SóProvas


ID
1074634
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre a publicação de livros

Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na publicação de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777:

“Não vos parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas só poderá fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda por sua obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou mais tarde.”

(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 56)

Por falha estrutural de redação, impõe-se reescrever a seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • b) Mesmo que (haja - presente do subjuntivo) HOUVESSE (pretérito imperfeito do subjuntivo) grande evolução no que diz respeito aos costumes, vê-se que no século XVIII era permanente a preocupação com os direitos civis.

  • Gente, reconheço o erro da letra B, mas na letra A quando se faz referência ao gênio DE Voltaire dá a entender que não se está citando O gênio Volteire, mas sim a personalidade dele. 

    EX.: Volteire é um gênio;

    Volteire tem o "gênio forte".

  • Concordo com a Ana Flávia, a alternativa a deixa uma interpretação dúbia.

    Se estava chamando Voltaire de gênio (qualidade/adjetivo) não há necessidade de preposição: "destacando-se , entre eles, o gênio Voltaire"


    Agora, se era na qualidade de substantivo a palavra gênio não cabe tão bem, pois, gênio, nesse caso, significa personalidade, jeito de ser e não inteligência acima da média.

    Portanto, a palavra gênio seria muito bem substituída pelo substantivo GENIALIDADE, e, assim, a preposição permaneceria:

    "destacando-se, entre eles, a genialidade de Voltaire"




  • Por que a letra E está certa? Não deveria ser ...pode se enriquecer ao invés de pode enriquecer-se?

  • Talvez não seja a A porque a questão do significado dúbio não se trata de erro estrutural....

  • VANESSA DINIZ MENDONCAtive a mesma dúvida, mas foi pura falta de atenção:

    Em locuções verbais haverá próclise, ênclise ou mesóclise no AUXILIAR; no PRINCIPAL, só haverá ênclise se este estiver no infinitivo ou no gerúndio (no item E, está no infinitivo). Acho que por isso está correto.

    (Lembrando que português é meu calcanhar de Aquíles...hehehehe)

  • Enriquecer está no infinitivo, então cabe a ênclise, em conformidade com o que a questão expôs!

  • Não sei, não vejo erro estrutural em nenhuma, nem mesmo na (b). Explico: o "haja" pode referir-se ao presente "Mesmo que haja grande evolução no que diz respeito aos costumes [nos dias de hoje], vê-se que no século XVIII era permanente a preocupação com os direitos civis. Ou seja, podemos interpretar: mesmo que se possa constatar que hoje os costumes evoluíram muito, já havia no século XVIII preocupações "evoluídas", como e o caso dos direitos civis. Como não há contexto para definir isso (a frase não foi retirada do texto), não vejo, sinceramente, erro estrutural. Só se houvesse contexto poderíamos, de fato, apontar o erro estrutural no "haja".

  • Letra b: no século XVIII é um adjunto adv de grande extensão ( 3 ou mais vocábulos) deslocado, logo tem que está entre vírgula. O único erro que vi.

  • Numa locução verbal(verbo auxiliar +verbo principal)  só o particípio não admite o pronome após o verbo principal ....

    Portanto e correto  colocar o pronome oblíquo átono :

    antes da locução verbal  "se pode enriquecer" ou 

    no meio da locução verbal "pode se enriquecer"  ou

    após a locução verbal  "pode enriquecer-se"...

  • b) Mesmo que haja grande evolução no que diz respeito aos costumes, vê-se que no século XVIII era permanente a preocupação com os direitos civis. 

    1 - "Mesmo" está sendo usado como uma conjunção concessiva e não poderia pois as orações não se opõe, pelo contrario. Neste caso para o texto ser coerente deveria ser substituída a concessiva pela explicativa "Porque".

    2 - Também o verbo haver está no presente do subjuntivo, quando deveria está no pretérito perfeito.

    Porque havia grande evolução no que diz respeito aos costumes, vê-se que no século XVIII era permanente a preocupação com os direitos civis.

    Vejam se essa frase parecida tem coerência: "Mesmo que ela fosse bonita, ele quis namorar com ela." (Porque ela era bonita, ele quis namorar com ela) agora têm coerência.

    Percebam que a questão pede FALHA ESTRUTURAL, conectivos impróprios ensejam falhas estruturais, por conseguinte perda da coerência textual.

  • Pessoal, com a devida Vênia, cuidado com alguns comentários. 

    José Carlos resolveu a questão.

    Bons Estudos.

  • Assunto:  Correlação verbal. 

  • segundo o PROFESSOR ARENILDO SANTOS se trata de problema de SEMÂNTICA

    Mesmo que  (concessão) haja grande evolução no que diz respeito aos costumes (ideia +), vê-se que no século XVIII era permanente a preocupação com os direitos civis (ideia +).

    MESMO QUE =CONCESSIVA (toda concessão trabalha com duas ideias opostas, ou seja, se uma é positiva a outra tem que ser negativa e vice-versa)

    A 2º FRASE TERIA DE VIR EM SENTIDO NEGATIVO já que a 1º  tinha ideia positiva 

    OBS: sempre que tivermos conjunções adversativas e concessivas terão de existir ideias opostas. se a 1º frase é positiva, a 2º terá de ser negativa e vice-versa. 

