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ID
1090285
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Criminologia
Assuntos

A teoria do neorretribucionismo, com origem nos Estados Unidos, também conhecida por “lei e ordem” ou “tolerância zero”, é decorrente da teoria.

Alternativas
Comentários
  • De modo superficial, a Teoria das Janelas Quebradas acredita que para conter grandes patologias criminosas, deve-se combater os pequenos delitos. Por isto tolerância zero. Os precursores da teoria são James Wilson e George Kelling, sendo que ela surgiu nos Estados Unidos.

  • surgiu nos Estados Unidos, inspirada na escola de Chicago, com a denominação “lei e ordem” ou

     “tolerância zero”, decorrente da teoria das janelas quebradas, tem como objetivo coibir os pequenos delitos, 

    o que inibiria os mais graves



    abraço a todos

  • A teoria norte-americana do neorretribucionismo, também conhecida como "Lei e Ordem" e "Tolerância Zero", nasceu como decorrência da "Teoria das Janelas Quebradas", desenvolvida na década de 90 do século passado e que foi elaborada pelos criminologistas James Wilson e George Kelling. Tem por fundamento punir qualquer ato desviante antes que surja, pela falta da conservação da ordem, um ambiente favorável ao incremento tanto em termos quantitativos como  gravidade de crimes.

    Resposta: B

  • Essas ideias, na minha humilde opinião, são piadas de mau gosto.

     

    Demandam um gigantesco Estado de Polícia e esquecem dos controles informais. Aliás, os controles informais, sim, que são importantes.

     

     

    Vida longa à república e à democracia, C.H.

  • Neorretribucionismo (lei e ordem; tolerância zero; broken windows)

     

    Uma vertente diferenciada surge nos Estados Unidos, com a denominação lei e ordem ou tolerância zero (zero tolerance), decorrente da teoria das “janelas quebradas” (broken windows theory ), inspirada pela escola de Chicago, dando um caráter “sagrado” aos espaços públicos.

    Alguns a denominam realismo de direita ou neorretribucionismo. Parte da premissa de que os pequenos delitos devem ser rechaçados, o que inibiria os mais graves (fulminar o mal em seu nascedouro), atuando como prevenção geral; os espaços públicos e privados devem ser tutelados e preservados. (...)

    Em 1982 foi publicada na revista The Atlantic Monthly uma teoria elaborada por dois criminólogos americanos, James Wilson e George Kelling, denominada Teoria das Janelas Quebradas (Broken Windows Theory). Essa teoria parte da premissa de que existe uma relação de causalidade entre a desordem e a criminalidade.

    A teoria baseia-se num experimento realizado por Philip Zimbardo, psicólogo da Universidade de Stanford, com um automóvel deixado em um bairro de classe alta de Palo Alto (Califórnia) e outro deixado no Bronx (Nova York). No Bronx o veículo foi depenado em 30 minutos; em Palo Alto, o carro permaneceu intacto por uma semana. Porém, após o pesquisador quebrar uma das janelas, o carro foi completamente destroçado e saqueado por grupos de vândalos em poucas horas. (...)

    A teoria das janelas quebradas (ou broken windows theory), desenvolvida nos EUA e aplicada em Nova York, quando Rudolph Giuliani era prefeito, por meio da Operação Tolerância Zero, reduziu consideravelmente os índices de criminalidade naquela cidade. (...)

    Em 1990 o americano Wesley Skogan realizou uma pesquisa em várias cidades dos EUA que confirmou os fundamentos da teoria. A relação de causalidade existente entre desordem e criminalidade é muito maior do que a relação entre criminalidade e pobreza, desemprego, falta de moradia.

    O estudo foi de extrema importância para que fosse colocada em prática a política criminal de tolerância zero, implantada pelo chefe de polícia de Nova York, Willian Bratton, que combatia veementemente os vândalos no metrô. Do metrô para as ruas implantou-se uma teoria da lei e ordem, em que se agia contra os grupos de vândalos que lavavam os para-brisas de veículos e extorquiam dinheiro dos motoristas. Essa conduta era punida com serviços comunitários e não levava à prisão. Assim, as pessoas eram intimadas e muitas não cumpriam a determinação judicial, cujo descumprimento autorizava, então, a prisão. As prisões foram feitas às centenas, o que intimidava os demais, levando os nova-iorquinos a acabar em semanas com um temor de anos. (Grifamos)

    Fonte: Penteado Filho, Nestor Sampaiob Manual esquemático de criminologia / Nestor Sampaio Penteado Filho. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012.

