jornalismo e Mídias Digitais da ECA – USP)

Assinale a alternativa em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado:

Alternativas
Comentários
  • Justaposição

    Não há perda de fonemas.

    Ex.: minissaia, pé de moleque.


    Aglutinação

    Há perda de fonemas.

    Ex.: planalto, aguardente.


    Derivação

    Há apenas um radical.


    Sufixal

    Radical + sufixo.

    Ex.: cafeteira, livraria.


    Prefixal

    Prefixo + radical.

    Ex.: prefixo, dissílabo.


    Prefixal e sufixal (derivação sucessiva)

    Prefixo + radical + sufixo. Ocorre quando uma palavra possui prefixo e sufixo,

    sem que um exija a presença do outro.

    Ex.: deslealdade, infelizmente.

    Observe que estas palavras possuem prefixo e sufixo, porém também

    existiriam sem a presença de um deles: desleal e lealdade, infeliz e

    felizmente.


    Parassintética

    Prefixo + radical + sufixo. Acontece quando uma palavra possui prefixo e

    sufixo obrigatoriamente ao mesmo tempo, ou seja, um exige a presença do outro.

    A derivação parassintética é formadora de verbo.

    Ex.: anoitecer, enlouquecer.

    Observe que estas palavras não podem existir somente com prefixo

    e radical ou radical e sufixo: anoite e noitecer, enlouco e louquecer.


    Regressiva

    Substantivo que se forma de verbo, perdendo fonema.

    Ex.: jogo (derivado de jogar), toque (derivado de tocar).


    Conversão

    Palavra utilizada em classe gramatical diferente da de origem.

    Ex.: gilete (substantivo simples), Gillette (substantivo próprio); o falar

    (substantivo), falar (verbo).

    Obs.: Necessário se faz informar que a efetivação deste caso só pode ser

    observada no contexto.


    Fonte: Gramática para Concursos (Marcelo Rosenthal)

  • Resposta: b


    Eleitores-usuários: é, na verdade, composição por Justaposição. 

  • Deslealdade, derivação prefixal + sufixal. vem de Des + leal + dade.

    Não entendo o porque de estar errada? 


    Eleitores-usuários é justaposição.

  • Caro Vagner,

    Realmente "deslealdade" é derivação prefixal + sufixal. vem de des + leal + dade. Ela está CORRETA. 

    Eleitores-usuários é justaposição. Essa alternativa está ERRADA.

    A ordem do exercício é marcar a ERRADA (processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado). 

    Por isso o gabarito é a letra "b".

  • b) Eleitores-usuários: composição por aglutinação.


    Composição: associam- se duas ou mais palavras ou dois ou mais radicais para formar uma palavra nova.

    por justaposição - unindo- se duas ou mais palavras (ou radicais), sem lhes alterar a estrutura.

    Exemplos:

    passatempo, vaivém, cantochão, girassol, biólogo, televisão, rodovia, mata-borrão, sempre-viva.


    por aglutinação - unindo- se dois ou mais vocábulos ou radicais, com supressão de um ou mais de um de seus elementos fonéticos. 

    Exemplos: 

    aguardente (água ardente), embora (em boa hora), fidalgo (filho de algo, isto é, filho de família nobre).



    Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. São Paulo: Nacional, 2008. p. 98.

  • Composição por:

    Justaposição: Radical + Radical = SEM PERDA DE ELEMENTOS. EX: sexta-feira

    Aglutinação: Radical + Radical  = COM  PERDA DE ELEMENTOS. EX: planalto ( plano+ alto)

    Portanto, Eleitores-usuários: composição por Justaposição

    Alternativa B

  • Letra ''B'': processo de formação de palavras por justaposição, pois não há perda de elementos.

    Aglutinação: Há perda de elementos. Ex: planalto --> plano + alto // vinagre --> vinho + acre
  • Composição por justaposição, letra B

  • COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO.

    LETRA B

  • De forma simplória a explicação é:

    DERIVAÇÃO POR JUSTAPOSICÃO - apenas junta as palavras. Ex: guarda-chuva, eleitores-usuários.

    DERIVAÇÃO POR AGLUTINAÇÃO - mistura-se as palavras. Ex: planalto (plano+alto).

  • Letra B está incorreta, pois é uma justaposição.

  • Composição por justaposição 

    Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura, podendo ou não ser ligados por hífen. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo, guarda-pó.

    Composição por aglutinação 

    Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água e ardente, obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora), planalto (plano alto).

    Derivação prefixal: 

    Acréscimo de um prefixo a palavra primitiva; também chamado de prefixação. Por exemplo:

    antepassado, reescrever, infeliz

    Derivação Sufixal:

    Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação. Por exemplo: 

    felizmente, igualdade, florescer

    Derivação Prefixal e Sufixal:

    Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, em tempos diferentes também chamado de prefixação e sufixação. Por exemplo: 

    Infelizmente, desigualdade, reflorescer

    Derivado Parassintética:

    Acréscimo de um prefixo de um sufixo, simultaneamente; também chamado de parassíntese. Por exemplo: 

    envernizar, enrijecer, anoitecer

    • Obs: a maneira mais fácil de se estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo, se a palavra que sobrou existir, será Derivação Prefixal e Sufixal; caso contrário retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Derivação Prefixal e Sufixal; caso contrário, será Derivação Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra vernizar, agora, retire o sufixo: também não existe a palavra enveniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese.
    • Ou seja, apenas com a retirada do prefixo se a palavra nova existe já é suficiente para considerá-la como derivação prefixal e sufixal a mesma coisa é para sufixo, retirando o sufixo se a palavra nova tiver sentido já é suficiente para considerara-la como derivação prefixal e sufixal.

    Derivação Regressiva 

    É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate. 

    Derivação Imprópria 

    É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.