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ID
1231267
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-SE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca do trabalho na era da reestruturação reprodutiva e da mundialização do capital, julgue o item.

A mundialização do capital possibilitou a ampliação de empregos e impôs maior intervenção do Estado no atendimento às necessidades sociais.

Alternativas
Comentários
  • Errado. O capitalismo, desde o início da sua atual fase de acumulação – desencadeada na década de 1970, promove uma verdadeira guerra contra o trabalho humano. Investindo tanto em Ciência e Tecnologia quanto em reorganização da força de trabalho no chão de fábrica, o capital ampliou a sua supremacia sobre a classe trabalhadora e manteve os seus índices de lucratividade nos patamares mais altos possíveis. A terceirização e a flexibilização da legislação trabalhista fazem parte do mesmo movimento de precarização da atividade do trabalhador (aumento na intensidade dos processos de trabalho) e enfraquecimento da consciência operária. A mundialização do capital adveio com avanço tecnológico por um lado e regressão, no que concerne às condições de vida e de trabalho dos proletários, por outro.

    AURORA ano V número 9 - DEZEMBRO DE 2011 ISSN: 1982-8004 http://www2.marilia.unesp.br/revistas/índex.php/aurora/. 
  • A mundialização do capital tem profundas repercussões na órbita das políticas públicas, com suas conhecidas diretrizes de focalização, descentralização, desfinanciamento e regressão do legado dos direitos do trabalho. Esse cenário avesso aos direitos nos interpela.. Atesta, contraditoriamente, a urgência de seu debate e de lutas em sua defesa, em uma época que descaracterizou a cidadania ao associá-la ao consumo, ao mundo do dinheiro e à posse das mercadorias.

    http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/8j7F236BNGDj5r58l1Ax.pdf

    Por isso, ao invés da ideia mítica de globalização, preferimos refletir sobre os efeitos da mundialização do capital, (Chesnais, 1996) que revelam a face perversa, com impactos destrutivos no emprego, nos salários, nos sistemas de proteção social, na concentração de riqueza e na socialização da política.

    http://www.cfess.org.br/pdf/ivanete_boschetti.pdf 

     “assistencialização” do Estado social brasileiro, com retrocesso dos direitos relativos à saúde, previdência, educação, moradia e emprego, e ampliação de direitos ou benefícios de transferência de renda na esfera assistencial (Mota, 2007). 

  • A mundialização do capital, associada a seus processos de reestruturação da produção e de contrarreforma do Estado iniciados a partir da década de 1970, acarreta diversas consequências devastadoras, sobretudo, para a classe trabalhadora. O avanço da ciência e da tecnologia incorporado ao processo produtivo juntamente com a flexibilização das legislações trabalhistas e da gestão da força de trabalho ocasionam a redução do emprego de força de trabalho viva, a precarização das condições de trabalho, o achatamento dos salários, além de impactar nas organizações tradicionais dos trabalhadores, fragmentando-os e atingindo sua consciência de classe para si. Além disso, a adoção no campo ideo-político da agenda regressiva neoliberal impacta diretamente nas políticas sociais, que passam a ser delegadas para a sociedade civil. Assim, o Estado busca minimizar sua atuação na área social, apoiando os processo de flexibilização, combatendo a questão social por meio de políticas pontuais e retirando a cobertura social. Esse período é marcado por altos índices de desemprego, concentração de renda, redução e eliminação de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e novas formas flexibilizadas de contratação de mão de obra que reduzem acesso à direitos e rebaixam o salário. Então, é justamente neste contexto de radicalização das expressões da questão social que nota-se o retraimento do Estado no que se refere as políticas sociais para atendimento das necessidades dos trabalhadores.


    RESPOSTA: ERRADO
  • Autor: Victória Sabatine, Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social , de Serviço Social

    A mundialização do capital, associada a seus processos de reestruturação da produção e de contrarreforma do Estado iniciados a partir da década de 1970, acarreta diversas consequências devastadoras, sobretudo, para a classe trabalhadora. O avanço da ciência e da tecnologia incorporado ao processo produtivo juntamente com a flexibilização das legislações trabalhistas e da gestão da força de trabalho ocasionam a redução do emprego de força de trabalho viva, a precarização das condições de trabalho, o achatamento dos salários, além de impactar nas organizações tradicionais dos trabalhadores, fragmentando-os e atingindo sua consciência de classe para si. Além disso, a adoção no campo ideo-político da agenda regressiva neoliberal impacta diretamente nas políticas sociais, que passam a ser delegadas para a sociedade civil. Assim, o Estado busca minimizar sua atuação na área social, apoiando os processo de flexibilização, combatendo a questão social por meio de políticas pontuais e retirando a cobertura social. Esse período é marcado por altos índices de desemprego, concentração de renda, redução e eliminação de direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e novas formas flexibilizadas de contratação de mão de obra que reduzem acesso à direitos e rebaixam o salário. Então, é justamente neste contexto de radicalização das expressões da questão social que nota-se o retraimento do Estado no que se refere as políticas sociais para atendimento das necessidades dos trabalhadores.

    RESPOSTA: ERRADO