SóProvas


ID
1235863
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à história colonial brasileira, julgue os itens que se seguem.

A produção de açúcar, em Pernambuco, foi controlada pelos colonos batavos logo após o início do governo de Nassau. A Companhia de Comércio das Índias Ocidentais havia confiscado e vendido a holandeses e judeus os engenhos abandonados por proprietários que haviam fugido para Bahia e Rio de Janeiro. Tal controle da produção manteve-se até o início da insurreição restauradora, em 1645.

Alternativas
Comentários
  • A produção de açúcar manteve-se nas mãos dos senhores de engenho. Assim que assumiu o governo, Maurício de Nassau procurou obter a aceitação dos senhores de engenho e da população à ocupação holandesa. Para tanto, incentivou, através de empréstimos, a restruturação dos engenhos no Nordeste.

    A afirmativa está errada.

  • Não há que se falar em "confiscado e vendido a holandeses e judeus os engenhos abandonados por proprietários que haviam fugido para Bahia e Rio de Janeiro". Os holandeses financiaram a reconstrução dos engenhos, e atuaram de forma "pacifica", inclusive adotando a livre religião. Gabarito E.

  • O colega Danilo Bezerril está equivocado. O que torna a questão errada é a última frase, quando fala: "Tal controle da produção manteve-se até o início da insurreição restauradora, em 1645." Este termo não é usado por nenhum autor.

  • Em primeiro lugar os Holandeses não compraram os engenhos,pois o que houve na realidade foi um empréstimo,em dinheiro, feito dos holandeses para os senhores de engenho,para que reestruturassem os engenhos.

     

  • Inssurreição pernambucana*

  • Acertei a questão através do trecho "INSSUREIÇÃO RESTAURADORA". Minha contribuição: Insurreição Pernambucana ocorreu no contexto da ocupação holandesa na região Nordeste do Brasil, em meados do século XVII. Ela representou uma ação de confronto com os holandeses por parte dos portugueses, comandados principalmente por João Fernandes Vieira, um próspero senhor de engenho de Pernambuco.

  • O que houve foi um empréstimo, em dinheiro, feito dos holandeses para os senhores de engenho, para que reestruturassem os engenhos.

  • É verdade que existe uma série de elementos contestáveis no enunciado, ainda assim pouco passiveis de pedidos de anulação da questão. Aparentemente a banca queria apenas confundir um pouco com algumas pegadinhas. O termo insurreição restauradora não parece ser o ponto chave que justifica a questão está errada, percebam que se refere ao processo de expulsão dos holandeses do Nordeste, comumente referido como Guerras de Restauração, ou simplesmente Restauração do Nordeste.

    A primeira afirmação já mata a questão. O intuito da Companhia das Índias Ocidentais era, claramente, controlar a venda do açúcar brasileiro, transações com as quais os Países Baixos já lucravam até a união das Coroas de Portugal e Espanha na chamada União Ibérica. Em "Olinda Restaurada" Evaldo Cabral de Mello deixa perceptível que o elemento Luso-brasileiro, e não o neerlandês, foi amplamente mantido e mesmo incentivado no que tange ao processo produtivo.

    Em uma afirmação emblemática, Luiz da Câmara Cascudo em "Geografia do Brasil holandês" (CASCUDO, 1956, pg. 29) evidencia os propósitos, senão a "vocação" dos invasores no que se refere ao trato com o açúcar nordestino: "Povo de navegadores, o Holandês enjoava em terra". Deste modo, para os invasores, era mais viável manter a produção em mãos dos tradicionais produtores enquanto cuidava do comércio.