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de 1870 a 1889 — foi marcado não só pelo desenvolvimento econômico, mas também pelo aprofundamento das contradições, ampliado com a propaganda republicana
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Essa é uma questão de interpretação de texto, não de história do Brasil.
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É pertinente ressaltar que a vitória na Guerra do Paraguai fez com que ocorrece uma ascensão do prestígio dos militares que, influenciados pelo republicanismo e positivismo, instauraram a República em 1889.
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No meu ponto de vista, o texto não diz, mas a maior contradição que pesava sobre o regime era aquela que opunha o setor mais dinâmico da economia nacional (ou seja, a economia cafeeira paulista...a província mais rica do Império) a um jogo político engessado pela tradição imperial (tendo os Estados de PE, RJ, BA e MG mais representantes na Câmara dos Deputados), em que São Paulo não desfrutava de espaço político no governo central correspondente a sua importância econômica. Essa era a maior contradição e que gerou terreno fértil para defensores do Federalismo. Foi nesse contexto que surgiu o Partido Republicano Paulista, em 1872.
Ou seja... houve discrepância entre poder político e poder econômico, que intensificou o desgaste da Monarquia, dando vigo à ideia federativa.
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Outro ponto a ser levantado é que não é verdade a afirmação de que a queda brusca dos preços do café no mercado internacional acarretava retrocesso econômico. Conforme GREMAUD, Amaury (Formação econômica do Brasil), “a desvalorização da moeda nacional amortecia o impacto da queda do preço internacional do café sobre a renda interna dos cafeicultores. Em épocas de acelerada desvalorização da moeda (como a década de 90), o preço recebido em moeda nacional pelo cafeicultor chegou a aumentar em período de queda do preço internacional do café. Como nem todos os seus custos aumentavam na proporção da desvalorização da moeda nacional, o cafeicultor acabava amenizando os efeitos negativos da queda do preço internacional do café.
Por isso, Furtado pode falar efetivamente em “socialização das perdas”: as perdas de um setor específico (o cafeeiro) eram transferidas, em grande medida, para a coletividade (principalmente, as populações urbanas) por meio do mecanismo cambial que provocava a desvalorização da moeda nacional em relação à Libra Esterlina. É certo que a desvalorização cambial, ao amenizar o impacto do declínio do preço internacional em termos de moeda nacional, evitava que muitos fazendeiros abandonassem a produção. Consequentemente, evitava o desemprego e a queda de renda no setor cafeeiro que, via multiplicador, se disseminaria em direção ao setor voltado ao mercado interno. “
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ERRADO. "O texto sugere que uma das principais causas do enfraquecimento do regime monárquico foi a sua incapacidade de reorientar os rumos da economia brasileira nos anos que se seguiram ao fim da Guerra do Paraguai: a queda brusca dos preços do café no mercado internacional acarretou retrocesso econômico e instabilidade política."
O próprio texto fala que o período de 1870-1889 foi marcado por desenvolvimento econômico.
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"O texto sugere que uma das principais causas do enfraquecimento do regime monárquico foi a sua incapacidade de reorientar os rumos da economia brasileira nos anos que se seguiram ao fim da Guerra do Paraguai: a queda brusca dos preços do café no mercado internacional acarretou retrocesso econômico e instabilidade política."
O próprio texto fala que o período de 1870-1889 foi marcado por desenvolvimento econômico.
Gabarito: Errado
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É difícil compreender o que o examinador buscou ao iniciar o item com "o texto sugere que", uma vez que o o texto é explícito ao falar que, no período seguinte à Guerra do Paraguai, o Brasil passou por um processo de desenvolvimento econômico: "o último período — de 1870 a 1889 — foi marcado não só pelo desenvolvimento econômico, mas também pelo aprofundamento das contradições, ampliado com a propaganda republicana". Ora, se o texto afirma que a crise política veio com as contradições e com a propaganda republicana, onde encontra o examinador espaço para imaginar uma sugestão dos autores a respeito de uma crise econômica? Mais parece, portanto, um exercício elementar de interpretação texto do que qualquer aferição de conhecimento histórico.
De qualquer modo, como afirma o texto, entre 1870 e 1889 houve um importante crescimento econômico brasileiro, principalmente por conta de um novo ânimo da cafeicultura. Durante a década de 1870, a lavoura do café passou por uma importante expansão pela província de São Paulo, criando um importante polo produtor no Oeste paulista. Ao mesmo tempo, os tradicionais produtores fluminenses viram a queda vertiginosa da produtividade dos seus cafezais, ficando sem maiores chances de competir com o novo eixo econômico. Dessa nova configuração adveio uma das contradições fundamentais da última fase do Segundo Reinado: a elite política da corte já não coincidia com a nova elite econômica, que se sentia sub-representada na vida da aristocracia brasileira. Ou seja, apesar do desenvolvimento econômico, a dinâmica política da monarquia não foi capaz de absorver as transformações vividas na produção agrícola, criando uma distorção de representação e de interesses que se provou letal para o regime monárquico.
(FONTE: TECCONCURSOS)