No
Brasil, a doença reumática é a causa mais frequente de cardiopatia na
gravidez e sua incidência é estimada em 50% das cardiopatias em
gestantes.
De
modo geral, lesões valvares obstrutivas, como a estenose mitral e
aórtica, apresentam pior evolução clínica, com maiores índices de
complicações materno-fetais, quando comparadas às lesões regurgitantes
como a insuficiência mitral e aórtica. As lesões estenóticas apresentam
evolução clínica associada ao grau anatômico da lesão valvar, enquanto
as regurgitantes estão associadas à preservação da função ventricular.
A
dispneia classe funcional I/II (NYHA) não se associa em todas as
pacientes a boa evolução e prognóstico, especialmente naquelas com
valvopatias estenóticas, porém classe funcional III/IV estão associadas a
evolução materno-fetal ruim.
Outros
parâmetros que se correlacionam com mau prognóstico materno na gravidez
em portadoras de valvopatias são: hipertensão pulmonar, fibrilação
atrial, antecedentes de tromboembolismo e endocardite infecciosa.
O atendimento à gestante portadora de cardiopatia deve levar
em conta as modificações hemodinâmicas que ocorrem na gravidez, em relação ao
débito cardíaco, sobrecarga de volume, variações dos níveis pressóricos e saber
interpretá-las nas diferentes fases da gestação.
A cardiopatia reumática é a mais frequente em nosso meio,
representando 52,3% das cardiopatias na gestação, seguida pelas etiologias
chagásica e congênita. Dentre as cardiopatias congênitas, as mais freqüentes
são: comunicação interatrial (CIA), comunicação interventricular (CIV) e a
estenose pulmonar
Resposta CERTO
Bibliografia
Figueiró Filho EA, Bezerra GC, Avansini LA, et al. Cardiopatias
e gravidez – parte I. Femina, março, vol 35 (3): 2007.