Revelação do subúrbio
Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a[vidraça do carro*,vendo o subúrbio passar.O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa, com medo de não repararmos suficientemente em suas luzes que mal têm tempo de brilhar.A noite come o subúrbio e logo o devolve, ele reage, luta, se esforça,até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais e à noite só existe a tristeza do Brasil.
No poema de Drummond, a presença dos motivos da velocidade, da mecanização, da eletricidade e da metrópole configura-se como.