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ID
1224217
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-SE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Quanto à atuação do psicólogo diante da prevenção e do tratamento de dependências químicas, julgue os itens que se seguem.

Por intermédio do modelo de atuação psicoeducativo, busca-se promover a compreensão do comportamento disfuncional do indivíduo, além de capacitar seus familiares para a identificação dos pródromos de um evento adverso.

Alternativas
Comentários
  • Capacita tb familiRes

  • Pródromo é um sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas específicos surjam.

  • Dentre as técnicas mais utilizadas na TCC destaca-se a psicoeducação que consiste na transmissão de informação acerca do problema do indivíduo, elucidando-o sobre aspectos da psicopatologia (Figueiredo, Souza, Dell'Áglio & Argimon, 2009). Esta intervenção se caracteriza por informar ao paciente dados sobre o seu diagnóstico, a etiologia, o funcionamento, o tratamento mais indicado e o prognóstico de sua doença. Cabe à aplicação desta técnica, também, esclarecer informações insuficientes ou distorcidas, tendo em vista a importância de um conhecimento amplo do paciente sobre seu problema (Menezes & Souza, 2012; Swadi, Bobier, Price & Craig, 2010). O terapeuta pode utilizar muitas maneiras de psicoeducar o paciente, muito além de uma explicação na sessão, como por exemplo: levar revistas, indicar livros, sites, entre outras (Colom & Vieta, 2004). A psicoeducação acerca da psicopatologia, além de aumentar a motivação para a mudança, estimula a participação pró-ativa do paciente na recuperação (Knapp, 2004). Esta técnica também está associada a maior satisfação com o tratamento psicológico, maior aderência e redução de recaídas (Burlingame, Ridge, Matasuno, Hwang & Ernshaw, 2006), podendo ser feita através de atribuição de tarefas a serem feitas em casa, encontros individuais ou sessões de grupo (Daele, Hermans, Audenhove & Bergh, 2012).

    A psicoeducação em grupos tem uma influência importante no tratamento da dependência química já que autores apontam resultado positivo em relação ao consumo de drogas após intervenções grupais de psicoeducação (Andretta & Oliveira, 2011). Tendo como principal proposta educar, a psicoeducação em grupos possibilita novos conhecimentos sobre as suas demandas e também ajuda diretamente no vínculo entre terapeuta e pacientes, facilitando o entendimento de seus problemas, doenças, ao esclarecer dúvidas e mostrando que os pacientes são ativos na terapia. De acordo com Figlie et al., (2010) a sua ampla utilização tem como base o consenso de vários especialistas, que a consideram uma intervenção valiosa, que pode ser aplicada no tratamento de diferentes substâncias químicas. Apesar de ser uma técnica característica da teoria cognitivo-comportamental, os autores Bäuml, Froböse, Kraemer, Rentrop e Pitschel-Walz (2006), apontam a psicoeducação como uma técnica independente desta abordagem, podendo ser utilizada como intervenção cognitiva isolada.