  • Para mim, os movimentos de "lei e ordem" e "tolerância zero" não chegam a ser decorrentes da "broken windows theory", mas, na verdade, todas essas 3 teorias decorrem da Escola Ecológica da Criminalidade, que prevê basicamente que qualquer desorganização social, pequenos delitos, minúsculos grupos delinquentes, bem como condições ambientais desfavoráveis, como sujeira nas ruas, lixo no chão, poluição etc. podem aumentar e descontrolar a criminalidade no corpo social. Por isso, acabei marcando "Cidade Limpa", apesar de nunca ter ouvido falar dessa tradução.

     

    Vivendo e aprendendo.

  • Associe...LEI E ORDEM -----> TOLERÂNCIA ZERO -----> TEORIA DAS JANELAS QUEBRAS ( teoria radical/crítica )

     

    Tolerar uma simples janela quebrada pode quem sabe levar à pratica de delitos MAIS GRAVES.

     

    bIZU. um tanto estranho, porém de fácil entendimento para assimilar alguns conceitos.

  • Neorretribucionismo: Esta Teoria surgiu nos EUA, inspirada na Escola de Chicago, com a denominação "Lei e Ordem", ou "Tolerância Zero", decorrente da "Teoria das Janelas Quebradas", que tem como objetivo coibir os pequenos delitos, o que inibiria a ocorrência de delitos mais graves.

     

    Apenas para ajudar a entender o nome "Janelas Quebradas", tem-se que uma fábrica nos EUA ficara fechada por muito tempo, sem sofrer qualquer tipo de invasão ou dano. Bastou que, tempos depois, uma só vidraça fosse quebrada, para que a fábrica fosse alvo de invasores e diversos prejuízos e pichações.  

  • Movimento lei de ordem desenvolvido em 1990 pelo prefeito nova iorquino, Rudolph Giuliani, em combate à criminalidade agravada pelas gangues do Bronx. Teoria das janelas quebradas (caso do carro abandonado e sede empresa depredada) inspirando a política da Tolerância Zero, a qual punia a menor infração praticada visando a intimidar os delinquentes.

  • Surgiu nos EUA por meio de estudos realizados por dois criminologistas da Universidade de Harvard, James Wilson e George Kelling que em 1982 publicaram um trabalho acerca da relação de causalidade entre desordem e criminalidade, intitulado The Police and Neiborghood Safety (A Polícia e Segurança da Comunidade). De forma muito resumida, baseou-se em experimento realizado pelo psicólogo Philip Zimbardo, consistente em abandonar um automóvel em bairro de classe alta de Palo Alto, Califórnia. Na primeira semana o veículo não foi danificado. Assim, o pesquisador quebrou uma das janelas do carro, e depois disso o veículo foi destroçado e roubado por vândalos em curto espaço de tempo. Defende a repressão de delitos menores para a inibição dos delitos mais graves. Essa teoria criou o movimento de tolerância zero (lei e ordem) implementado na cidade de Nova York pelo ex-prefeito Hudolph Giuliani. Estamos falando da Teoria das Janelas Quebradas. Resposta: B

  • Q353622 -Quanto à teoria NEORRETRIBUCIONISTA, é correto afirmar: surgiu nos Estados Unidos, inspirada na escola de Chicago, com a denominação “lei e ordem” ou “tolerância zero”, decorrente da teoria das janelas quebradas, tem como objetivo coibir os pequenos delitos, o que inibiria os mais graves.

    Q381982 - O movimento “Lei e Ordem” e a teoria das “janelas quebradas” (“broken windows”) defendem que pequenas infrações, quando toleradas, podem levar à prática de delitos mais graves.

