Diogo, vou tentar explicar da forma que entendo a questão, mas não sou contador, então caso algum colega mais especializado possa nos ajudar, será de ótima valia.
Vamos lá!
Começo com um trecho do professor Marcelo Seco, que ao meu ver, complementa a explicação da "MARIA PUREZA".
"...o registro pelo valor original corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo.
Para obedecer ao princípio, é importante que os elementos patrimoniais sejam avaliados com suficiente regularidade, de maneira que o seu valor registrado não difira significativamente daquele que possa ser determinado utilizando-se os critérios pertinentes para cada elemento patrimonial na data de encerramento do balanço patrimonial."
Fonte: Contabilidade Geral para Analista do MPOG, Teoria e Exercícios - Aula 01, Professor Marcelo Seco, Ponto dos Concursos, 2014.
Entendo que a ideia por trás deste princípio é ter sempre o valor mais fidedigno, que traduza a realidade do momento, para os componentes do BP, ao invés de mostrar valores de componentes do ativo e passivo que já não sejam mais verdade.
Por exemplo, se há um direito a receber um montante de R$ 10 mil em 30 parcelas mensais e consecutivas, todavia se após o recebimento da 6ª parcela a entidade, ao ver o relatório Focus, entende que a inflação dos próximos 2 anos será de 10% a.a., ela deverá ajustar o valor deste ativo.
Por "...valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos com base em valores de entrada ou de saída." eu entendo que seja uma convergência de entendimentos, ou quando todos acham a mesma coisa, sobre os reais valores dos ativos e passivos. Novamente, de forma a traduzir a realidade dos componentes do BP. A ideia é que os agentes externos à entidade (eu, você, uma empresa "x", ou qualquer PF ou PJ, de direito público ou privado) possam ter a mesma percepção sobre a situação patrimonial da entidade que esta tem.
Seria um alinhamento de entendimentos.
Enfim, espero ter ajudado.