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ID
1237885
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Muitas indústrias possuem ou adquirem problemas na rede elétrica por não considerarem adequadamente a questão do fator de potência. Sobre ele e sua aplicação prática, é correto afirmar que, para o Brasil, há cerca de 20 anos exige-­se

Alternativas
Comentários
  • No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL estabelece que o fator de potência nas unidades consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo durante 6 horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras 18 horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº 95 da Resolução ANEEL nº414 de 09 de setembro de 2010[2], e quem descumpre está sujeito a uma espécie de multa que leva em conta o fator de potência medido e a energia consumida ao longo de um mês.

    A mesma resolução estabelece que a exigência de medição do fator de potência pelas concessionárias é obrigatória para unidades consumidoras do Grupo A (supridas com mais de 2300 V) e facultativa para unidades consumidoras do Grupo B (abaixo de 2300 V, como prédios comerciais, estruturas comerciais, residências em geral, entre outros). A cobrança para o Grupo B, na prática, raramente ocorre, pois demandaria a instalação de medidores de energia reativa em cada uma das unidades consumidoras, o que ainda não compensa financeiramente.

    No Brasil, ainda não existe legislação para regulamentar os limites das distorções harmônicas nas instalações elétricas.

  • O fator de carga basicamente mede a uniformidade com que a energia elétrica é consumida.
    Este indicador é calculado pela razão entre  o consumo total de energia elétrica e a demanda (potência máxima), dentro de um determinado espaço de tempo.
    O valor do Fator de Carga varia entre 0 e 1, e quanto mais próximo de 1, mais uniforme é o consumo de energia. Podemos dizer que este índice é também a razão entre a demanda média pela demanda máxima faturada.
    Este dado merece atenção porque conduz a um melhor aproveitamento da instalação elétrica, além de reduzir o preço médio da energia (R$/kWh). Matematicamente, o preço médio pago pela energia é inversamente proporcional ao Fator de Carga (FC), portanto quanto maior este indicador, menor será o preço pago pelo kWh.
    Há duas formas básicas de causar uma melhora no fator de carga:
     - Manter o consumo mas diminuir o pico de demanda. Isso se dá com o gerenciamento correto do uso de equipamentos em diferentes horários de forma que a potência demandada seja “diluída” no período faturado, evitando picos muito destoantes da média. Claro que a troca por equipamentos mais eficientes também é importante.
     - Manter a demanda e aumentar o consumo de energia por meio do aumento na produção. Para tanto, não se deve adquirir novos equipamentos, mas sim aumentar o período de funcionamento dos equipamentos existentes.
    Essas medidas reduzem a diferença entre a média de potência consumida e o pico de potência atingido no período da fatura, homogeneizando o consumo, reduzindo o custo de demanda e melhorando a qualidade de energia na instalação.