Fase cromática (coloração) - Tem início, segundo a doutrina majoritária, após 24h da morte, com o surgimento da mancha verde abdominal de Brouadel (na ilíaca direita); dura, em média, 2 ou 3 dias após a morte.
Fase gasosa (enfisematosa): após a mancha verde se espalhar por todo o tronco, tem início a circulação póstuma de Brouadel (os vários gases de putrefação, progressivamente aumentados, empurram o sangue que desceu para as regiões de maior declive, de volta às porções mais elevadas do corpo, surge o desenho das veias novamente contendo sangue, agora putrefeito) é o que indica o fim da fase de coloração (cromática) e o início da fase de gaseificação (enfisematosa). Quando isso aparece já deve ter 48 ou até 72 horas da ocorrência da morte.
Fase coliquativa (redutora): os tecidos se liquefazem; ocorre a dissolução dos tecidos (por isso fase redutora), as vísceras perdem as características morfológicas e há a exposição do esqueleto, ficando mais difícil para o perito visualizar lesões e determinar a causa da morte, exceto se estas atingiram os ossos (p.ex. um tiro que atingiu o osso – sinal de Benassi, a pólvora fica impregnada no osso) ou em casos de ingestão de droga, venenos, em especial no líquido que fica embaixo do cadáver (sombra cadavérica). Nessa fase é comum e intensa a participação da fauna cadavérica e aparição de larvas (colocadas pelos insetos), que começam a comer o cadáver – a entomologia forense, através do estudo das larvas, casulos e pupas, pode determinar a quanto tempo a morte ocorreu (entomologia forense).
Fase da esqueletização: é a fase final do processo de putrefação e pode durar meses ou anos. A ação da fauna cadavérica conjugada com aspectos do meio ambiente farão com que os tecidos se percam, deixando os ossos soltos (com o tempo os ossos também se tornaram frágeis). A autoridade policial que comandará a exumação lavrará o auto de exumação, que é assinado por todos aqueles que participaram da exumação (inclusive o delegado). Quando o perito examinar o esqueleto, elaborará o laudo de exumação, o qual somente ele, perito, assinará.
Gab. Letra B
A perícia do tempo de sobrevivência é muito útil para determinar o tempo de morte, sendo uma das principais perícias para diferenciar a morte agônica da morte súbita.
As principais espécies são:
Docimásias hepáticas >> quantidade de glicogênio no fígado. // Glicogênio vira glicose, que significa energia.
Quanto mais glicogênio for encontrado no fígado significa que a morte foi rápida (sem reservas de glicogênio = morte agônica)
Docimásias suprarrenais >> quantidade de adrenalina/epinefrina produzida nas glândulas suprarrenais.
A morte agônica, portanto, é a que se arrasta por dias após a eclosão da causa básica (ex. Acidente).