A mundialização do capital tem profundas repercussões na órbita das políticas
públicas, com suas conhecidas diretrizes de focalização, descentralização, desfinanciamento
e regressão do legado dos direitos do trabalho. Esse cenário avesso
aos direitos nos interpela.. Atesta, contraditoriamente, a urgência de seu debate e de
lutas em sua defesa, em uma época que descaracterizou a cidadania ao associá-la
ao consumo, ao mundo do dinheiro e à posse das mercadorias.
http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/8j7F236BNGDj5r58l1Ax.pdf
Por isso, ao invés da ideia mítica de globalização, preferimos refletir
sobre os efeitos da mundialização do capital, (Chesnais, 1996) que revelam a
face perversa, com impactos destrutivos no emprego, nos salários, nos
sistemas de proteção social, na concentração de riqueza e na socialização da
política.
http://www.cfess.org.br/pdf/ivanete_boschetti.pdf
“assistencialização” do Estado
social brasileiro, com retrocesso dos direitos relativos à saúde, previdência,
educação, moradia e emprego, e ampliação de direitos ou benefícios de
transferência de renda na esfera assistencial (Mota, 2007).
Autor: Victória Sabatine, Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social , de Serviço Social
A mundialização do capital, associada a seus processos de reestruturação da produção e de contrarreforma do Estado iniciados a partir da década de 1970, acarreta diversas consequências devastadoras, sobretudo, para a classe trabalhadora. O avanço da ciência e da tecnologia incorporado ao processo produtivo juntamente com a flexibilização das legislações trabalhistas e da gestão da força de trabalho ocasionam a redução do emprego de força de trabalho viva, a precarização das condições de trabalho, o achatamento dos salários, além de impactar nas organizações tradicionais dos trabalhadores, fragmentando-os e atingindo sua consciência de classe para si. Além disso, a adoção no campo ideo-político da agenda regressiva neoliberal impacta diretamente nas políticas sociais, que passam a ser delegadas para a sociedade civil. Assim, o Estado busca minimizar sua atuação na área social, apoiando os processo de flexibilização, combatendo a questão social por meio de políticas pontuais e retirando a cobertura social. Esse período é marcado por altos índices de desemprego, concentração de renda, redução e eliminação de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e novas formas flexibilizadas de contratação de mão de obra que reduzem acesso à direitos e rebaixam o salário. Então, é justamente neste contexto de radicalização das expressões da questão social que nota-se o retraimento do Estado no que se refere as políticas sociais para atendimento das necessidades dos trabalhadores.
RESPOSTA: ERRADO