e) Região Centro-Oeste.
A ocupação dessa região baseou-se na pecuária extensiva de corte, que abastecia os grandes mercados consumidores da região Sudeste. Todavia, a construção de Brasília, na década de 1960, resultou na abertura de várias rodovias e permitiu grande afluxo de população, que impulsionou a expansão das atividades econômicas. Consequentemente, a produção agropecuária se diversificou.
No final da década de 1970 e começo da década de 1980, muitos agricultores do Sul e Sudeste dirigiram-se para o Centro-Oeste, atraídos pela disponibilidade de terras virgens e baratas. Surgiram as chamadas fronteiras agrícolas, e vastas áreas foram incorporadas à dinâmica da economia brasileira, divididas entre enormes latifúndios e algumas cooperativas de pequenos e médios produtores. Desde essa época, a produção tem sido cada vez mais produtiva e menos danosa ao meio ambiente, graças a técnicas como correção do solo com calcário; plantio direto, que não revolve o solo, evitando a erosão e a perda de nutrientes, além de facilitar a semeadura e a adubação por máquinas; melhoramento genético; manejo integrado com a pecuária, que garante a utilização do solo 12 meses por ano.
Cumpre lembrar que esse salto de produtividade do cerrado foi financiado pela grande aceitação da soja no mercado externo. Por um lado, a produção intensiva de soja faz com que o cerrado produza hoje 40% dos grãos e da carne bovina do país; por outro, no entanto, a expansão desse cultivo ameaça de extinção esse ecossistema, o que seria uma perda irreparável.
Fonte: http://www.resumoescolar.com.br/geografia/principais-cultivos-caracteristicas-agricolas-e-areas-de-producao-do-centro-oeste-e-nordeste/