Os
três tipos de neurose podem ser definidos de acordo com o modo
particular que o ego tem de se defender:
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Obsessivo:
deslocamento – sofrimento do pensar:
Nesta condição o
gozo inconsciente e perigoso (fruto da falha do recalque) é deslocado para o
pensamento, para o campo das ideias
conscientes. A carga afetiva é
separada de sua ideia original e ligada a outras representações toleráveis. De
acordo com a teoria freudiana, na neurose obsessiva ocorre a substituição da
representação original ligada ao trauma por representações que fazem parte da
vida da pessoa no momento em que expressa os sintomas obsessivos, podendo essa
substituição ser consciente ou não.
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Fobia: projeção –
o objeto ressentido como ameaçador, sofrimento
consciente com relação ao mundo externo:
Nesse caso, o gozo inconsciente e intolerável
é projetado para fora do sujeito, sendo cristalizado em algum elemento do
ambiente externo, o qual passa a ser o objeto ameaçador
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Histeria:
conversão – sofrimento corporal:
O gozo inconsciente e doloroso é
convertido em sofrimento corporal, o que antes correspondia ao investimento
energético de um conteúdo inconsciente, passa a expressar-se em uma rede
somática. Na conversão, o que chama a atenção é o seu valor simbólico, a
tal ponto que os sintomas obedecem a uma anatomia puramente fantasmática