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ID
112609
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco da Amazônia
Ano
2010
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

Quanto à produção de aves, julgue os itens que se seguem.

Na restrição alimentar quantitativa de frangos de corte, a ordem prioritária do processo de mobilização de energia corporal é glicólise, lipólise e proteólise.

Alternativas
Comentários
  • "A restrição quantitativa se baseia na diminuição diária do volume de ração fornecido. Na restrição qualitativa faz-se restrição de energia, diluindo-se a dieta com um ingrediente de baixo valor nutritivo (baixa digestibilidade), de modo que as exigências, para o ganho de peso ótimo, estabelecidas pelo padrão genético da ave, não sejam atendidas. Maior ênfase será dada

    ao método quantitativo de restrição, por ser de aplicação mais simples e, normalmente, trazer vantagens relacionadas à diminuição do consumo de ração e melhorias da eficiência alimentar.

      A taxa de mobilização de energia das reservas é dependente do tempo de jejum ao qual é submetido o frango de corte. É importante frisar que embora exista uma ordem de prioridade de mobilização, num determinado momento, após o início do jejum, todos os tecidos que fornecem energia às aves poderão estar sendo mobilizados. Essa ordem de prioridade de mobilização em resposta ao tempo de jejum é do glicogênio, gordura e proteína, processos conhecidos como glicólise, lipólise e proteólise, respectivamente. Em resposta à restrição, a ave busca, imediatamente, satisfazer suas necessidades energéticas para manutenção das atividades mais críticas, com a fonte mais prontamente disponível que é o glicogênio hepático (glicose). Essa reserva é a primeira a ser mobilizada e esgotada rapidamente. Estima-se, em média, que após 24 horas de jejum grande parte da reserva de glicogênio tenha sido mobilizado. Essa taxa de mobilização sofre variações e depende principalmente da idade da ave e das condições de estresse de criação.

        Após a mobilização de parte do glicogênio, e concomitantemente, se inicia a mobilização da reserva de gordura e do tecido muscular, respectivamente. No momento em que a ave começa a mobilizar proteína muscular para satisfazer suas exigências de energia, a restrição passa a ser indesejável, pois a recuperação de peso, no período pós-jejum, período conhecido como de realimentação, é pouco provável. Os resultados de campo têm mostrado que um período de jejum acima de 16 horas, diário, durante uma semana, tem efeito redutor sobre o peso de abate. Essa redução de peso, associada à incapacidade de recuperação da ave, pela não ocorrência do ganho compensatório, pode ser devido ao elevado grau de mobilização da proteína muscular durante o jejum".


    fonte: CT / 250 / Embrapa Suínos e Aves, Julho/2000, p. 2   --   http://docsagencia.cnptia.embrapa.br/suino/comtec/cot250.pdf