A questão está certa. O comércio
internacional é fundamental para a economia internacional contemporânea. Para
alguns países, o comércio exterior é a base de suas economia, representado a
maior parte do Produto Interno Bruto. Portanto, uma negociação multilateral
sobre o tema poderia ser positiva, mas é importante que ela não beneficie
somente os interesses de países centrais, pois, nesse caso, não traria
vantagens para a maioria dos países, que são periféricos. Dentre os obstáculos
mais comuns impostos ao comércio internacional estão os subsídios, as
restrições quantitativas e a imposição de medidas sanitárias e fitossanitárias
sem critérios claros.
O protecionismo exercido pelos EUA, como por exemplo na questão do algodão, é um entrave imposto a plena realização do comércio internacional, e não podemos dizer que isso traga resultados negativos aos EUA.
Do mesmo modo, a proteção que se faz em diversos países face ao avanço industrial da China, visa a proteção dos trabalhadores e economias locais, e não cabe falar em prejuízo geral aos países.
Por outro lado, podemos afirmar que a inexistência de obstáculos de qualquer natureza a plena realização do comércio internacional pode trazer prejuízos a diversos países, inclusive prejuízos sociais, por exemplo quando estimula a exploração de trabalho similar ao escravo em países com leis trabalhistas fracas ou inexistentes, além de se efetuar a transferência de rendas de países pobres a países ricos, como na fabricação de produtos no setor de calçados de marcas importantes de empresas multinacionais.
De outro modo, considerando a assertiva correta, concluiríamos que acordos de livre comércio seriam indubitavelmente sempre extremamente exitosos. Se pegarmos o NAFTA como exemplo percebemos o equívoco da conclusão, face, dentre outros, a crise de 2008 e as consequências no México, e mesmo a fragilização de indústrias mexicanas desde a aceitação do acordo.
E é justamente um dos pontos fundamentais da existência da OMC intermediar as relações de comércio, de modo a buscar a melhor relação entre os países.
Questão duvidosa.