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Segundo Sassen, surgem novas formas de marginalidade e polarização. Os novos setores de crescimento, as novas capacidades organizacionais das
firmas e as novas tecnologias — os três interrelacionados — estão contribuindo
para produzir não apenas uma nova geografia da centralidade mas também uma nova
geografia da marginalidade. As evidências para os EUA, a Europa Ocidental e o
Japão sugerem que serão necessárias políticas e ações governamentais para
reduzir as novas formas de desigualdade espacial e social.
SASSEN, Saskia. As Cidades na Economia Mundial.
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Mas não seriam os antigos centros manufatureiros que se tornaram cidades globais? A marginalidade não ficou com os centros produtores de bens primários?
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Não, há várias cidades fantasmas nos Estados Unidos e em outras regiões . Acho que o exemplo que você tomou foi a cidade de São Paulo, que nesse caso não é a regra.
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Na questão, a centralidade é expressada pelas cidades globais e a marginalidade é representada pelos antigos centros manufatureiros. Enquanto as cidades globais se desenvolveram como centros financeiros, prestadores de serviços e congregadores de toda tecnologia de ponta em termos de telecomunicações, os antigos centros manufatureiros, que detiveram importância central durante séculos por representares setor vital da economia mundial - a indústria -, estão em decadência. Isso ocorre porque, com a globalização intensificada, grande parte da cadeia produtiva foi deslocada para locais onde os custos são mais baratos, fazendo com que algumas cidades que já foram ricas e dinâmicas, como Detroit, se tornassem espécies de cidades fantasmas. Entretanto, o setor de inteligência das indústrias, ou seja, aquele que exige profissionais altamente qualificados, como na áreas de computação, design e finanças, não pode prescindir de uma localização estratégica, sendo que as cidades globais ainda são lugares que concentram grande parte dos setores estratégicos das indústrias e empresas em geral. A questão, portanto, está certa.
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Na questão, a centralidade é expressada pelas cidades globais e a marginalidade é representada pelos antigos centros manufatureiros. Enquanto as cidades globais se desenvolveram como centros financeiros, prestadores de serviços e congregadores de toda tecnologia de ponta em termos de telecomunicações, os antigos centros manufatureiros, que detiveram importância central durante séculos por representares setor vital da economia mundial - a indústria -, estão em decadência. Isso ocorre porque, com a globalização intensificada, grande parte da cadeia produtiva foi deslocada para locais onde os custos são mais baratos, fazendo com que algumas cidades que já foram ricas e dinâmicas, como Detroit, se tornassem espécies de cidades fantasmas. Entretanto, o setor de inteligência das indústrias, ou seja, aquele que exige profissionais altamente qualificados, como na áreas de computação, design e finanças, não pode prescindir de uma localização estratégica, sendo que as cidades globais ainda são lugares que concentram grande parte dos setores estratégicos das indústrias e empresas em geral. A questão, portanto, está certa.
Autor: Melina Campos Lima
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Errei a questão, mas havia lembrado de Detroit.
No entanto, conclui que a maioria das cidades globais foram grandes centros manufatureiros, por isso achei a questão errada.
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Sinceramente, nessa questão acho que os examinadores generalizaram alguns casos, como o de Detroit, para dizer que essa é a regra.
Em primeiro lugar, muitas das cidades globais já foram centros manufatureiros. Em segundo lugar, muitas das cidades médias atualmente se desenvolvem baseadas na indústria.
O caso de Detroit é bastante particular de uma cidade que se desenvolveu baseada numa indústria específica (a automobilística) e no momento que essa indústria passou a ter que conviver com margens de lucro menores, ela passou a sofrer com custos trabalhistas pesados que o sindicatos da região haviam conseguido ao longo de várias décadas de prosperidade. Por isso, já desde a segunda metade do século XX, empresas como a Toyota, quando resolveram se instalar nos EUA, evitaram a região de Detroit.
Se a afirmativa se referisse a estas cidades que tiveram concentração em um único tipo de indústria, acho que poderia ser considerada correta, mas dizer que qualquer centro manufatureiro apresenta nítido declínio é uma generalização que não poderia ser considerada correta.
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Pensei na nova DIT que veio com a Globalização. A produção industrial saiu dos polos que antes ocupava, desestrutrando as cidades que se baseavam nessas indústrias, indo para países com mão-de-obra baratíssima. Então, a questão fala das cidades que foram centros manufatureiros, podendo estar em declínio por não mais sê-lo, e não das cidades que hoje são centros manufatureiros.
Lembrei logo do Iron Belt americano, por exemplo, que está cheio dessas cidades, e um dos discursos de antiglobalização do Trump é justamente retornar a indústria para essas regiões e revitalizá-las (make America great again).
No mais, essa nova DIT deslocou a riqueza dos centros industriais para os centros financeiros, de sorte que isso contribui ainda mais para a ruína daquelas cidades, que antes tinham a fábrica (geração de empregos) e a sede da empresa (atração de riquezas).
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A questão é cespe, e por isso é dúbida, simples assim,
é normal na históra da industrialização que com o tempo as indúistrias deixem os grandes centros por vários motivos, como logística, problemas com sindicatos, redução de custos, etc, mas isso não necessáriamente provoca declinio nas cidades, muitas sim, mas muitas outras acabam se transformando em centros de serviços.
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Sempre que penso em centro manufatureiro, me vem a cabeça a Cidade de Londres. Hoje uma das maiores Cidades Globais.
Contudo a questão acerta, no artifício da gramática. Quando ela diz "ao passo que cidades" ela não está generalizando e nem afirmando que todas elas sofrem declínios, e que sim, algumas têm sofrido esse declínio, como é o caso de Detroid.
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Como bem sabemos, os efeitos da globalização não foram sentidos de maneira uniforme por todos os países do globo, tendo, portanto, caráter assimétrico.
Diante dessa realidade, podemos dizer que as cidades globais acabaram por se consolidar como centros de poder econômico, enquanto as cidades que se tornaram centros manufatureiros têm importância apenas periférica na cadeia de produção global.
Resposta: Certo
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Resposta: Certo
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Para leigos: a questão está dizendo que os sistemas técnicos e de informação superam o princípio geográfico da localização...
Ou seja, uma empresa instalada em Brasília possuiria a mesma capacidade e facilidade de escoar sua produção de uma empresa instalada ao lado do porto de Santos...
Isso está errado, apesar dos "avanços técnicos e de informação" ,como por exemplo, desenvolvimento de ferrovias, melhor logística,etc... O fator da localização ainda é muito importante...