  • LETRA B.

    No caso da restrição concessiva (CONJUNÇÃO CONCESSIVA, NO CASO É "MESMO QUE"), o falante/escritor utiliza a estratégia da antecipação, isto é, anuncia, de antemão, que o argumento introduzido pela concessiva vai ser anulado, preparando o ouvinte/leitor para uma conclusão contrária à esperada.

    Por exemplo: “Embora seja forte, ele é burro”. Nesse caso, há uma pressuposição de que como ele é forte, tenha outras qualidades; pressuposição esta que é negada. A concessão indica uma conclusão contrária à esperada desde o primeiro momento. 


    Em relação aos efeitos contextuais, a asserção restritiva pode introduzir sobre a asserção de base um julgamento negativo ou positivo. Exemplos: “Ele é um ótimo funcionário, mas não ganhará aumento” (retificação negativa) e “Ele é mau funcionário, mas ótima pessoa” (retificação positiva).

    FONTE:http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/prolingua/article/viewFile/13564/7708

    EM LINGUAGEM MAIS FÁCIL= Percebe-se que tanto a frase antes da vírgula quanto a após a virgula são fatos positivos, ou seja, uma não contraria a outra o que está errado já que foi usada uma CONJUNÇÃO CONCESSIVA. 


    Trata-se de  INCOERÊNCIA NO USO DO CONECTOR=  deveria ter sido escrito da seguinte forma. DESDE O SÉCULO XVIII HÁ UMA PERMANENTE PREOCUPAÇÃO COM OS DIREITOS CIVIS E POR ISSO ELE ACOMPANHOU OS COSTUMES

  • Colegas, quais as justificativas para as vírgulas nas letras C e E, porque para mim elas estavam incorretas. Obrigada!

  • Natália Oliveira,


    Acredito que o emprego da vírgula nas alternativas C e E está correto porque quando o adjunto adverbial não estiver deslocado, como é o caso dessas alternativas já que estão no final da frase, o uso da vírgula é facultativo, ou seja, você pode usar ou não que estará correto. Eu acho que é por isso.


    Espero ter ajudado.


    Bons estudos!

  • Na D) há um erro que somente eu vi?

    ...temas cuja relevância?
    Não seria "...temas de cuja relevância"?
  • Fundação Cuidado Comigo (FCC) foi muito MALDOSA!

    O ERRO da letra B foi não ter colocado ENTRE VÍRGULAS o adjunto adverbial de tempo "no século XVIII", visto que o mesmo esta intercalado.

    Respira, não pira e segue em frente.


  • Vamos assistir o comentário do prof antes de postar "achismos"...to vendo muito comentário incorreto aqui!

  • O erro pode ser: ou pelo que o professor explicou (sobre a concessão), ou pela ausência de vírgula no adjunto adverbial no século XVIII. Explicando este último:

     

    Obs.: Como já explicado, a vírgula só será facultativa se o adjunto adverbial for de curta extensão. A maioria dos gramáticos entende que a vírgula é obrigatória quando o adjunto adverbial de grande extensão está deslocado. Mas o que é grande extensão ou curta extensão? Este é um dos mistérios gramaticais. No entanto, fui à fonte correta sobre o assunto e veja o que ela disse:
    ABL RESPONDE
    Pergunta: Olá! As gramáticas ensinam que adjuntos adverbiais deslocados de curta extensão podem ser ou não separados por vírgula. Exemplo: "Finalmente ela chegou" ou "Finalmente, ela chegou". Quantos vocábulos um adjunto adverbial deslocado precisa ter para ele não ser considerado de curta extensão e consequentemente ser sempre separado por vírgula? Obrigado!
    Resposta: Prezado consulente, uma locução adverbial com três ou mais palavras já não é de curta extensão e demanda obrigatoriamente a utilização da vírgula.

    (A Gramática para Concursos - Fernando Pestana, 2013)

     

    OBS.: ABL é sigla para Academia Brasileira de Letras.

     

    Natalia Oliveira, a vírgula separa orações subordinadas adverbiais. Nestes casos, como as orações estão no final da frase, a vírgula é facultativa.

    Piraneto Luiz, Cuidado. O cuja indica ideia de posse (já fica "implícito" o de). Muita gente erra isso. Só teria o de cuja se algum verbo exigisse essa preposição. A ideia é mais ou menos essa:

     

    São inspiradores os intelectuais antigos que, como Voltaire, discutiram temas. A relevância dos temas (sujeito, não pode ser preposicionado) não sofreu qualquer declínio até nossos dias.

     

    É mais ou menos por aí.

    Se estiver errado, corrija-me.

    Bons estudos!!!

     

  • Vejamos, a questão da letra B é a conjunção concessiva que foi empregada incorretamente, conforme explicado no comentário do professor. O adverbio "no seculo XVIII" é médio, ou seja, facultadade no uso da virgula no meio da frase.

    O que seria um adverbio médio?

    Segue resumo: Advérbio Pequeno até 3 sílabas, sempre facultativo uso da vírgula.

    Advérbio médio ( + 3 ate 9 sílabas), obrigatório no início e facultativo no meio da frase.

    Advérbio grande mais que 9 sílabas - sempre obrigatório

    Foco, Força e Fé!