Os sistemas de comunicação científica
Para que uma ciência efetivamente se constitua e se institucionalize com uma disciplina, é necessário que além das bases filosóficas e conceituais, exista a confiabilidade do conhecimento produzido. É, portanto, uma das características mais importantes para a ciência e que a distingue do senso comum. Além do uso de métodos e técnicas para a geração e divulgação do conhecimento e resultados advindos das pesquisas empreendidas pelos cientistas, devem ser divulgados e julgados por seus pares estabelecendo assim o nível de confiabilidade esperado. Esse sistema de comunicação compreende canais formais e informais para a comunicação dos resultados obtidos e aquisição de informação acerca das pesquisas realizadas por outros pesquisadores (Mueller, 2000).
Há dois tipos de comunicação: a comunicação escrita - canal formal –, e a comunicação oral - canal informal. Ambas são trabalhadas por Le Coadic (2004) dentro das perspectivas da comunicação escrita e da comunicação oral. Na comunicação escrita encontram-se representadas as publicações primárias, os resultados de pesquisas, as publicações secundárias e terciárias. A comunicação oral compreende tanto as formas públicas de socialização das informações, representadas pelas conferências, colóquios e seminários; quanto pelas formas privadas de socialização, como as conversas interpessoais e as mensagens, atualmente eletrônicas.
O autor ressalta as diferenças existentes entre os elementos formais e informais da comunicação científica, eles estão principalmente ligados à audiência, armazenamento, atualidade, orientação, redundância e interatividade, conforme o quadro abaixo: