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ID
1263721
Banca
FUNCAB
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Gestão de Pessoas
Assuntos

Na teoria da administração, existe uma abordagem com base nas ciências comportamentais que visa conjugar esforços para que a organização aprimore a sua capacidade de resolver problemas e de confrontar-se com o ambiente externo, melhorando o seu desempenho, por meio de técnicas e modelos de mudanças organizacionais planejadas. Nessa abordagem, a etapa do processo de mudança organizacional caracterizada pelo fato de que as pessoas experimentam a necessidade de aprender novos comportamentos e esquecer os velhos é denominada:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D. A banca se fundamentou nas teorias de Kurt Lewin: 


    Como as pessoas são naturalmente resistentes às mudanças, as organizações precisam desenvolver uma estratégia para implementá-las. Um desses métodos foi desenvolvido por Kurt Lewin:13

      Esse método de mudança planejada tem três fases: o descongelamento, a mudança e o recongelamento. A seguir vemos cada uma delas em detalhes:

      Descongelamento – Lewin acredita que a empresa deve primeiro tornar a necessidade da mudança evidente a todos. Ou seja, comunicar os motivos das mudanças, envolver as pessoas no “problema” e buscar reduzir as resistências iniciais ao processo de mudança. Assim, a mudança poderia ser alcançada de modo mais fácil.

      Mudança – nessa fase, a mudança em si seria executada. Entre os aspectos que podem ser mudados estão: as tarefas, as pessoas, a cultura organizacional, a tecnologia e as estruturas organizacionais.

      Recongelamento – não adianta mudar as coisas para, após o esforço inicial, tudo voltar a ser como era antes. O processo deve ser consolidado. Assim, Lewin indica que deve ser feito um trabalho de reforço para que a mudança se estabilize. Para que a mudança se consolide, os novos hábitos devem ser reforçados, seja através de treinamento como através de incentivos


  • Segundo Chiavenato (1999, p.320), a mudança é um aspecto essencial da criatividade e inovação nas organizações de hoje. A mudança está em toda parte: nas organizações, nas pessoas, nos clientes, nos produtos e serviços, na tecnologia, no tempo e no clima. A mudança representa a principal característica dos tempos modernos.

    Ainda segundo o autor, a mudança envolve transformação, interrupção, ruptura, dependendo de sua intensidade. Ela constitui um processo composto de três etapas: descongelamento, mudança e recongelamento. Chiavenato (1994, p.75) define estas três etapas na seguinte conformidade:


    1. Descongelamento: significa a fase inicial da mudança, na qual as velhas ideias e práticas são desfeitas, abandonadas, e desaprendidas. Representa a abdicação do padrão atual de comportamento em favor de um novo padrão. Se não houver o descongelamento, a tendência será o retorno ao padrão habitual de comportamento; que corresponde a resposta correta a questão.

    2. Mudança: é a etapa em que as novas ideias e práticas são experimentadas, exercitadas e aprendidas. Ocorre quando há descoberta e adoção de novas atitudes, valores e comportamentos. A mudança envolve dois aspectos: a identificação, ou seja o processo pelo qual as pessoas percebem a eficácia da nova atitude ou comportamento e a aceita; e a internalização, ou seja,  processo pelo qual as pessoas passam a desempenhar novas atitudes e comportamentos como parte de seu padrão normal de comportamento;

    3. Recongelamento: é a etapa final em que as novas ideias e práticas são incorporadas definitivamente ao comportamento. Significa a incorporação de um novo padrão de comportamento de modo que ele se torne a nova norma. O recongelamento requer dois aspectos: o apoio, ou seja, o suporte através de recompensas que mantêm a mudança; e o reforço positivo, ou seja, a prática proveitosa que torna a mudança bem sucedida.

    A letra A é falsa, pois, a Análise Transacional se propõe à compreensão e análise dos comportamentos. Ela é um instrumento funcional e operatório que se dirige essencialmente ao ego. Ou seja, estudar e mudar o comportamento na organização e, em particular o comportamento gerencial. Um gerente é, sobretudo, uma pessoa humana. Ele não deixa em casa suas características pessoais ao se dirigir para o trabalho, nem assume uma personalidade diferente conforme o ambiente em que esteja. As pessoas que exibem uma alta qualidade de vida em casa e no trabalho tendem a fazê-lo também em outros ambientes (JONGEWARD, 1975).

    A letra B é falsa, pois, a socialização é um processo de integração do indivíduo a organização onde são transmitidos e incorporados aos novos membros os valores e o comportamento da organização (FLEURY, 1991).

    A letra C é falsa, pois, o diagnóstico organizacional, segundo Vergara e Carpilovsky, (1998), corresponde a um dos produtos mais importantes da análise estratégica. Por meio do diagnóstico, o profissional que está prestando consultoria ou o próprio gestor deve redigir um parecer técnico que sintetize a realidade [...] Essa tarefa se vê facilitada pelo profundo conhecimento adquirido durante as análises dos ambientes externo e interno e pela sua experiência. Assim, o diagnóstico propicia o levantamento da realidade organizacional e não propriamente interfere na mudança, embora liste o que deve ser mudado.

    A letra E é falsa, pois, a retroação constitui-se em um aspecto associado ao cargo - “as dimensões do cargo produzem estado psicológicos críticos que conduzem a resultados pessoais e de trabalho” (CHIAVENATO 1999. p. 192). Também conhecido como Feedback - refere-se às informações, pode ser dividido em retroação do próprio trabalho e retroação extrínseca. Retroação do próprio trabalho - os superiores devem proporcionar informação de retorno para que o próprio indivíduo possa avaliar o seu desempenho.  Na retroação extrínseca - deve ocorrer um retorno dos superiores hierárquicos ou cliente a respeito do desempenho de sua tarefa.

    Bibliografia:

    CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1981. 
    ______. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de janeiro: Campus, 1999.  
    ______. Recursos humanos. Ed. compacta. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 

    FREITAS, Maria Ester de.  Cultura organizacional: grandes temas em debate.  Revista de Administração de Empresa.  São Paulo, jul./set. 1991.

    JAMES,Muriel; JONGEWARD,Dorothy.  Somos Todos Vencedores. Análise Transacional aplicada a Organizações. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1978. 297 p.

    VERGARA, S. C.; CARPILOVSKI, M. P. A metáfora da organização como sistema criativo. In: RAP, Rio de Janeiro 32 (3): 77-98, Maio/jun. 1998.

    Resposta: D

  • A resposta é a letra D.

     

    A eficiência da organização está intrinsecamente relacionada à capacidade de sobreviver, de se adaptar, de manter sua estrutura e tornar-se independente da função particular que preenche.

     

    Para uma melhor compreensão do processo de mudança organizacional, temos o clássico modelo sugerido por Kurt Lewin (1951), para quem os padrões comportamentais deveriam ser descongelados antes de serem alterados, para depois serem novamente congelados. Observe:

     

  • Gabarito D.

    A banca se fundamentou nas teorias do psicólogo Kurt Lewin.

    Ele propõe que você precisa primeiramente descongelar (Unfreeze), o bloco de gelo, mudar (Change)/ construir o molde para o novo formato e somente depois recongelar (Refreeze) o novo bloco em formato de cone [?]

    Descongelar (Unfreeze):

    O que é: Lewin recomenda que nesta etapa é necessário “descongelarmos” as percepções em relação ao modo antigo de fazer as coisas.

    O que o líder deve fazer: Ele nos lembra que é necessário reduzir a resistência das pessoas em relação às atuais percepções consolidadas, antes de partir para a implementação da mudança.

    É O QUE DIZ A ALTERNATIVA D (GABARITO):

    "Nessa abordagem, a etapa do processo de mudança organizacional caracterizada pelo fato de que as pessoas experimentam a necessidade de aprender novos comportamentos e esquecer os velhos"

    Mudar (Change):

    O que é: Nesta etapa deve ser moldada a nova forma de pensar, ou seja, o novo mindset (modelo mental) [detesto colocações em inglês criadas por "coachins (outro termo em inglês, ó céus)] das pessoas. Utilizando a analogia de Lewin, essa é a etapa de construção do molde para o “recongelamento” e será concluída somente quando a mudança atingir um patamar de estabilidade.

    O que o líder deve fazer: até que se atinja um patamar de estabilidade, o líder deve ter ciência de que passará por um processo turbulento e que não terá o controle integral da mudança.

    Recongelar (Refreeze):

    O que é: Esta etapa proposta por Lewin apresenta um patamar de estabilidade, e quando esta for alcançada, é hora de estabelecer e padronizar o novo normal, é hora de ancorar a mudança.

    O que o líder deve fazer: a palavra de ordem neste momento é formar e treinar além de continuar a manter todos informados.