Os tecidos vivos podem ser considerados como consistindo em três tipos moleculares: moléculas com carga, moléculas dipolares e moléculas não polares. Tecidos diferentes contêm proporções variadas dessas moléculas, o que influencia a condutividade.
Produção de calor nos tecidos
Moléculas com carga
Dentro dos tecidos vivos há abundância de moléculas com carga – principalmente íons e certas proteínas. A exposição a um campo de OC faz com que as moléculas com carga sejam aceleradas ao longo das linhas de força elétrica. O campo de alta freqüência faz com que as moléculas com carga oscilem em torno de uma posição média, convertendo a energia cinética em calor. O tecido que contem altas proporções de moléculas com carga será, na teoria, o mais aquecido durante o tratamento com OC.
Moléculas dipolares
As moléculas dipolares encontradas nos tecidos vivos consistem principalmente em água e algumas proteínas. Elas podem também ser afetadas pelos campos elétricos. O campo de OC alternado causa rotação dessas moléculas a medida que a carga das placas se altera rapidamente. O aquecimento se dá como resultado do atrito entre moléculas adjacentes. Ward (1980) descreve esse processo como um meio moderadamente eficiente de aquecimento.
Moléculas não polares
As células adiposas são um exemplo de moléculas não polares. Embora as moléculas não polares não tenham íons livres ou pólos com cargas, elas ainda respondem à influência do campo de OC. Durante a exposição às OC a nuvem de elétrons se torna distorcida, porem é produzida uma quantidade desprezível de calor.
Qualquer tecido altamente vascularizado é um bom condutor (alto conteúdo iônico em solução e íons livres).