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Acho que para se caracterizar uma relação simbiótica, no estudo de caso, deve conter a "superproteção" da mãe com a criança. Uma vez que a simbiose, não natural, é investido pelo comportamento materno
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Pego (2004) aponta ainda que várias mães estreitam tanto os laços com os filhos
que acabam por não deixar outras pessoas participarem dessa relação. É como se ela
mantivesse uma relação simbiótica com o filho, como se estivessem sendo ligados por
um cordão umbilical imaginário. Há uma cristalização do processo natural de
desenvolvimento psicossocial, a criança pode se tornar “propriedade” da mãe. Neste
caso, não é permitido o acesso ao conhecimento, haverá sempre a mãe entre a criança e
os saberes, incluindo o escolar. Monografia: DEPENDÊNCIA SIMBIÓTICA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ESCOLAR de MILENA GARIANI POPOWICZ (link: http://www.dfe.uem.br/TCC/Trabalhos_2012/MILENA_GARIANI_POPOWICZ.PDF)
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Qual, então, é o erro da afirmativa?
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Dependência não é simbiose, creio que são próximos mas diferentes, além do mais o enunciado não deixa claro se há relação de simbiose. Errei a questão e depois refleti rs
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Questão errada porque não há como afirmar que a relação simbiótica com sua mãe foi a causa principal de sua dificuldade em desenvolver protagonismo e autonomia. Afirmação muito determinista.
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Acredito que não se fala em relação simbiótica sem falar em psicose. Em outra alternativa sobre o mesmo caso, existe uma questão que aborda que o caso se trata de "psicose" (e é errada).
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Concurso não é vida real. Talvez, no jargão da psicologia, pudéssemos utilizar este termo "relação simbiótica" para se referir ao caso. Porém, para concurso, não há nada na questão que leve a concluir isso. É uma relação de significativa dependência e só.
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acredito que o erro está em não considerar que a paciente está em tratamento desde os nove anos, dessa maneira, não podemos desconsiderar o seu desenvolvimento.
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Verdade, Val. O conceito de simbiose, que veio da biologia foi "absorvido" pela psicanálise. De início pela Margaret Mahler e posteriormente por Bion, Winnicott Bleger, dentre outros autores que deram seus significados de acordo com suas teorias.
O que pareceu comum aos autores é que o fenômeno da simbiose é uma díade em que cada um dos membros vive à mercê de suas próprias necessidades e angústias.
Dai essa situação trazida pela cespe não apresenta elementos que corroborem com a ideia de que a mãe compartilha desta vivêcia. Fica clara apenas a "falha" na relação de objeto apresentada pela filha. Logo, entendo que não se pode falar em simbiose.
Por isso, o gabarito deu como errado.
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"Em acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais (...)
"Mostrou-se, no início do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe".
Em nenhum momento o texto diz que existe relação simbiótica entre as duas. Isso aí já é interpretação.