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ID
1221049
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Polícia Federal
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Com relação ao planejamento como proposta de intervenção na área social, julgue os itens seguintes.

O planejamento situacional, um método de planejamento constituído por momentos não sequenciais, mas simultâneos, compreende o momento explicativo, no qual se realiza o diagnóstico, selecionando-se problemas e discutindo-se suas causas em relação aos fenômenos e às estruturas sociais básicas.

Alternativas
Comentários
  • JUSTIFICATIVA do CESPE– Planejamento situacional é um método de planejamento constituído por quatro momentos não sequenciais, simultâneos e em constante processo. Um desses momentos é o explicativo, equivalente ao diagnóstico, etapa em que são selecionados problemas e discutidas suas causas ao nível dos fenômenos (fenoestrutura) e das estruturas sociais básicas (genoestrutura).

  • O Momento Explicativo: Como explicar a realidade?

    A preocupação nesse momento é entender e explicar a situação inicial, através da 

    apreciação situacional. Na prática, isso significa levantar e analisar os problemas relevantes 

    na conjuntura atual (MATUS, 1993). O PES desenvolveu uma teoria que o possibilita

    entender e agir sobre os problemas. Problemas atuais originam o planejamento reativo e 

    problemas potenciais dão origem ao planejamento proativo (HUERTAS, 1996). O PES 

    procura atuar sobre os problemas potenciais.

  • Momento Explicativo O momento explicativo é o equivalente ao diagnóstico no planejamento normativo. É o momento de identificar, selecionar (valorando, priorizando e escolhendo), descrever e explicar problemas, apresentando e selecionando os nós críticos. Nó crítico é a causa do problema que tem três características: • Causa cuja solução terá impacto na solução ou minimização do problema • Causa cuja solução haja disponibilidade de recursos políticos, administrativos e técnicos • Causa cuja solução contribui para a solução de outras causas problemas A grande diferença do método normativo é que no PES consideramos a explicação de outros atores sociais, além, da nossa explicação. Para explicar os problemas de saúde, devemos recorrer aos sistemas de informações disponíveis, bases de dados, indicadores, inquéritos epidemiológicos, levantamentos, estimativas rápidas, oficinas de trabalho entre a equipe técnica e a comunidade. Sempre que possível os dados devem nos permitir chegar até a explicação de causas e determinantes mais remotos ou mediatos (PAIM, 2006). Se necessitarmos de informações não disponíveis partimos para a coleta de dados.  Momento Normativo

    A que se refere o momento normativo? Aqui a preocupação básica é o que fazer? É o desenho do deve ser, nossa defi nição de como deve ser a realidade. Aqui o mais importante é estabelecer objetivos em função de cada problema ou grupo de problemas. A partir dos objetivos, devem-se estabelecer as metas e as linhas de ação para cada objetivo especifi co. Ainda nesse momento são identifi cados e quantifi cados os recursos necessários a realização das ações. Em síntese, é o momento privilegiado de atuação de diferentes atores, que orienta o plano para a mudança que se quer.

    Momento Estratégico

    É o momento de analisar que algumas operações poderão ser altamente conflitivas do ponto de vista político, muito exigentes do ponto de vista econômico, ou demandante de tecnologia de elevada complexidade. Então quais serão os obstáculos que deveremos superar para transformar o desenho em realidade? Possuímos os recursos de poder necessários para intervir? Possuímos capacidade organizativa e institucional? Nesse momento, devemos verificar se há contradições entre os objetivos (análise de coerência), se os recursos, tecnologias e organização estão disponíveis (análise de factibilidade) e se é possível contornar os obstáculos políticos (análise de viabilidade) (PAIM, 2006). Todas essas reflexões devem ter por objetivo construir viabilidade para as propostas de solução elaboradas no momento normativo.

    Momento Tático Operacional Para Matus o plano se completa na ação, nunca antes. Somente a ação muda a realidade e este agir faz parte do plano. Não é etapa posterior. Este é momento de execução do plano sob uma determinada gerencia e organização do trabalho, com prestação de contas, supervisão, acompanhamento e avaliação. É o momento de monitorar as operações e avaliar continuamente.