    Q379268 - “(...) instrumento de legitimação da gestão policial e judiciária da pobreza que incomoda - a que se vê, a que causa incidentes e desordens no espaço público, alimentando, por con- seguinte, uma difusa sensação de insegurança, ou simplesmente de incômodo tenaz e de inconveniência -, propagou-se através do globo a uma velocidade alucinante. E com ela a retórica militar da “guerra” ao crime e da “reconquista” do espaço público, que assimila os delinquentes (reais ou imaginários), sem-teto, mendigos e outros marginais a invasores estrangeiros - o que facilita o amálgama com a imigração, sempre rendoso eleitoralmente.” (WACQUANT, Loïc. As Prisões da Miséria.) TOLERÂNCIA ZERO. 

  • Apesar das críticas, atualmente, é a única teoria que foi aplicada na prática e conseguiu trazer excelentes resultados (Nova York). A realidade não pode ser ignorada.

  • Cuidado ao ver "cidade limpa" ou " limpeza na cidade", pois, em si a teoria começou com um experimento de reprimir crimes em estações de metrôs, e também limpar muitos grafites, porém, não foi o cerne em si, mas um aspecto dentro da teoria.

  • Gabarito B)

    SECURITÁRIA/NEORRETRIBUCIONISMO/REALISMO DE DIREITA

    Preconiza a necessidade de ampliação dos poderes materiais da polícia a partir de uma legislação rigorosa e securitária, não apenas no âmbito penal e processual penal, mas também administrativo, inclusive com medidas que autorizam a polícia a agir, em determinados casos, sem prévia autorização judicial, em situações que o diploma processual e a própria Constituição geralmente a exigem.

    1)     Movimento Lei e Ordem (maximalismo penal/panpenalismo): surgiu nos Estados Unidos, na década de 70, confere ao sistema penal a responsabilidade em fazer com que o meio social fique em paz, pouco importando a pessoa do criminoso. A pena se justifica como castigo e retribuição, assim como para intimidar e neutralizar os criminosos. Além disso, capazes de fazer justiça às vítimas. É o DIREITO PENAL MÁXIMO, com a criação de normas mais severas, quando a norma vigente não resultar em solução. O delinquente é tido como um mal social que precisa ser extirpado da sociedade.

    OBS: o direito penal simbólico: direito penal norteado por uma finalidade meramente aparente, sem resultados efetivos, mas sim uma sensação de proteção/ordem pública à sociedade. Faz com que a sociedade mergulhe numa situação ainda mais caótica, com leis inconstitucionais, penas desproporcionadas, presídios superlotados, etc.

    OBS: a Lei 8.072/1990 (Crimes Hediondos) é um resultado da influência, em seu art. 2.º, § 1.º, quando previa o cumprimento em integral regime fechado. Semelhante ocorreu com a Lei 10.792/2003, que alterou o art. 52 da Lei de Execuções Penais, regime que impôs sanções disciplinares diferenciadas aplicadas aos presos que cometerem infrações no interior do presídio ou faltas graves.

    2)     Política de Tolerância zero: baseia-se na teoria das janelas quebradas - premissa de que existe uma relação de causalidade entre a desordem e a criminalidade -, todas as condutas contrárias ao ordenamento jurídico, por menor que sejam, devem ser punidas, sob pena de crimes básicos como de furto e uso de drogas eclodirem em crimes de roubo e de tráfico de drogas. É a severa repressão à criminalidade.

    Fonte: Colegas do Qconcurso (luz na minha vida)

     

  • Gabarito B

  • A teoria das janelas quebradas ou "broken windows theory" é um modelo norte-americano de política de segurança pública no enfrentamento e combate ao crime, tendo como visão fundamental a desordem como fator de elevação dos índices da criminalidade.

    Nesse sentido, apregoa tal teoria que, se não forem reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves, em vista do descaso estatal em punir os responsáveis pelos crimes menos graves.

    Torna-se necessária, então, a efetiva atuação estatal no combate à criminalidade, seja ela a microcriminalidade ou a macrocriminalidade.

    FONTE: < https://daniellixavierfreitas.jusbrasil.com.br/artigos/146770896/janelas-quebradas-uma-teoria-do-crime-que-merece-reflexao >